Analú
Eu estava descendo no elevador e me olhei no espelho, fechei meus olhos e senti Rodrigo comigo e me odiei por esse sentimento. Abri os olhos e saí do elevador, caminhei até a entrada e parei respirei fundo e olhei pro céu, será que era o certo? Meu celular apitou e era uma mensagem da Manu “Mana, tu tem que ser feliz. Não seja dura contigo. Nós te amamos ❤”. Dei um sorrido, ela sabia do que eu precisava.
Victor: meu Deus Analú – falou me olhando e sorrimos –.Analú: exagerei? – caminhei até ele que estava de moto parado em frente ao prédio, o mesmo me entregou um capacete e sorri –.
Victor: pelo ao contrário, tu está linda – falou com aquele sotaque arrastado – preparada?
Analú: sempre estou – sorri –.
Coloquei o capacete e subi na moto, segurei em sua barriga definida e ele acelerou. Fomos passando pela praia e aquela brisa era a melhor sensação, fechei meus olhos e um segundo me lembrei da adrenalina que foi pilotar aquela moto dele... abri novamente quando ele parou em um restaurante beira mar distante dali, desci e tirei o capacete ajeitando meu cabelo e minha roupa, Victor tocou minhas costas com sua mão e entramos.
Recepcionista: mesa para Victor Bittencourt?
Victor: isso – ele sorriu educado e ela retribui –.
A mesma caminhou na nossa frente nos guiando até nossa mesa bem reservada, não tinha certeza do que ele esperava de mim mas estava gostando do bom gosto dele, Victor puxou a cadeira e me sentei logo em seguida ele sentou. Pedimos nossos pratos, ele era fino até demais, estava acostumada com isso mas nunca fiz tanta questão assim, brindamos com uma chandon e começamos a beber.
Victor: então me conte mais de você senhorita Analú – dei um gole do meu drink e ri baixinho –.
Analú: bom, 17 anos e com uns parafusos a menos. Rebelde e aprendendo a ser madura o suficiente. Espero morar sozinha em breve – ele me escutava atentamente e aquilo era bom – e você Victor? Tão misterioso – rimos –.
Victor: posso dizer que sou bem parecido contigo – bebericou seu drink e voltou a me olhar – pretendo morar sozinho logo.
Analú: tu acha tão ruim dividir a casa com seus irmãos? –rimos –.
Victor: na verdade não, ou sim... enfim me dou bem com eles, na verdade somos irmãos de consideração.
Analú: como assim?
Victor: minha mãe foi uma empregada do André Bittencourt, ela me deixou muito cedo sofreu um acidente de carro e desde então moro com eles mas pretendo deixar logo – ele sorrio –.
Analú: porque?
Victor: bom, me sinto preso e diferente não sei... quero terminar minha faculdade de administração e cuidar de mim sozinho. Sou muito grato pelo André mas minha hora está próxima – rimos –.
Terminamos nosso jantar e terminamos com a garrafa também, saímos do restaurante com a nossa última taça de chandon e caminhamos pela praia, tirei meu salto e carreguei na mão enquanto caminhava com aquela brisa em nosso rosto, conversas sem sentido me fazia rir, só a lua de testemunha.
Victor: fiquei feliz que tu voltou – paramos de andar –.
Analú: ficou?
Victor: claro, muito.
Ele se aproximou de mim e derrubei meu salto no chão, sua mão estava em meu rosto, Victor se aproximou devagar e gostei disso, ele sabia da bagunça que era minha vida e minha cabeça e não quis abusar disso. Envolvi meus braços em seu pescoço e nos beijamos, um beijo calmo mas com muita vontade, sua língua explorava cada canto da minha boca, chupei teus lábios e soltei, ele sorrio entre o beijo e me olhou.
Victor me deixou em casa e foi embora depois de termos beijado muito e andado de moto para todos os cantos do Rio de Janeiro e principalmente me deixa pilotar, eram 3h quando cheguei. Tirei aquela roupa e fui direto para a cama, deitei e fiz de tudo para tirar Rodrigo da minha cabeça de uma vez por toda.
Os dias se passaram lentamente, parecia um século mas havia voltado fazia 1 mês. Confesso que saímos quase todos os finais de semana juntos, íamos para barzinho, baladas, até um luau na praia. Estava ansiosa com os preparativos do chá de bebê da nossa Helena já que meu irmão iria vir pro Rio com a Isa e o Lucca que já estava grande e lindo. Faltavam poucas coisas quando cheguei no buffet, minha mãe estava no caminho aproveitei para conversar com a segurança do local.
Analú: só deixem entrar quem estiver com o convite, qualquer coisa de estranho que acontecer peço que me avisem.
xXx: pode deixar senhorita Analú.
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Nem todo erro é errado ||
Novela JuvenilEscritora: Ju Rabetão • Respoansável pela história: Letícia Capa: sophiadelrey • +16 | Após passar 2 anos, algumas coisas mudaram, Manu e Bruno seguem uma vida bem independente só os dois no Rio de Janeiro e estão ansiosos com a chegada de Analú, i...