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- Isso tudo tá muito estranho.

Essa foi a primeira coisa que Lydia pensou, ao ver aquela situação por inteira. Stiles, simplesmente sentou-se na cadeira novamente, tentando não perder a paciência.

- Como assim?

- O assassino não costuma agir assim. Ele sempre age com extrema cautela para que não seja visto ou deixe se quer pistas alguma.

- Ele queria que Allison o visse. Queria que alguém notasse o bilhete. - percebeu.

- Esse desgraçado tá jogando com a gente.

Ela deu uma risada, e sentiu seu bolso tremer, retirou seu celular do mesmo e atendeu a ligação.

- Eu tô aqui na delegacia! Está ocupada?

Lydia desceu em questão de segundos, indo abraçar a amiga que fez questão de trazer um lanche.

- Kirachu! O que está fazendo aqui?! - diz, com um sorriso enorme no rosto.

- Vim te visitar, não é óbvio? E trouxe esses biscoitos. - ela sorriu de volta, mostrando a cesta de biscoitos.

- Você é realmente um anjo, não é? - ela deu uma mordida.

- Ok, então tem esse cara e ele tá me olhando como se seu fosse um pedaço de carne, há 20 minutos!

- Quem é?

Ela apontou com o olhar para o moreno de queixo torto, que ainda olhava mas que foi interrompido por Stiles, afim de conversar. Lydia deu uma risada e recebeu um tapinha de Kira.

- Pare de rir, não sabe disfarçar?! - ela brigou.

- Me desculpe. Esse é o Scott! Se quiser eu posso apresentar vocês dois.

- Melhor não. Eu não quero algo sério, sabe?

Lydia deu uma risada altíssima, e Kira a deu um tapa novamente.

- Foi mal! É que, acredite, Scott também não quer nada sério, só uma ficada e depois acabou. - explicou.

- Ah, então nesse caso, vou falar com ele!

Lydia riu vendo sua amiga dar em cima de seu colega de trabalho, mas seu sorriso se desfez ao ver Stiles vindo a seu caminho.

- Já acabou de fofocar? Podemos ir trabalhar?!

- Cala a boca e entra no elevador.

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Stiles pegou uma folha e anotou tudo o que poderia ser relevante, palavras. Anotou os lugares e nomes da vitimas, os que seriam mais prováveis.

- Embaralhe. As palavras certas.

Aquilo era um desafio, o assassino queria conversar, o que será que ele queria falar pela aquela pista?

Pois é, Lydia e Stiles também não faziam ideia. Se passaram 5 horas e eles simplesmente não tinham nada. Já era mais de meia-noite, todos foram para suas casas, deixando os detetives sozinhos na delegacia.

Stiles babava na mesa, dormindo. Enquanto isso, Lydia surtava, estava com uma baita dor de cabeça que não iria sumir até a resposta aparecer.

E de repente, ela pensou.

igreja - erica
boate - nulus (erica)
colégio - court
cinema- nate
piscina - dunbar (liam)

E retirou as letras, sua cabeça era estava explodindo em pedaços só de pensar que ela estava andando no caminho certo.

igeja - erica
bate - nlus
colgi - cort
cina - nate
picina - unbar

- "É surdo e mudo."

Ela abriu sua boca, formando um grande 0, completamente chocada com que havia acabado de descobrir. Ela definitivamente conhecia essa piada, era uma das velhas.

"O que é, o que é, é surdo e mudo mas conta tudo"

- Livros.

Ela estava se comunicando com o assassino. Em jeitos que ela mesma não tinha ideia, mas como não tinha nada a perder, decidiu pagar para ver.

- Biblioteca.

Pegou sua jaqueta, sua arma e seu distintivo, e foi até a biblioteca de Beacon Hills. Entrou na mesma, e não aparentava ter ninguém. Por isso achou estranho estar aberta.

Sentiu uma pressão enorme em suas costas, logo em seguida, dor. Alguém havia jogado algo pesado para a derrubar no chão, e foi o que aconteceu. Lydia viu sua arma, que foi derrubada há alguns centímetros de distância e tentou alcança-la, falhou. O assassino a chutou para longe.

Lydia tentava lutar contra ele, mas a força que ele tinha era bem maior do que a dela, ele amarrou suas mãos, ela tentou o chutar mas ele a colocou de pé, mascarado, e em silêncio, a detetive não tinha ideia de quem ele era.

Ela percebeu que estava realmente em perigo quando ele a colocou em cima de uma cadeira, e passou uma corda em seu pescoço. Lydia seria mais uma vítima, e ainda sim não sabe porquê isso está acontecendo. Sem poder tirar a corda ou sair, ele chuta a cadeira. O corpo de Lydia abaixa, seus pés não conseguem tocar no chão e os mesmos ficam desesperados, tentando respirar de alguma forma. E o assassino apenas continua ali, a observando em agonia.

Até que ela escuta a porta se abrir, sua salvação acabará de chegar. A primeira coisa que Stiles viu, foi Lydia, vermelha, roxa, sem poder respirar, sendo enforcada, e depois o assassinado, ali, parado. Ele apontou a arma para ele e o assassino corre, ele tinha uma escolha:

Ir atrás dele, porque com certeza conseguiria o alcançar naquele tempo, ou, salvar Lydia, que sufocava.

Não teve dúvidas, largou sua arma no chão e colocou a cadeira embaixo de Lydia, que estava quase desmaiando. Tirou a corda de seu pescoço e quando ela quase caiu, ele a segurou, a pegando no colo. Stiles só conseguia ouvir a respiração de Lydia, rápida e sedenta por mais ar.

- "Você precisa começar a agir como um parceiro, não um lobo solitário, senão não vamos conseguir desvendar isso."

Ela riu, com dificuldade, e ele respirou fundo, se acalmando.

- Eu preciso de você, ruiva. Nunca mais me assuste desse jeito, ouviu?

Lydia apenas assentiu, encostando sua cabeça em seu peito, ela foi capaz de ouvir o seu batimento cardíaco inteiro.

Suspicious PartnerOnde histórias criam vida. Descubra agora