Capítulo 26

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Analú

Levantei e tomei um banho na
Bia, ela não queria me deixar ir embora de jeito nenhum, saí enrolada na toalha e coloquei o shorts e o body que eu tinha vindo ontem para me arrumar, estava faminta e Manu me mandou mensagem me chamando para almoçar que já estava pronto. Victor não havia mandado nenhuma mensagem e eu também não, ele conseguiu me irritar literalmente. Convidei Bia para almoçar e ela foi, pegamos o elevador e subimos, assim que entrei todos gritaram “SURPRESA”!!! uma festa organizada pra mim com todos lá, meus avôs, meus irmãos, sobrinhos, meus pais, Victor também estava lá e pra mim foi uma surpresa, ele deu um sorriso ao me ver e eu retribui.

Todos me mimando e tirando foto, comemos bastante e curti a minha família, já Victor se enturmou com Enzo e Bruno, meu pai também acabou entrando na conversa e por aí foi. 

O dia foi bem leve, foi bom estar com eles afinal com todos eles. Estávamos sentados na sala jogando conversa fora quando tocaram em assunto de faculdade. 

Mauricio: minha neta querida, já decidiu o que irá cursar? –olhei para minha mãe e ela deu um sorriso –.

Analú: direito – falei firme e todos arregalaram os olhos, principalmente Victor que sempre soube que eu nunca fui fã em advocacia –.

Rique: pensei que pelo menos uma fosse ir pra área de administração igual o pai, mas acho que perdi – rimos –.

Mauricio: tu irá se sair muito bem – apertou minha mão e sorrimos –.

Já estava tarde e todos estavam indo embora, ficou apenas meus pais, meu irmão e Victor levantou para sair escondido de mim mas vi de longe. 

Analú: não vai nem se despedir? 

Victor: direito? Se tu conseguiu esconder isso de mim ir embora sem me despedir é o de menos.

Analú: Vi, tu vai continuar com isso? Sério mesmo? 

Peguei o elevador com ele e descemos, fomos conversando até o seu carro. Aquele olhar dele me desmontava, que raiva que me dava. 

Victor: entra, precisamos conversar – abriu a porta pra mim e entrei –.

Analú: sim? – encostei a cabeça no banco quando ele entrou e cruzei os braços –.

Victor: tomei uma atitude por impulso, me desculpa. 

Analú: TH é só meu amigo – ele colocou a mão na minha perna e nos olhamos – não tem nem porque sentir ciúmes. 

Victor: não queria ter brigado bem no seu aniversário, desculpa – falou se aproximando e colocou a mão no meu rosto, fechei meus olhos e sorri –.

Abri meus olhos e em seguida nos beijamos, tínhamos um fogo só nosso que eu gostava muito. Subi encima de Victor, sorte que seu carro havia insufilme e não corríamos o risco de ninguém ver. Sua mão estava em minha bunda enquanto eu descia e subia roçando nossos corpos, Victor já estava duro igual pedra o que me fez sorrir entre o beijo, em um segundo estávamos sem roupa, seu corpo colado no meu, nossa respiração embolada uma na outra nos fez gozar rápido demais, afinal estávamos na rua. Me joguei no banco pingando de suor e ele me olhou rindo. 

Victor: um sorvete? 

Analú: acho que precisamos – rimos.

Chegamos até a sorveteria e descemos do carro, Victor me abraçou e entramos. Peguei um pote médio e coloquei algumas bolas de sorvete, eu era magra de ruim porque comer era comigo mesmo. Enchi de recheio e fui sentar, logo em seguida Victor também foi, ele era mais que uma ficada nós éramos amigos e eu sabia disso. Conversamos sobre tudo como se não estivéssemos brigados a algumas horas atrás. Assim que estávamos saindo Dara estava chegando com um pessoal e arregalou os olhos ao nos ver assim, juntos. Victor me abraçou forte e saímos de lá. 

As semanas foram se passando e chegou a hora de ir me matricular na faculdade, não havia mais falado com Rodrigo aquele número só dava desligado e a rebelião não teve nenhum morto, apenas feridos o que me deixava com o coração na mão. Acordei com a voz da minha mãe, não estava acreditando nisso levantei quando ela entrou no quarto toda empolgada. 

Mia: vamos na faculdade e depois ir comprar mais coisas para a Helena já que esta programado para amanhã. 

Manu: NÃO DÊ OUVIDOS PRA ELA MANA – gritou da sala e rimos –.

Analú: deixa eu tomar banho então e tu vai pagar o café bem top.

Mia: tu... tu – falou me imitando – ehhh virou carioca nata né garota – fez careta e rimos –.

Entrei no banho e não demorei muito, coloquei uma roupa qualquer e já estava pronta saí do quarto com a minha bolsa, dei um beijo na barriga de Manu que não parava de mexer um segundo. 

Mia: qualquer coisa liga ou grita filha – rimos –.

Manu: vamos aguentar até amanhã né filha – acariciou sua barriga e sorrimos –.

Minha mãe foi dirigindo, fomos ouvindo músicas e falando sobre Helena, estávamos ansiosas demais. Tomamos café em uma padaria e fomos caminhando até a faculdade. 

Mia: filha – ela fez uma pausa e nos olhamos – é porque tu quer? É a sua vontade? 

Analú: sim mãe –;menti, em partes vai... não era algo que eu desejava muito e sonhava como todas as meninas da minha idade, mas Rodrigo precisava de algo a mais de mim e eu iria dar –.

Mia: não tem nada haver com Rodrigo né? 

Analú: terminamos de vez, esqueceu? 

Ela deu um sorriso como se acreditasse nisso. Fizemos minha matricula e fiz uma prova que não demorou muito e claro, aprovada. Eu não me importava da minha mãe mexer os pauzinhos dela na universidade porque eu sabia da minha capacidade, eu sempre tive notas altas só me sentia a ovelha negra da família por tudo que já aconteceu no nosso passado. Quando estávamos saindo da faculdade dou de cara com Dara, ela me olhou com desprezo e ri minha mãe percebeu e saí puxando ela para não comprar a minha briga. 

Mia: inimigas e nem se quer começou o semestre? 

Analú: ela é conhecida do Victor, moram juntos desde pequenos, ele era filho da empregada os Bittencourt. 

Mia: e ela tem ranço de ti por estar com ele? – riu –.

Analú: somos um caso sério, mas nem tão sério assim. – rimos –.

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