Analú
A noitada havia sido boa, ainda bem que minhas malas já estavam prontas, porque a pior parte foi ter que levantar depois de uma noite de muita bebedeira com as amigas por causa da minha despedida. O celular despertou mais de uma vez e prorroguei em todas, até minha mãe entrar no quarto abrindo a janela fazendo o sol invadir o meu quarto, tentei abrir meus olhos mas foi em vão uma dor de cabeça horrível veio assim que vi a claridade.
Mia: tu vai perder o horário do seu voo Analú – falou calma e serena, era o que eu mais amava nela –.
Analú: mais 5 minutinhos –choraminguei –.
Mia: antes que seu pai mude de idéia filha.
Analú: tá bom, já desço.
Ela saiu do quarto e levantei da cama, peguei minha toalha e fui direto para o banheiro, fiz minhas necessidades e fui tomar um longo banho, lavei meu cabelo e enrolei a toalha, vesti meu roupão e saí. Peguei a roupa que havia deixado separado, um body preto, uma calça jeans dobrada, um mocassim preto, passei uma escova em meu cabelo e deixei ele solto e molhado para secar sozinho, fiz uma make básica para tampar a olheira e cara de ontem, coloquei meu óculos de sol e dei uma ultima olhada para o meu quarto. Iria sentir falta.
Mia: comporte-se por favor, não quero ouvir reclamações da sua irmã.
Analú: E não vai mãe, irei me comportar – falei rindo e ela revirou os olhos –.
Rique: qualquer coisa ligue tá bom?
Analú: tá bom, amo vocês. –falei abraçando os dois –.
Entrei naquele avião sem olhar pra trás, seria o início da minha história. Não sabia se estava pronta para viver sem meus pais mais a minha única certeza é de que eu precisava daquilo. O voo foi rápido e tranquilo, Manu iria me encontrar no aeroporto, saí do avião peguei o carrinho com as minhas malas mas ela ainda não estava lá, começou a me dar fome já que a ressaca não me deixou comer parei na casa do pão de queijo e pedi um com doce de leite e um café bem amargo. Sentei em uma mesa próxima dali e aguardei o meu pedido, Manu mandou uma mensagem avisando que iria se atrasar um pouco por conta do transito então iria comer sem pressa, estava de cabeça baixa mexendo no celular quando um homem bem gostoso por sinal sentou na mesa junto comigo.
Analú: não estava esperando por um homem – falei olhando para o seu óculos escuro e ele riu –.
xXx: só preciso ficar aqui por alguns minutos.
Analú: com tantas mesas vazia, porque logo a minha? – vi ele tenso quando alguns segurança passou por nós e não tirei os olhos dele – tu tá aprontando alguma né?
xXx: porque estaria? – deu um sorriso de lado, puta que pariu que sorriso –.
Analú: conheço essa respiração profunda – ele riu alto –.
Garçonete: licença, o seu pedido senhora – falou colocando o prato e meu café na mesa –.
Analú: obrigada – sorri –.
Garçonete: o senhor gostaria de algo?
xXx: é, sim, claro – olhou pra mim e sorrio – um café amargo por favor.
Analú: esta de ressaca também? – falei quando ela saiu e ele sorrio –.
xXx: sempre estou – olhou pro lado e voltou a me olhar – tu não é daqui né?
Analú: tá querendo saber tanto, e eu não sei nem o teu nome.
xXx: Rodrigo, prazer é só na cama, então... Só Rodrigo mesmo – ele riu, aquela risada que só os carioca tem, que disgrama –.
Analú: as vezes o prazer não é só na cama – falei rindo –.
Rodrigo: não?
Analú: as vezes o prazer pode estar na sua frente, e você nem se quer notou.
Rodrigo: abusada tu em –pegou o café dele e deu um gole –.
Analú: minha carona chegou, preciso ir – falei depois de comer meu pão de queijo e estava no meu último gole do café –.
Rodrigo: Já? – ele levantou e caminhou até o balcão, pediu uma caneta e anotou algo em um guardanapo voltou até onde eu estava e me entregou – Me liga, será um prazer te mostrar o Rio de Janeiro – falou baixo em meu ouvido e balancei a cabeça rindo –.
Peguei meu carrinho com as malas e saí de lá sem olhar pra trás, caminhei até a entrada e minha irmã estava saindo do carro sorrindo ao me ver, larguei as coisas e dei um abraço forte nela como sentia falta disso todos os dias.
Manu: desculpa o atraso mana, o transito estava tenso – ela sorrio –.
Analú: não se preocupe mana, aproveitei a vista do aeroporto – dei um sorrisinho ao lembrar do moreno, tal de Rodrigo –.
Manu: pode deixar que irei te mostrar todas as outras paisagens – sorrimos – já pedi para preparar o almoço pra nós, é o tempo de chegar em casa.
Entramos no carro e fomos conversando, a praia era tão linda, a vista era demais, ali seria o meu lugar ideal. Almoçamos juntas e Manu tirou o resto do dia comigo, ficamos na cobertura tomando sol e mergulhei também.
Analú: como que anda a vida aqui?
Manu: Ah Mana, é bem diferente sabe? Está muito corrido, estou terminando a faculdade esse semestre e com a responsa da empresa – deu um gole do seu suco – mas estou amando a vida de casada com o Bruno –rimos e fiz careta – Mas e você? A mamãe falou que as coisas não estavam andando bem, queria que você viesse pra cá logo.
Analú: é melhor não falarmos de mim – sorri disfarçando, não queria desabafar com ela agora – Até porque o seu amor acabou de chegar – rimos –.
Bruno: e ai cunhadinha – falou me abraçando e retribui –.
Manu: mais tarde vamos sair para beber e você vai para se enturmar com o pessoal.
Analú: Bruno tem algum amigo gato me esperando? –rimos –.
Manu: tu não muda cara.
Fui para o meu quarto ajeitar algumas coisas e descansar um pouco já que hoje tem, dormi igual um bebê e não conseguia tirar aquele moreno da minha cabeça, Rodrigo... Não sei porque mas sentia que ele iria desgraçar com a minha vida.
Manu: mana acorda – ascendeu a luz e vi que já era a noite – 20h já, se arruma e vamos.
Analú: opa – falei me espreguiçando e levantei –.
Tomei um banho demorado e saí enrolada na toalha, minhas coisas já estavam no armário a empregada da Manu era demais. Peguei um vestido preto com um decote na costas, coloquei meu salto 15 e fiz uma make, coloquei meus acessórios e deixei o cabelo solto, peguei minha bolsinha e saí do quarto.
Manu: quer arrumar um namorado mana? – os dois riram –.
Analú: engraçadinhos – mostrei linguá – vai que eu encontro um carioca né –rimos –.
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Nem todo erro é errado ||
Teen FictionEscritora: Ju Rabetão • Respoansável pela história: Letícia Capa: sophiadelrey • +16 | Após passar 2 anos, algumas coisas mudaram, Manu e Bruno seguem uma vida bem independente só os dois no Rio de Janeiro e estão ansiosos com a chegada de Analú, i...