1° Lugar Romance- Só por um ano

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Autora: @CindyEmy

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Só por um ano é uma história cativante, consegue prender o leitor, o fato da história ser narrada  em terceira pessoa foi um aspecto que diferenciou a obra de outras.
Quando se escreve em terceira pessoa, as falas e os diálogos entre os personagens são mais emocionantes e despertam mais curiosidade.

Ortografia com alguns erros, mas que não impede a compreensão do contexto e da história, coerência perfeita e uma sinopse perfeita.
A sinopse é o aspecto inicial mais importante em um livro, ela faz com que as pessoas sintam-se motivadas a ler o livro, e com certeza só por um ano me cativou já na sinopse. Sem mais, concluo parabenizando a autora pois é um ótimo livro e com certeza mereceu o primeiro lugar!

💎Entrevista💎

O que levou você a ser escritor(a)?

Sempre escrevi. Desde criança gostava de fazer poesias, que foram meu primeiro estilo de escrita. Tenho mais de 100 poesias registradas. Contudo, parei de escrevê-las, pois fui seduzida pelos contos e, logo, o chamado foi para romance.  Então, escrevo histórias, mas muitas inconclusas e não publicadas. Meu estilo de coração é a fantasia, tenho uma obra pronta, aguardando o momento, como também, encontrar o público correto para ela. Mas no Watts, que comecei a publicar no início de agosto, tenho uma única história de Romance Adulto, uma história de amor, com clichês em que dei meu tom próprio, e conquistou seu público na plataforma, que é SÓ POR UM ANO, a história com que ganhei o reconhecimento do Diamond Writers. Muito obrigada por isso.

Qual foi a sua maior motivação?

O que me motiva é uma inquietação na alma. Algo intrínseco, que pulsa e pede para sair do centro do corpo para as páginas em branco. Sempre digo que minha alma fala através da escrita. O vazio da tela ou do papel é um convite, seduz, atrai e ludibria o meu coração e a minha alma para que eles explodam entre letras, palavras e frases, construindo histórias, através do meus dedos.

Você sempre teve esse sonho de escrever?

Escrever se tornou uma realidade. Mesmo que meu universo seja pequeno, que não tenha um público imenso, que o livro físico não tenha chegado, eu já me realizo na escrita.

Tem algum escritor(a) que você se inspira?

A beleza e a estética de Itamar Vieira Filho (autor iniciante, com Oração do Carrasco), a provocação dos livros de João Ubaldo Ribeiro. Ainda destaco a capacidade criativa e de organizar mundos paralelos do George R.R. Martin (Game of Thornes). Reverencio a Diana Gabaldon, autora de a Viajante do Tempo (saga Outlander), que atravessou gerações conquistando leitoras com o casal sexy cheio de química, Jamie e Claire.  Amo a Marion Zimmer Bradley e suas histórias arturianas, a mais conhecida é As Brumas de Avalon. E também não me esqueço de Bernard Cornwell, com sua saga de romance histórico, Crônicas Saxônicas e o bem construído personagem  Uhtred de Bebbanburg.

Qual foi seu objetivo ao escrever seu livro?

Bem, quis fazer uma obra de entretenimento e de amor. E quis algo leve.  Assim nasceram Suna Ferraz e Vicente Max. Embora a história não comece nada suave, devido ao jeito do Vicente, um sádico, enfrentar sua sexualidade.  Na verdade, de início, a Suna seria a grande personagem, mas o Vicente começou a gritar dentro de mim, querendo falar, desejando linhas e mais linhas sobre sua alma.
Como você descreve o seu personagem principal.
Suna Ferraz é uma garota decente, que venceu diversos obstáculos entre a adolescência e a vida adulta, até encontrar um lugar ao sol, um emprego que ama e a estabilidade emocional. Para isso, Suna foi cruel com ela mesma, dura em seus princípios, oprimindo os próprios desejos de mulher, devido a um trauma do passado.  Ela passou por muitas e irá enfrenta outras tantos desafios ao aceitar se tornar a esposa de fachada do Max.
Já Vicente Max é um neurocirurgião poderoso, que manipula mulheres. É violento, em certo modo, coberto por contratos que firma com mulheres, as fidelizadas, que consentem que ele realize algumas práticas sádicas e dominadoras pré-estabelecidas. Ele acha que pode resolver tudo comprando, pagando. Contudo, Max é um homem complexo, mesmo sendo assim, despertando a ira das leitoras e leitores, ele é um cara altruísta, que faz trabalho voluntariado em hospital, operando de graça, além de financiar projeto e ajudar pessoas.

Como reagiu ao saber que ficou entre as colocações no concurso?

Fiquei muito contente, muito feliz. Esse é o primeiro reconhecimento ao meu trabalho e nunca vou esquecer-me desta oportunidade. Gratidão me define.

Qual a maior dificuldade em escrever um livro?

Vou ser sincera, não é falta de modéstia. Meu maior problema é tempo. Tenho pouco tempo para me dedicar à escrita. E não tenho problemas criativos. Sempre encontro uma linha segura para caminhar com a história. Mas falando em algum tipo de dificuldade, acho que encontrar o nome certo para o personagem me dá um pouco de dor de cabeça. Também tenho uma queda por detalhamento demais de cenas e emoções.

Quais são seus projetos para o futuro?

Tenho dois projetos em mente. Uma é dar continuidade a SÓ POR UM ANO,  com um spin-off sobre Marcel, o advogado, ele é um homem muito lindo, querido, inteligente, mas tem dificuldade em amar, ele não permite apaixonar-se. Essa história precisa ser contada.
O outro, o mais arrojado, é uma distopia, não posso adiantar muito, mas é sobre uma garota criada para agir contra a opressão em seu país e também tem a história de sua mãe, que a colocou, desde os 14 anos, para treinar numa milícia, e que guarda ao menos um segredo. 

No geral, ser autor é fácil ou difícil? Quais são as maiores dificuldades?

Não é fácil escrever, porque vivemos num país que não dá muita bola a literatura. Quem ainda consegue algum espaço é quem escreve entretenimento. Consumimos muito conteúdo estrangeiro em detrimento das produções locais. Mas vejo uma mudança nessa situação. Plataformas como Wattpad e Amazon têm ganhado espaço entre leitores. Não à toa a crise das livrarias brasileiras. A cultura fechou e a Saraiva precisou também encerrar as atividades de 20 unidades para obter seu equilíbrio.
Ser autor independente também requer saber divulgar e isso demanda tempo e grana. Não sei direito, pois estou começando agora nessa bolha, mas pelo que entendi, o escritor precisa investir em si, bancar algumas coisas com sua grana, para ter, quem sabe, no futuro, algum retorno.  Ou pode manter-se no Watt, como gerador de conteúdos, e conseguir seus leitores em troca de reconhecimento.

Fale um pouco da sua obra e que mensagem ela passa aos que lêem e irão ler futuramente?

Olha, SÓ POR UM ANO é um romance adulto que trata da queda de paradigmas emocionais. O sádico que se apaixona e se transforma num homem doce e dedicado, sei que parece bobinho, mas há uma série de sentimentos dentro desse espaço de transformação.  E mocinha que tem um grande trauma e ainda assim precisa aprender a perdoar e superar mentiras em nome do amor. Só que o amor precisa evoluir e amadurecer para ambos. E nessa queda da balança de um lado para o outro que a história vai se fixando. As leitoras também falam muito dos suspenses que são deixados entre um capítulo ao outro, considerando a história como viciante.  Mas disso não posso garantir, é preciso ler e certificar se a história é isso tudo mesmo...

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