Capítulo 22

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Victor

Já estava escuro quando resolvi voltar pra casa, precisava de um banho e descansar já que dei o cano na faculdade hoje. Acelerei e não demorou para chegar, moto era sempre mais prático. Tirei o capacete e entrei em casa, uma das empregadas estava colocando a mesa falei com ela e subi para o meu quarto, fui direto para o chuveiro, tomei um banho demorado e saí com a toalha enrolada na cintura, peguei uma bermuda e uma cueca, quando me viro dou de cara com Dara ela estava com uma camisola que puta que pariu.

Victor: bater na porta é bom - encarei e a mesma fez o mesmo -.

Dara: tu nunca achou ruim em entrar no seu quarto a noite - ela fechou a porta atrás dela e caminhou na minha direção -.

Victor: antes, muito antes Dara.

Dara: antes dessa Analú né? O que ela tem que eu não tenho?

Victor: não começa com esse assunto, com a Fernanda foi a mesma coisa, o mesmo assunto chega disso.

Dara: mas a Fernanda não tinha esse efeito que essa garota tem, ela é uma criança ainda Victor - se aproximou mais ainda e fiquei intacto observando-a -.

Victor: tem mais postura que você.

Dara: ah, não fala assim - sua mão estava no meu peito descendo pela minha barriga mas segurei com força -.

Victor: melhor não -falei firme -.

Dara: eu sei que tu não resiste, sei que quer me sentir - falou baixo com a voz rouca - não só quer como você ama me sentir em você Victor - ela forçou um beijo mas empurrei devagar quando Danilo entrou no quarto -.

Danilo: que porra é essa? - olhei pra Dara que fez a cara de sínica de sempre -.

Dara: só vim conversar com o Victor.

Danilo: o que esta acontecendo aqui porra?

Victor: nada, eu sai do banho e sua irmã queria falar comigo em particular - revirei os olhos e Dara saiu rapidamente, ela sempre fazia isso, sempre fez... sempre quando algo apertou para o meu lado ela me deixava pra trás - Não é nada do que você esta pensando - falei vestindo minha cueca e depois a bermuda -.

Danilo: será que não? Quantas vezes já ouvi Dara saindo e entrando do seu quarto na madrugada.

Victor: tu já me viu no dela?

Danilo: respeito Victor, era o mínimo que você tinha que ter.

Danilo saiu do quarto puto comigo, nunca ninguém soube sobre a Dara e ela também nunca fez questão de contar pra ninguém afinal eu era apenas o filho da empregada que morreu e eles praticamente me adotaram. Tranquei a porta para poder ter paz ou pelo menos tentar... Fiquei no computador conversando com a Analú, nossa relação estava melhor depois de hoje e parecia que era isso que faltava, ela percebe que eu não estava muito bem mais ainda sim preferi não falar, olhei no relógio e era 19h50 o pessoal já deveriam estar jantando e preferi não descer até que bateram em minha porta, iria fingir que estava dormindo até ouvir André.

André: Victor, sou eu - falou em um tom calmo de sempre e levantei para abrir -.

Victor: Oi - abri a porta e voltei pra cama -.

André: o jantar esta servido, você não vai comer?

Victor: estou sem fome - desliguei o notebook -.

André: hoje tu não foi para a empresa, estava se sentindo mal?

Victor: to melhor já, precisava de um ar - rimos -.

André: surf né? Tu sabe que eu nunca fui contra, principalmente porque sua mãe sempre amou isso, era uma carioca nata - ele riu e eu sorri ao lembrar dela -.

Victor: melhor deixar como um hobby, pelo jeito isso não irá dar futuro igual Débora fala.

André: a Débora nasceu em berço de ouro - falou baixinho para sua esposa ciumenta e histérica não ouvir - minha paixão também sempre foi o surf.

Victor: po, bora pegar umas ondas, final de semana então - rimos -.

André: vou dar uma escapada da empresa e dela e vamos -ele bagunçou meu cabelo- agora vai comer que um bom surfista precisa estar forte - ele riu e fiz careta -.

Victor: nossa, me senti com uns 5 anos agora.

André: é como se ainda fosse - seus olhos brilhavam ao falar de mim e de minha mãe e isso me deixava feliz, e confortável -.

Coloquei uma camisa e resolvi descer para jantar e para a minha alegria Dara não estava lá, sentei na mesa com eles e jantamos, Danilo contou da faculdade e todos os blá blá blá de sempre e claro Débora babava pelo filho.

Nem todo erro é errado ||Onde histórias criam vida. Descubra agora