Analú
Desci com um sorriso enorme no rosto e quando entrei no carro Bia já começou a rir da minha cara. Eu era muito apaixonada por Rodrigo e a cada dia em que ele me ligava isso ficava mais forte, eu sentia tanta falta dele.
Bia: essa cara tem nome e sobrenome, estou errada?
Analú: xiu – falei e rimos –.
Chegamos na faculdade e Bia estacionou, peguei minha bolsa e desci do carro, caminhamos juntas e tentei conversar sobre qualquer coisa para ela não prestar atenção nos olhares das pessoas mas era em vão.
Analú: assim que acabar a minha aula vou te encontrar.
Bia: obrigada por isso.
Analú: tu é mais que minha amiga, é minha irmã e eu quero te ver bem.
Ela deu um sorriso e nos abraçamos, fui pra sala tinha um trabalho para entregar.
Deu a hora do intervalo e fui encontrar com Bia, fomos direto para a cantina estava faminta ando comendo muito mal ultimamente. Ela me contou como estão as coisas no morro e o quanto ela estava feliz com TH.
Bia: eu não imaginava que poderia amar alguém assim.
Analú: depois eu que sou a apaixonada – rimos –.Bia: ele está diferente de antes, de quando nos conhecemos sabe? As mina de lá querem morrer quando eu passo – riu alto – mas ele tá mudado, tá andando na linha e está mais responsável.
Analú: há males que vem para o bem amiga.
As duas últimas aulas demoraram um pouco para passar, Bia saiu primeiro que eu e ficou me esperando no carro, quando deu meu horário levantei e peguei minha bolsa e caminhei pelo pátio até ouvir a voz enjoada de Dara falando alto com as amiguinhas dela.
Dara: mulher de bandido é foda – riram, fiquei quieta e continuei andando e elas atrás – o pior é quando uma amiga vai pela onda da outra.
xXx: essa Bia é surreal, seu irmão se livrou.
Dara: agora só falta Victor se livrar – virei na hora e ela parou de andar –.
Analú: fala mais que tá pouco Dara – me aproximei dela e a mesma recuou – tá com algum problema comigo? Ou com a Bia? Porque se tiver meu bem resolvemos agora.
Bia: Ana, vamos – entrou no meio da muvuca para me puxar e desviei –.
Analú: só quero saber Dara, vai continuar com seu veneno? Não estou mais no ensino médio mas você parece que nunca saiu né?
Dara: a novinha daqui é você e não eu Analú. E outra, é melhor irmos embora porque com mulher de malandro ninguém mexe – todos riram e me segurei –.
Deixei ela passar, estava no pátio da faculdade e não queria estragar a reputação da minha mãe. Quando ela saiu e foi caminhando pelo estacionamento aumentei os meus passos e dei de cara com ela.
Dara: tá maluca?
Analú: fala alguma coisa agora, não estamos mais na faculdade posso quebrar a sua cara.
Dara: tu é toda princesinha.
Analú. Não sabe nem brigar, sai das fraudas primeiro – ela riu e dei o primeiro tapa, perdi a razão? Sim, mas foda-se –.
Minha mãe já foi chamada algumas vezes na escola por briga minha, o meu problema era que eu aguentava tudo calada e até não aguentar mais, mas quando esse momento chegava ninguém conseguia me segurar porque eu virava um monstro e foi isso que aconteceu. Quando dei o primeiro tapa Dara foi pra cima de mim e segurou em meu cabelo, dei um murro e ela me olhou com mais raiva ainda comecei a rir e Bia me puxou quando Victor chegou no estacionamento, Dara começou a chorar se fazendo de vítima e tive vontade de vomitar.
Victor: o que aconteceu aqui? – olhou pra ela e depois pra mim –.
Analú: pergunta pra sua irmãzinha, sei lá o que ela é sua.
Dara: essa garota é uma dissimulada Victor, é isso que você quer pra sua vida? – gritou fazendo o seu show e peguei minha bolsa que estava com Bia –.
Analú: acabou o show do ensino médio pessoal – bati palma e geral riu, olhei pra Dara – não estou mais no ensino médico Dara, as coisas comigo é bem diferente.
Dara: mulher de malandro só resolve assim né?
Analú: Victor é malandro? Porque se for eu não estou sabendo – ri – tchau.
Virei as costas e saí de lá, Victor foi atrás de mim e senti uma pontadinha de felicidade ao ver a pior cara que Dara poderia fazer. Fui no carro com Bia e ele foi logo atrás, ela agradeceu e pediu desculpas pela situação, mas ela sabia que o problema não era só com ela, Dara tinha um problema maior comigo e eu queria saber o porque. Fomos para um barzinho beira mar, precisava beber um pouquinho e esquecer de tudo que estava acontecendo, Victor desceu do carro e esperei por ele enquanto Bia ia pegando uma mesa pra gente.
Victor: mulher de malandro?
Analú: vou receber sermão ao invés de perguntar o que houve? Por favor Victor.Victor: o que aconteceu?
Analú: aquela garota é surtada, precisa de atenção dos pais ou melhor da atenção de algum homem bem gostoso que faça ela esquecer... – fiquei pensativa – você?
Victor: Ana, Ana – ele se aproximou e sua boca ficou próxima da minha –.
Analú: o que tu vai fazer Victor? Vai me punir por bater na sua irmãzinha? – olhei em teus olhos e ele mordeu meus lábios devagar –.
Victor: deveria punir sim, mas de outro jeito – rimos –.
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Nem todo erro é errado ||
Teen FictionEscritora: Ju Rabetão • Respoansável pela história: Letícia Capa: sophiadelrey • +16 | Após passar 2 anos, algumas coisas mudaram, Manu e Bruno seguem uma vida bem independente só os dois no Rio de Janeiro e estão ansiosos com a chegada de Analú, i...