Eu acordei com calor as seis da manhã. O calor de Nevada finalmente estava dando as caras. Eu me levantei e senti a minha cabeça doer e eu peguei a garrafa de vodka do chão.
Eu peguei o uniforme e fui para o banheiro tomar um banho. Minha vida primeira aula era só as oito mas eu não estava com sono.
Quando voltei ao quarto Polo estava de pé.
- Bom dia. - eu disse baixinho por causa da minha dor de cabeça.
Ele se virou e sorriu.
- Tenho remédio para dor se quiser. - ele ofereceu.
Eu sorri.
- Eu aceito.
Ele me deu o comprimido quando passou para ir tomar o seu banho. Eu tomei e olhei o sol pela janela.
- Pensando em ir no lago? - perguntou Bash aparecendo.
Ele estava com a camisa amarrotada e os botões estavam errados. Eu andei até ele.
- Sim, estava. - eu disse abotuando da maneira certa a sua camisa.
Ele me estendeu um óculos escuros.
- Tinha deixado a garrafa para você ontem. Vejo que aproveitou. - ele disse.
Eu suspirei e coloquei os óculos.
- É, eu e Hardin brigamos.
- Pela seiscentésima vez. - ele complementou.
Eu ri e ele sorriu.
- Vamos, não é como se você não esperasse que isso acontecesse. - ele disse acendendo um cigarro.
Eu dei de ombros enquanto acendia um cigarro também.
- Eu sei que sempre vamos acabar brigando, mas eu ainda espero que não briguemos. - eu disse e segurei o cigarro com os lábios enquanto amarrava o cabelo.
Ele sorriu.
- E como vai a sua mãe? - ele perguntou erguendo a sobrancelha.
Eu fiz uma careta.
- Controladora e egocêntrica. - eu disse.
- O mesmo de sempre.- ele completou.
Eu ri pegando minha mochila.
- Vamos? - eu perguntei.
- Deveríamos esperar o Polo. - ele falou despreocupadamente.
Eu sorri.
- Gostou do garoto? - eu perguntei.
Ele deu de ombros.
- Ele é legal e me ganhou no copas fora, algo que só você tinha conseguido até ontem. - ele disse.
Então ele aparece com os cabelos molhados e penteados com perfeição. A blusa bem passada e o terninho bem colocado.
Eu sorri.
- Pega logo a sua mochila, vai se sentar conosco hoje.- eu disse passando pela porta.
Eles me seguiram para fora do bloco A em direção ao prédio principal. Todos caminhavam lentamente com suas caras de sono até às aulas, cabelos bagunçados, olheiras, camisas amarrotadas.
- Tente não entrar em pânico se Janice te fizer alguma pergunta. - eu disse jogando o cigarro no chão e pisando - Podemos fazer qualquer coisa nós dormitórios, mas nada no prédio principal.
- Gerald voltou. - disse Bash indicando ele, o barrigudo careca mais odiado das redondezas - Ouvi dizer que a filha dele de dezessete deu a luz a trigêmeos.
Eu suspirei.
- Ele vai está o verdadeiro diabo pau na cú. - eu disse.
Nós entramos na prédio e todos abriram caminho para nós passarmos.
- Vocês são populares? - ele perguntou.
Bash riu.
- Somos respeitados. - eu disse e entramos na sala de Matemática.
Hardin já estava lá sentado no seu lugar habitual. Eu me sentei na cadeira ao seu lado, Bash as suas costas e Polo as minhas.
- Todos os anos eu rezo para vocês não voltarem. - disse prof. Carlos entrando.
Eu sorri.
- Talvez sua fé não seja tão forte. - eu disse.
Ele suspirou se sentando.
- Então já posso dar presença. Hardin Jones. - ele disse se virando para o Hardin.
Ele sorriu de lado.
- Sempre presente. - ele disse com o ar convencido.
Carlos revirou os olhos.
- Sebastian Stan Venon. - ele disse se virando para o Bash.
- Odeio meu nome do meio, não pode simplesmente ignora-lo? - ele disse.
- Não. - ele disse - Margot Chiara Melbourne Novvichi.
Eu revirei os olhos.
- Pode dizer, meu nome tem uma sonoridade tão gostosa que te dá tesão falar ele todo. - eu disse lhe lançando um olhar venenoso.
Ele revirou os olhos e se virou para Polo.
- E você é...?
Ele pigarreou.
- Polo Garcez. - ele disse.
- Quer um conselho? - ele fez a sua pergunta retórica favorita - Fique longe deles.
Eu ri e Hardin se inclinou para mim.
- Me desculpe por perguntar sobre a Inglaterra ontem. - ele disse.
Eu respirei fundo.
- Tudo bem, Hardin. - eu disse - Sempre acabamos aqui, não é? Esse ciclo vicioso que nos mantém refém dessa relação.
Ele suspirou.
- Por favor, Margot. Da última vez que disse algo assim você terminou tudo. - ele disse.
Eu me virei para ele.
- E algum dia tivemos algo para terminar? - eu perguntei.
Sua mandíbula trincou e eu toquei o seu rosto.
- Não consigo ficar longe de você, Hardin. - eu disse - Então agradeça aos céus.
Ele me olhou confuso.
- O que isso quer dizer? - ele perguntou.
Eu sorri.
- Que estamos bem. - bem mal, só se for, eu pensei.
Eu me reescostei na cadeira e senti uma papel ser pressionado contra a minha mão.
Está tudo bem?
Ass. PoloEu sorri e escrevi no papel e lhe devolvi.
Sim, valeu pela preocupação.
Ass. MargotEu me virei para ele e sorri.
- Não me pergunte isso de novo. - eu disse.
Ele riu.
- Não posso prometer nada.
- Hey, Polly Pocket e Barbie Girl, da pra calar a boca para eu ouvir a ladainha do Carlos. Valeu. - disse Bash com um sorriso debochado no rosto.
Eu me virei novamente para o professor. Que brega, conversar por bilhetes. Mas foi legal no curto momento em que durou.
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Shit
Teen FictionO último ano do ensino médio é muito importante, é onde nós começamos a nos preparar para a faculdade, pelo menos alguns de nós. Polo entrou em um colégio interno no seu segundo ano. Ele é doce e sensível e com certeza não estava preparado para conh...