Capítulo 49

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Analú

Fui para a audiência com a minha mãe, a minha ansiedade estava me matando. Minhas mãos estavam suando e mal consegui comer, tomei apenas um café puro. Eu não podia ficar lá dentro, só quando eles me chamassem.

Estava sentada e impaciente, quando levanto minha cabeça vejo os policiais levando Rodrigo para a sala. Ele não mudou nada, continuava o meu moreno gato e abriu aquele sorriso lindo ao me ver, ele piscou e eu sorri hoje tudo daria certo, estava confiante. 
Alguns minutos se passou, até que minha mãe saiu e me olhou e eu já sabia que a hora era agora, dei um gole na minha água e entrei com ela. 

Advogado: Analú Alcantra, como e quando conheceu Rodrigo? 

Analú: quando embarquei no Rio eu encontrei ele no aeroporto – sorri ao lembrar – e depois nos reencontramos em uma balada – dei uma pausa e ele me observava atentamente – começamos a nos relacionar e tudo foi muito intenso. Até que conheci o seu irmão Will – engoli a seco ao falar no nome dele – só que ele era bem diferente de Rodrigo, tinha maldade em seu olhar. Nos afastamos até que Will me sequestrou, mandou mensagem se passando por Rodrigo e me deixou no cativeiro durante esse tempo – continuei olhando pra ele – Até que TH me viu lá, viu a situação toda e correu para avisar Rodrigo que não demorou para chegar, ele iria me matar, Will estava disposto a fazer isso, ele alegava que o pai dele foi morto por causa da minha mãe, ele fugiu porque minha mãe não conseguiu soltar ele, e por isso ele queria se vingar. Rodrigo não achava isso certo, até que ele atirou primeiro no irmão, quando Will apontou a arma e apertou o gatilho ele foi mais rápido – senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto ao lembrar de tudo e ele me pedia calma baixinho – não foi porque ele quis, quem iria matar o irmão assim? Rodrigo fez para me salvar, quem conhecia Will sabe o grau de perturbação que ele tinha. 

Advogado: obrigada Analú. 

Me tiraram de lá me deixando do lado de fora outra vez, comecei a andar de um lado para o outro, não aguentava mais aquela angústia em saber qual seria o resultado.

Alguns minutos depois minha mãe também saiu, ela ficou lá comigo e me explicando tudo. Saímos para comer algo já que eu não podia ir ver Rodrigo. 

Mia: pelo jeito as coisas estão boa para o lado dele, Theo é um ótimo advogado. 

Analú: 6 anos que ele está preso mãe, metade da pena que deram ele já cumpriu. Não é possível – balancei a cabeça –.

Mia: fica em paz meu amor, já ganhamos – apertou minha mão –.

Voltamos e dessa vez eu pude entrar, Rodrigo já estava lá sentado impaciente, aquele olhar eu conhecia bem. Sua fisionomia mudava quando ele me via, minha única vontade era de sair correndo e me jogar nos braços dele. 

Juiz: já tenho o resultado... – segurou um papel e olhou pra todos – Rodrigo Nogueira, cumprirá sentença em casa durante 1 ano começando a partir de hoje – bateu o martelinho e pulei de alegria –.

A nossa vibração foi a melhor coisa, ver o sorriso dele de orelha a orelha deixou meu coração leve. Tudo bem que ele teria que ficar com aquela tornozeleira horrível, mas eu estaria com ele em cada momento, não iria abandona-lo.

Levaram ele para se trocar e fiquei lá fora agradecendo Theo e principalmente minha mãe pela força que ela me deu. 

Theo: falei que era causa ganha – me abraçou e retribui sorrindo –.

Analú: se vocês dois não forem os melhores não sei quem são – bati palma e eles riram –.

Minha mãe havia saído para chamar o carro enquanto Theo estava pegando as papeladas de Rodrigo, estava sentada balançando as pernas quando ouço ele me chamar. 

Rodrigo: morena – falou naquele tom baixo que me fazia estremecer e olhei rindo –.

Analú: se for um sonho eu não quero acordar, não me acorde por favor – falei depois de cair em seus braços, senti meus olhos arderem mas era de felicidade –.

Rodrigo: eu nunca mais irei sair do seu lado, eu te amo mais que a mim Analú. 

Analú: eu te amo Ro.

Nem todo erro é errado ||Onde histórias criam vida. Descubra agora