Capítulo 59

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Analú

1 semana passou, fiquei em BH e ajudei minha mãe no escritório daqui. Aproveitei para cuidar de Bia e Matteo que era a maior gracinha da vida, eu estava tão apaixonada por ele. Rodrigo passava uma boa parte do dia longe, ficava no escritório de Theo, rodeado de policiais e isso ainda não era tranquilizador pra mim.

Rodrigo passou para me buscar no escritório com a 1100 do meu pai, ele era maluco de soltar aquele brinquedinho na mão do Rodrigo e ri assim que o vi segurando o capacete e me puxou para os seus braços assim que me viu. 

Analú: tu comprou meu pai né? Só pode – rimos –.

Rodrigo: sou o melhor piloto da vida, até apostamos uma corrida – ele riu e abracei-o mais ainda –.

Analú: achei que isso nunca seria capaz de acontecer – ele me beijou acariciando meu rosto –.

Rodrigo: tudo é possível para nós linda. 

Ele acelerou para a casa, pegou alguns caminhos que fosse mais demorado. Homem esperto, e confesso que estava feliz em estar na sua garupa agarrada em sua barriga definida.

Chegamos e entramos abraçados, havia um jantar preparado e a mesa colocada toda linda, ouvi o chorinho do Matteo de longe e sorri. Lavei minhas mãos e corri para pega-lo. 

Analú: mamãe esta beliscando o bebê da tia né? – abracei ele protegendo em meu colo enquanto me olhava curioso –.

Bia: dinda – me corrigiu –.

Analú: oi? 

Bia: não quero que seja só tia, e sim Dinda – ela sorrio –.

Analú: aí Deus !!! – olhei para Rodrigo que ria atoa –.

Mia: esse jantar foi preparado para ela dar a notícia, mais a ansiedade fala mais alto – rimos –.

Bia: na verdade vocês... aceitam? 

Analú|Rodrigo: claro!!! –  falamos juntos –.

Rodrigo

O grande dia chegou, e confesso que estava sentindo um misto de sensação. Falei com um dos capangas do meu pai, desde a época que em que eu e Will éramos pequenos, ele disse que iria me ajudar vê-lo, e mal sabia ele a emboscada que eles estavam. 

Theo: o delegado irá te passar todas as coordenadas e iremos colocar um grampo em você. 

Rodrigo: ele vai me revistar –  falei com razão – vocês não conhecem RG como eu conheço. 

Delegado: certo, estaremos por perto. Pelas fotos que eu tenho ele anda com um disfarce – ele me mostrou a foto e assenti –.

Estava no escritório deles e saí caminhando até o de Analú, não queria que ela soubesse o dia certo mais sei que se algo acontecer não vou me perdoar.

Ela estava lá, sentada com seus óculos bem intelectual séria mexendo em alguns papéis, fiquei alguns segundos na porta observando o jeito em que ela mordia a tampa da caneta e mexia os lábios para ler, até que fui descoberto com um enorme sorriso em seu rosto. 

Analú: oi lindo – continuou sorrindo e entrei –.

Rodrigo: desculpa incomodar amor – debrucei na cadeira e dei um beijo em sua boca –.

Analú: tu nunca atrapalha, afinal, é sempre bom ter você por perto – me observou por alguns segundos – é hoje né? 

Rodrigo: sim – passei a mão entre os cabelos – vim te avisar e já estou indo lá – ela levantou –.

Analú: vai e faz a sua parte –  segurou em minhas mãos – confio tanto em você, se cuide por favor? – segurou meu rosto com as duas mãos e me beijou –.

Saí de lá com o Theo e os policiais, cheguei próximo ao ponto de encontro. Era uma fazenda, de alto padrão. A estrada até lá era bem complicada e de difícil acesso, todos estavam bem atento para qualquer ataque que viesse deles. Estava ansioso e um pouco nervoso, meu irmão sempre fez minha cabeça em acabar com a vida das pessoas que tiraram a vida do nosso pai, mal eu sabia que ele estava por trás do plano, e que meu pai estava vivo. Ele deve sentir um ódio mortal de mim, mas eu sei que isso será necessário.

Peguei o carro na metade do caminho e fui dirigindo sozinho, havia um dos policiais no porta mala preparado para qualquer coisa que pudesse acontecer.

Cheguei até a fazenda, é de tirar o fôlego de tão grande e bonita que é, parei na entrada e alguns homens armados estavam lá, um deles eu já conhecia de anos. 

Perna: E aí menor.

Rodrigo: não mais menor – dei um sorrisinho e ele riu –.

Perna: pode crê, quem diria que tu estaria por aqui depois de tudo, corajoso.

Rodrigo: corajoso por quê? Um bom filho a casa torna – rimos –.

Perna: seu pai tá te esperando, vai lá – olhou em direção a fazenda e balancei a cabeça confirmando –.

Passei pelos homens armados e não sei porque milagre eles não revistaram o carro, agradeci mentalmente. Quando cheguei até a fazenda ela era ainda maior, alguns cachorros solto latindo com a minha chegada, mais 2 guardas estavam na porta principal da casa e receberam alguma mensagem no radinho e saíram abrindo entrada.

Quando entrei ele estava lá, meu pai, firme e forte não mudou nada, continuava o garanhão com a casa cheia de mulheres, ele abriu um sorriso ao me ver e arregalou os olhos na aliança no meu dedo. 

Régis: ora, ora... não é que é meu primogênito? – ele abriu um sorriso e eu retribui – me diz, como você esta? 

Rodrigo: tudo certo, e por aí? Como foi fingir sua morte há tanto tempo assim? 

Régis: ah meu filho – arrumou o boné em sua cabeça – tu sabe como é, essa vida bandida que a gente leva, precisamos ter diversas cartas na manga – ele riu –.

Rodrigo: vida que você leva, nós não. 

Régis: tá certo, realmente tu está mudado. Bem que o seu irmão falou... – ficou em silêncio por um tempo me analisando –.

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