O que perdemos e o que ganhamos

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Quando pensei em dar uma volta pela Torre Stark — depois de ter pagado o maior mico da minha existência, beijando o Capitão América à força na frente dos seus companheiros Vingadores, que ficaram DESMAIADOS com tal cena — eu não imaginei como este lugar me surpreenderia ainda mais. É realmente um mundo dentro de uma cidade. Um lugar enorme onde tecnologia e sofisticação estão em constante harmonia.

Se o fofo do Steve não tivesse me acompanhado, com certeza, eu teria me perdido pelos incontáveis cômodos e inúmeros corredores que nos levaram até uma sala bem aconchegante, com uma vista maravilhosa de Manhattan.

Neste momento, estou ao lado do velhote sarado — bota sarado nisso... Não tem como não reparar, me julguem — em um sofá da tal sala, assimilando tudo o que ouvi dele, enquanto tomamos algumas taças de um vinho bem docinho que Steve tinha pegado na adega do Homem de Ferro, antes de todo o meu papelão desta noite.

— Então esse seu amigo... Bucky... — começo depois de tomar mais um gole desta bebida de mulherzinha, como Tony mesmo classificou — é bonitão, livre e desimpedido?

Quase engasgo diante da expressão surpresa e confusa do Capitão América e não posso tirar a sua razão em ficar assim, afinal eu mesma não entendo por que perguntei isso. Não era o que eu devia perguntar em um momento como este, quando Steve Rogers está compartilhando coisas bem pessoais comigo. Tenho que parar de agir como uma periguete carente. Cruzes!

Pensando desta forma, me corrijo rapidamente:

— Digo... Ele simplesmente desapareceu do mapa? Sem deixar rastros?

— Exato. — o Capitão Lindo América confirma, já recuperado da minha pergunta anterior e, com um olhar distante, ele explica melhor: — Minha aposta é que o Bucky se lembrou de alguma coisa, afinal ele salvou a minha vida. Mas isso só deve ter o deixado mais confuso, então ele resolveu desaparecer. Sem deixar rastros. Mesmo assim, eu nunca vou desistir de encontrá-lo. Eu nunca vou desistir do meu amigo. Procurar por ele tem sido uma prioridade para mim. Inclusive, eu estava procurando por ele, quando Thor baniu o irmão para cá. Por isso, eu demorei um pouco para me juntar ao time de novo e à esta missão. Eu estava bem ocupado, seguindo mais uma pista que, infelizmente, não deu em nada. — depois de voltar-se na minha direção, Steve completa: — Me desculpe por não ter aparecido antes, Olivia. Eu vou continuar procurando o Bucky, mas eu quero que você saiba que, apesar disso, você pode contar comigo a partir de hoje. Eu estarei de olho em você e no Loki também.

Fofo! Fofo! Fofo!

É isso o que Steve Rogers é. Mais um ser fofo que tive o prazer de conhecer graças a essa missão maluca. Tão resoluto em encontrar o seu velho amigo, ao mesmo tempo em que se dispõe a me ajudar em relação ao gafanhoto. Que homem dedicado. Que herói altruísta. Que ser iluminado. Fofura define.

Um suspiro inevitável escapa dos meus pulmões, enquanto observo o Capitão Fofo América com uma possível cara de retardada. E quando abro a boca, a única coisa que consigo dizer é:

— Obrigada, Cap. — e depois que ele assente com um sorriso lindo e... Fofo, e toma mais um pouco do vinho, eu mudo drasticamente de assunto: — Quem é a felizarda?

Steve engasga diante da minha pergunta inconveniente e eu dou alguns tapinhas nas costas dele. Aliás, que costas, meu Deus... Tão larga e... Sarada.

Aproveito para dar uma discreta apalpada nos músculos sob a sua camisa. Na inocência e na amizade, é claro. Podemos não ser o par perfeito um do outro, mas isso não significa que eu não posso tirar uma casquinha dele. Na amizade e na inocência, só reforçando.

— O quê? — o Capitão indaga depois de se recuperar completamente, o que me leva, infelizmente, a afastar a minha mão daquele corpinho lindo e... Sarado.

Trapaças do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora