Polo

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Eu estava sentado em uma das mesas colocadas no ginásio da escola, observando todos dançando.

Bash bebia sem ponche batizado ao meu lado como se fosse água e Hardin não estava em nenhum lugar a vista.

— Vou pegar mais ponche. - disse Bash.

Ele tem estado muito inquieto desde que descobrimos que Margot não iria voltar, e eu tenho tentado não forçar a barra.

— O que um jovem indefeso faz sozinho nesse lugar cheio de almas libertinas? - disse uma voz sarcástica muito conhecida.

Eu pulei da cadeira a fazendo cair para trás e vi Margot sorrindo maliciosamente para mim. Ela usava um vestido prateado que ia até os seus joelhos e seus cabelos loiros estavam presos em várias tranças.

— Margot? - eu perguntei.

Ela deu mais alguns passos em minha direção.

— Sim. - ela disse - Ou será que não?

Eu sorri e a abracei fortemente.

— Pensei que não fosse voltar e...
eu ligue para a sua casa mas... eu estava com tanta saudade. - eu disse.

Ela riu.

— Eu também estava. - ela disse - Acredite, a convivência não faz da Cornelia um ser humano menos desprezível.

Eu ri me afastando para olhar para ela. Ela parecia ainda mais bonita do que eu me lembrava.

— Onde estão os meninos? - ela perguntou olhando em volta.

— Bash foi pegar mais ponche e Hardin...bom, eu não sei. - eu disse sinceramente.

Ela suspirou.

— Certas coisas nunca mudam. - ela disse e seu olhar se iluminou.

— Eu devo estar muito bêbado, porque eu estou vendo a Margot, cara. - disse Bash se aproximando.

Ela riu.

— Talvez seja porque eu estou aqui, cara. - ela disse imitando a sua voz.

Seus olhos se arregalaram.

— Putinha! - ele gritou e a abraçou, a erguendo no ar - Onde você se meteu!?

Ela riu.

— Estava resolvendo algumas coisas. - ela disse.

Eu sorri.

— Então vai ficar? - eu perguntei.

Ela olhou em volta.

— Por que não vamos para um lugar mais calmo, hum? - ela perguntou.

Nós concordamos e a seguimos para fora do ginásio.

— O que aconteceu lá na Inglaterra? - perguntou Bash.

— Minha estava mesmo tramando alguma coisa. - ela disse - Mas não vamos falar disso, por que vocês não me contam como foi a primeira semana sem mim nesse lugar?

Bash bufou.

— Foi um inferno! - ele disse- Todos falavam sobre você, se perguntando onde você estava, perguntando para nós onde estava, e ninguém sabia. Ligamos para a sua casa e disseram que você não voltaria, ficamos muito putos e tristes e então aparece e agora eu estou puto e confuso.

Ela riu do monólogo rápido de Bash.

— Entendo. - ela disse - Lá na Inglaterra também não foi fácil, Cornelia não largava o meu pé de jeito nenhum.

— Mas o que houve para você não vir na primeira semana? - eu perguntei.

Ela suspirou.

— Como eu disse, estava resolvendo umas coisas. - ela disse- Nada com que precisem se preocupar.

Ela olhou para a lua acima de nós.

— Acho que vou querer um cigarro. - ela disse.

— Pensei que tivesse parado. - disse Bash pegando o maço.

Ela suspirou.

— E parei. - ela disse - Mas quero uma despedida para ele descente, e simplesmente joga-lo de lado não foi legal.

Ele lhe entregou um cigarro e acendeu o seu isqueiro. Ela acendeu o cigarro e tragou profundamente.

— Vou sentir falta disso. - ela disse olhando para o cigarro.

Se ela dizia isso sobre despedida e sentir falta para o cigarro, por que eu sentia que era para nós?

— Qual dos dois cavalheiros vai atrás do filho da puta do Hardin? - la perguntou.

Margot não costuma xingar tanto quanto os meninos, o que faz com que quando acontece tenha todo um impacto.

— Vai lá, Polly. - disse Bash - Eu estou bêbado.

Eu olhei hesitante para Margot que sorriu e tocou o meu rosto.

— Eu não vou a lugar algum. - ela disse.

Eu apertei o meu rosto contra a sua mão e então corri de volta para o ginásio.

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