Capítulo 9

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Analú

Rodrigo: eu preciso de você.

Analú: por favor, não me procure mais – falei séria e sem querer deixei escapar uma lágrima e me odiei por isso –.

Saí de lá sem olhar pra trás, ouvir Rodrigo chamar meu nome machucou muito, mas eu não podia deixar ele querer acabar com a minha família. Peguei o primeiro táxi que passou e entrei, falei o endereço de casa que não era muito longe e encostei a cabeça no banco, fiquei olhando o mar enquanto ia pra casa queria me desculpar com Manu, não era justo essa revolta toda quando Rodrigo falou do ódio que seu irmão sente pela minha mãe, fez meu coração gritar de tanta dor e fez com que eu me arrependesse amargamente por tudo e por todas as merdas que eu falei. Paguei a corrida e saí do carro, entrei no prédio e no elevador limpei cada lágrima que começou a cair sem que eu tivesse controle, liguei algumas vezes pra Manu mas seu celular só chamava, ela deveria estar com muita raiva de mim, entrei em casa e chamei por ela algumas vezes fui até seu quarto e vi sua mão, ela estava deitada no banheiro do quarto corri até lá e Manu estava desmaiada. 

Analú: não, não, não –  chaqualhei ela – Manu, por favor acorda – gritava mas ela não respondia, vi sangue no chão e na sua roupa, levantei ela com cuidado e um teste de gravidez caiu da sua mão –  porra, porra – falei enquanto levantava ela – Manu por favor, fica comigo – Interfonei para o porteiro e pedi pra subirem lá, não demorou para eles entrarem –.

xXx: o que aconteceu com a senhorita Manu? –;perguntou desesperado –.

Analú: não sei, encontrei ela assim, preciso levar ela para um hospital rápido. 

Ele me ajudou a levar ela até o carro, eu não tinha habilitação mais meu pai me ensinou a dirigir. 

Analú: eu levo ela, obrigada. Lá eu ligo pro Bruno. 

xXx: qualquer coisa me liga senhorita. 

Analú: obrigada. 

Acelerei e fui direto para o hospital particular que ficava próximo de casa, Manu estava no banco ao meu lado ela estava desacordada ainda e me senti culpada, e aquele teste meu Deus, apertei com força o volante e virei na rua do hospital. Os enfermeiros da emergência estavam do lado de fora e abriram a porta assim que eu parei, desci do carro e entrei com eles. 

Analú: por favor, não deixa nada acontecer com ela, por favor. 

Dro: ela é o que sua? 

Analú: minha irmã, encontrei ela desacordada no chão do banheiro e encontrei isso na mão dela – entreguei o teste de gravidez –.

Manu

Estava chateada com a Analú, não consegui dormir direito a noite, pois estava desconfiada que poderia estar grávida,  minha menstruação estava atrasada à 2 meses não quero alarmar nem contar para Bruno agora, não queria que acontecesse tudo outra vez agora que conseguimos superar. Quando senti aquele cheiro de maconha agradeci por Bruno já ter saído para o escritório já que tinha uma reunião cedo, e aquela briga com Analú não ajudou muito o teste já havia dado positivo e eu estava tão feliz, eu queria que ela fosse a primeira a saber já que se preocupou tanto quando perdi nosso primeiro filho mas não, ao invés disso brigamos. Senti uma pontada na barriga e corri para o banheiro, ainda estava com o teste na mão quando vi aquele sangue todo senti uma tontura e não vi mais nada. 

Abri meus olhos e vi o soro em meu braço, fechei e abri novamente e uma enfermeira entrou. Ela sorrio ao me ver e senti um alívio, pois sabia que a notícia não iria ser ruim, a mesma saiu e o Dr. entrou logo atrás. 

Dr.: Olá Manuela, como se sente? – falou olhando seu tablete e se aproximou –.

Manu: um pouco tonta ainda, e enjoada – fiz careta –.

Dro: tudo isso é culpa desse bebezinho que esta dentro de você – ele riu e senti meus olhos ficando marejados – E antes de qualquer coisa, está tudo bem com vocês tá? Sua irmã me contou sobre tudo. 

Manu: Analú? Ela está aí? 

Dr.: está sim, ficou o tempo todo aqui esperando você acordar e está ansiosa pra te ver. 

Manu: pode deixar ela entrar – sorri feliz –.

Dro: já vou deixar sua consulta marcada e vamos acompanhar esse neném pra crescer forte e saudável. 

Manu: não é uma gravidez de risco né? – perguntei com receio –.

Dro: fique tranquila, você terá todo atendimento especial e tudo ocorrerá bem, você está saudável e aparentemente o seu bebê também. 

Ele saiu da sala e as lágrimas rolaram pelo meu rosto, era tudo que eu queria, essa criança era tão bem vinda que ela nem imaginava, queria ver a reação de Bruno, a porta abriu e era Analú. 

Analú: Oi – falou com receio e ri –.

Manu: Oi Mana – dei um espaço na cama e ela caminhou até lá –.

Analú: me perdoa por tudo? – falou me olhando nos olhos – eu fui uma ridícula contigo, eu estraguei tudo, a minha vinda pra cá não era pra ser assim, eu fiquei fora de mim e aconteceu tanta coisa nesse meio tempo. 

Manu: Mana, eu já tive a sua idade, eu já tive minha fase e meus momentos, claro que não assim – rimos – mas eu sempre tive você por perto e eu quero que seja o mesmo, vou dar bronca quando necessário mas eu tô aqui, e eu te amo – fiz uma pausa – na verdade nós te amamos – ela colocou a mão na minha barriga rindo e eu coloquei por cima dela –.

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