Capítulo 57

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Analú

Fomos direto pra casa enquanto arrumava nossas malas, Rodrigo foi comprar passagem, e por sorte havia voo para hoje a noite.

Tomei um banho rápido e logo em seguida ele entrou, estava colocando as malas para fora do AP quando Manu chegou, ela iria deixar a gente no aeroporto. Desembarcamos em BH e fomos direto para o hospital, cheguei lá e minha mãe estava na sala de espera. 

Analú: cadê Bia? Ela esta la dentro sozinha? 

Mia: TH está com ela – falou sorrindo e vi Theo sentado –.

Analú: como assim? – abri um sorriso e Rodrigo me abraçou –. 

Theo: consegui liberação pra ele, sem a imprensa sonhar com isso – riu – Rodrigo, preciso conversar contigo. 

Rodrigo: claro – ele sorrio-–.

Analú: mãe ela deve estar tão feliz – nos abraçamos –.

Mia: ela não aguentou de tanto chorar – rimos –.

Analú: e pelo visto a senhora também né? – continuei abraçada com ela – e o que os dois precisam conversar? – arquei a sobrancelha –.

Mia: encontramos o pai de Rodrigo, depois que TH sair daqui iremos armar para prendê-lo.

Analú: Rodrigo não vai se intrometer em nada né?

Mia: pelo o que conversamos não filha.

Rodrigo

Liberdade... Não sei como explicar a felicidade que estou sentindo. Como é bom esse sentimento, como é bom respirar e se sentir livre. Preparei toda a surpresa para Analú e fomos surpreendidos com a notícia de que Bia estava em trabalho de parto. Estava respirando aliviado, mas sabia que não era por muito tempo, sabia que essa sensação iria passar e isso era tão horrível. Quando soube que TH estava lá e Theo me chamou já ri de nervoso, saímos para comprar um café e conversar. 

Theo: tenho uma notícia – deu um gole do café e continuei olhando –.

Rodrigo: meu pai né? 

Theo: encontramos com ele, coincidência ou não em uma comunidade aqui em BH

Rodrigo: se o TH está aqui, acompanhando o parto alguma coisa tem né? 

Theo: preferi não falar perto de Analú, pois sei que ela não ira concordar, mas precisamos de você. 

Rodrigo: como posso ajudar? 

Theo: RG é muito experiente, cauteloso e frio. TH tentou contato mais ele evitou bastante, foi bem difícil de descobrir que ele estava aqui. Pensamos em você, por ser filho talvez ele facilite as coisas. 

Rodrigo: posso tentar, mais quero deixar Analú e Mia fora disso. Não quero que meu pai prejudique elas mais ainda, ele é realmente frio bem mais frio do que todos vocês imaginam. Vou precisar de uma arma no dia, e preciso de total apoio de vocês se algo acontecer. 

Theo: estaremos lá Rodrigo, arma não será necessário. 

Rodrigo: meu pai acabou com a vida da minha mãe, a mulher que ele dizia amar e dizia que daria sua vida. Envenenou minha cabeça e do... – me calei ao falar o nome de Will – Enfim, isso tem que acabar. 

Theo: certo, então precisamos de uma reunião geral e preparar tudo. Obrigada pelo apoio Rodrigo. 

Rodrigo: devo a vocês – sorri –.

Voltamos para a sala de espera, elas estavam tão ansiosas. Analú abriu um sorriso ao me ver e puxei-a pra perto de mim, fiquei acariciando seus cabelos enquanto o tempo passava, ela queria saber o que Theo havia falado mas precisamos primeiro comemorar tudo de bom que estava acontecendo. 

Matteo, esse era o nome do filho de Bia e TH que nasceu forte e cheio de saúde, e confesso, ele era tão lindo que deu vontade de ter um moleque. 

Rodrigo: Caralho TH, teve filho primeiro que eu. Moleque rápido – falei enquanto nos abraçávamos e todos riram –.

Bia: nossa surpresinha – falou enquanto babava no pequeno Matteo –.

Analú estava sorrindo feito boba, deixamos elas lá e saímos do quarto. TH teria que voltar para a prisão logo, já que agora o plano seria comigo. 

TH: tem certeza? Tu já é um homem livre, não quero por hipótese nenhuma que isso te ferre. 

Rodrigo: tua pena diminuiu, tu fez o que estava no seu alcance e sou grato por isso. Agora é sua hora de cumprir e voltar pra cuidar da sua família. 

TH: se cuida meu mano, seja cauteloso, conhecemos bem a peça que é o RG, me dê notícias. 

Fomos para a casa de Mia, deixamos eles aproveitando os últimos momentos. Estava no antigo quarto de Analú colocando as malas e fui pra sala, olhei no relógio e já era 02h00 da manhã. 

Analú: agora podemos conversar? 

Mia: garota ansiosa – rimos –.

Rodrigo: Theo me contou sobre meu pai, e precisa da minha ajuda – contei tudo sobre a nossa conversa –.

Analú: tu não vai fazer tudo sozinho, não mesmo. 

Rodrigo: eu não vou deixar ele aprontar nada com você e com a sua família Analú, sei o quanto é difícil mas nós precisamos de paz. 

Mia: eu concordo com ele filha, o Theo é um ótimo advogado, tem amigos ótimos na polícia a operação vai dar certo. 

Analú: tu será a isca deles, tem noção? 

Rodrigo: é meu pai Analú, apenas comigo ele é capaz de aparecer. O único da família que restou vivo. 

Ela balançou a cabeça e deixou uma lágrima escapar, passou a mão rapidamente no rosto e quando fui toca-la ela levantou indo rapidamente para o quarto. 

Mia: é uma decisão difícil, converse com ela e as coisas irão mudar. Confio no Theo, e em você.

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