Capítulo 36

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Analú

5º semestre... 2 anos e meio.

As coisas até que estavam fluindo, Victor fazia uma surpresa por semana e insistia pra mim aceitar o namoro mas não seria justo. Meu coração é do Rodrigo e mesmo de longe consigo sentir ele presente. O mesmo foi transferido e está no interior afastado de tudo e de todos, queriam foder com tudo e conseguiram. A faculdade estava caminhando cada dia melhor, meu estágio no escritório foi a melhor coisa que aconteceu, estou colocando em prática tudo que aprendi e Manu está cada vez mais me passando mais coisas e me deixando informada de tudo. Deixamos Helena em casa com a babá e fui de carro com Manu, fomos ouvindo música e passamos no Starbucks para tomar um bom café e reforçado. 

Manu: e as coisas com Victor? Flores toda semana – falou enquanto ligava o carro e rimos –.

Analú: então, na verdade não sei o que somos – ela riu mais ainda –.

Manu: mana, vai pelo seu coração. Não liga pra razão e nem pelo o que os outros vão pensar – fez uma pausa – eu e Bruno fomos em trancos e barrancos – ela sorrio ao lembrar – a mamãe e o papai também. Não queira que tudo seja perfeito porque nunca é.

Analú: todos vão me julgar.

Manu: por causa de Rodrigo? Mana, ele te salvou. Você conheceu o verdadeiro Rodrigo e por mais que as pessoas odeiem isso e o fato de eu defender vocês até o fim eu não me importo, só vocês sabem o que viveram. E eu sei que você se interessou por Direito e ele tem uma grande parcela nisso, e foi para o seu melhor algo bom ele despertou em você – sorrimos –.

Analú: tenho tanta sorte de ter você Mana.

O dia foi bem cheio, não parei um minuto e almocei lanche porque não deu tempo de sair, no final do dia eu estava cansada e exausta, olhei no relógio e já estava na hora de ir pra aula. Bia iria voltar esse semestre, ela quis se afastar um pouco de tudo e marcamos dela ir me encontrar.

Rodrigo

Os dias aqui pareciam não passar, era horrível essa sensação em não saber como estava o mundo lá fora. Teixeira ficou próximo de mim, conversávamos sobre tudo e isso de uma tal forma me fazia bem. Todos ali me olhavam diferente e eu sabia que era pela fama do meu pai, ou melhor agora era pela minha fama. Rodrigo, o homem que matou o seu irmão. Meu estômago embrulhava em pensar nisso. 
Teixeira me dava toda assistência e eu não entendia o porquê, além de comida e refrigerante ele me ajudava no celular, ele sabia que eu falava com alguém importante mas nunca questionou. 

IDL 

R: Oi morena – ouvi sua risadinha no fundo –.
A: Oi Ro, como você está? 
R: melhor agora e tu? 
A: sempre melhor quando você me liga assim, sem eu esperar – rimos –.
R: sinto sua falta. Essa é a verdade, as vezes evito de te ligar porque não quero atrapalhar a sua vida mas eu não consigo.
A: e nem deve parar porque eu também sinto a sua falta e o sorriso que eu dou a cada vez que você me liga me deixa tão bem – ficamos em silêncio – olha, eu estou quase conseguindo. Theo vem fazer uma reunião mês que vem e vai ser a minha chance. Não desanime.
R: não vou – sorri e contei do Teixeira pra ela –.
A: porque será que ele é assim tão atencioso? Ele gostava realmente do seu pai.
R: pelo jeito sim, e muito viu. Está indo pra faculdade? 
A: estou esperando a Bia – ela me contou tudo o que houve –.
R: que playboy otário, TH respirou muito né? Não sei que milagre não deu um tiro na cara dele.
A: Bia trás o melhor dele.
R: igual você trás de mim – sorrimos –.

FDL 

Falar com ela me deixava aliviado, conseguia deitar a cabeça no travesseiro e descansar tranquilamente em saber que ela está bem. 

Teixeira: um amor?

Rodrigo: um grande amor – rimos –.

Teixeira: tá certo garoto, um grande amor consegue nos salvar.

Nem todo erro é errado ||Onde histórias criam vida. Descubra agora