Trap

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— Oi!

Malia disse, animada ao abrir a porta e ver Stiles. Deu-lhe apenas um sorriso enorme e quando o percebeu sério resolveu perguntar.

— Por que está com essa cara? — desfez seu sorriso.

— Essa é a minha nova parceira, Detetive Martin.

Apresentou-lhe a ruiva, que estava bem ali no canto da porta, onde a morena só pôde a notar quando arreganhou a porta.

— Prazer em conhecê-la, me chamo Lydia. — disse, com um sorriso.

— Sou Malia, Stiles deve ter falado de mim antes. — disse, com um pequeno riso.

Lydia opinou por ficar quieta, deixando o assunto com um ponto final. A situação começou a ficar constrangedora, a ruiva diria algo como:

"Sim, ele me falou muito bem de você!"

Mas não, ele certamente não havia a citado. Para Lydia os dois seriam namorados ou então amigos próximos, com que outra razão Stiles a teria trago em algum assunto? Até porquê sua vida pessoal não pertence a ela.

— Então… A gente pode ver o corpo ou…? — Lydia lembrou a Malia o que estava realmente acontecendo ali.

— Ah sim! Desculpem! — ela riu, sem graça.

Abriu espaço para que os dois entrassem na sala, onde não tinha um cheiro muito bom. Logo se deram de cara com um lençol branco cobrindo o corpo por completo.

— Então, examinei o corpo e encontrei marcas de estrangulamento em seu pescoço. Porém ainda sim ela foi cortada inúmeras vezes no rosto depois de morrer. Estão prontos?

Os dois concordaram com suas cabeças e Malia puxou só uma parte do lençol, mostrando apenas até seus ombros, cobrindo seus seios e o resto de seu corpo. A menina havia cabelos loiros ondulados e pele branca, que agora estava pálida.

Stiles ficou mais sério do que o normal, parecia concentrado, como se a tivesse conhecido, lembrava de seu rosto, mas de onde seria esta lembrança?

— Nossa, seu rosto está realmente uma bagunça. — Lydia comentou.

A mesma pensou que talvez o rosto não seria o suficiente, suspirou e cruzou seus braços.

— Se incomoda em vermos o corpo inteiro? — perguntou para a morena.

— Sem problemas.

Lydia então acabou por puxar todo o lençol, revelando seu corpo inteiro, deixando até mesmo Stiles nervoso.

— Algum problema, Stilinski? — ela perguntou, o encarando.

— Nada. Só é meio desconfortável. — resmungou, desviou o olhar.

— Deve ser sua primeira vez olhando para peitos. Achei que ao menos tivesse internet. — ela zombou, o fazendo se irritar.

— Eu quis dizer que é desconfortável porque ela está morta, sua retardada. — revira os olhos.

— Tanto faz. — jogou seus ombros para cima.

Lydia voltou a observar o corpo, desta vez mais atentamente, cada parte dele. Pegou na mão fria do cadáver e percebeu uma marca de anel, também notou que uma de suas unhas estava quebrada.

— Ei. — o cutucou. — Uma de suas unhas está faltando. — o avisou.

O mesmo arregalou os olhos e viu a marca do anel.

— Isso pode ser um sinal de luta. — disse, com sua voz rouca. — Essa marca de anel…

Pensou, e procurou onde teria guardado o maldito folheto. O achou em seu bolso e o abriu, quase o rasgando de tanta empolgação.

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