Let's Make A Deal!

292 16 11
                                    

    Olhos fechados suavemente, o morno cobertor sobre meu corpo e a respiração profunda de um sono produzido por cansaço e duas doses injetáveis em seus últimos momentos de efeito em minha corrente sanguínea. O quente crescendo no peito com um sorriso pequeno ao sentir a movimentação a minha direita, o peso sobre meu braço estirado e o toque de um par de lábios que conhecia muito bem em meu maxilar.

    Uma pequena trilha de beijos foi deixada na linha do meu maxilar, subindo para a bochecha direita até finalmente encontrar meus lábios. Depositando um lento e carinhoso beijo que me fez lembrar das várias outras manhãs que começaram daquela maravilhosa maneira.

    - Bom dia... – Clarke cochichou se afastando com um suspiro para que eu finalmente abrisse meus olhos e tivesse a visão perfeita de seu rosto.

    - Bom dia... – Respondi suavemente, tomando a liberdade para ajeitar uma pequena mecha loira sobre sua bochecha, a colocando atrás de sua orelha e alisando a pele com o polegar.

    - Então... Algum plano para- Se calou quando recebeu mais um longo e calmo toque de meu lábios. Uma porção de selinhos e mais um beijo preguiçoso. – Hmm...

    - O que ia dizer? – Perguntei, me afastando para adorar seu rosto outra vez.

    - Deixa para lá, eu estou completamente de acordo com isso. – Respondeu e rapidamente se inclinou na minha direção mais uma vez.

    Era simples como respirar, não havia mais aquela estranha agonia ou tensão entre nós. Éramos só... Nós. Em um dia que sinceramente não me importava com nada, apenas com a companhia da mulher que amava em uma cabana aconchegante como nosso apartamento costumava ser.

    Nos custou algum tempo para finalmente levantar da cama, já era de se esperar considerando o tempo que passamos separadas, mas isso não era o que me tomava a atenção naquele momento. Não, o que eu não podia entender era o insistente sorriso em meus lábios enquanto esperava o tão alegremente preparado café da manhã.

    Clarke fez questão em prepara-lo completamente sozinha, eu recusei, mas não havia muito que podia fazer quando passar mais de dois minutos de pé me tirava algumas pontadas em meu abdômen. Então, Baioneta, que não escaparia de seu banho por muito tempo, e eu esperamos no outro lado da cozinha. Eu sentada em uma das cadeiras com olhos na mulher mais linda que já vi, mesmo com seu cabelo bagunçado e cara amassada, e a cadela deitada no chão do corredor, logo ao lado de suas tigelas de comida e água.

    Ela já sabia as regras da casa, nada de cozinha com o pelo naquele estado.

    - Quando eu disse que podia sentar para me assistir eu não quis dizer me encarar desse jeito. – Ela brincou, batendo os ovos na tigela com tronco recostado no balcão. – É estranho.

    - Aham. – Respondi, tentando cruzar os braços para me fazer mais confortável. – Droga... – Bufei, encarando minha lateral com um olhar azedo. – Ugh, eu odeio essa coisa.

    - Eu não. – Ela respondeu com simplicidade e eu encarei seu rosto com cenho franzido. – Quer dizer, é ruim você ter se ferido, mas ao menos mantém você sob controle.

    - Sob o seu controle, você quis dizer. – Reformulei com um sorrisinho.

    - Exato. – Ela concordou, sem qualquer dúvida em sua voz. – Não que eu precise de um ferimento para mostrar quem manda nessa relação.

    - Então está dizendo que você é quem manda? Sério? – Não segurei uma risada incrédula e ela deu as costas com uma piscadela. – Sinto muito te informar, Senhorita Griffin. Mas só existe lugar para apenas um alfa.

EXITIUMOnde histórias criam vida. Descubra agora