Margot

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Estávamos a caminho do lago depois da aula. Eu estava nas costas de Hardin enquanto Bash levava a mochila, como sempre.

— Então, o que a sua mãe falou? - eu perguntei.

Polo deu de ombros.

— Disse que vem me buscar na sexta para o feriado, e que eu posso levar alguns amigos. - ele disse.

— Comida de graça? Tô dentro. - disse Bash.

Eu ri.

— Eu iria passar o feriado na escola então qualquer alternativa é bem vinda. - eu disse.

Hardin deu de ombros.

— Não vejo por quê não. - ele disse.

Nós chegamos a margem do lago e eu pulei das costas do Hardin.

— Hoje não está tão quente. - disse Bash tirando a roupa.

Eu dei de ombros.

— Mas está um lindo dia. - eu disse tirando a minha roupa também.

Então bateu um vento e Bash sorriu enquanto eu cruzava os braços.

— Margot é muito frienta. - disse ele a Polo e então correu e pulou no lago, dando uma cambalhota no ar.

Eu revirei os olhos e Hardin tirou a camisa.

— Vista, não vou precisar dela. - ele disse.

Eu sorri e peguei a camisa, a vestindo.

— Fica muito melhor em você. - ele disse sorrindo e piscou para mim antes de correr até o lago.

Eu me virei para o Polo.

— Você vem? - eu perguntei andando até o píer.

Polo hesitou mas então correu por mim e pulou no lago. Eu ri e me sentei na ponta do píer.

— Você não vai vir, Margot? - disse Bash boiando na água - Está geladinha.

Eu revirei os olhos e observei Hardin nadar até mim.

— Vem, a água está quentinha. - ele disse  se erguendo da água apenas com os braços e ficou a centímetros de mim.

— Em quem devo acreditar? Em você ou no Bash? - eu perguntei.

Ele deu de ombros.

— Só há uma maneira de descobrir. - ele disse voltando lentamente a água e beijou o meu joelho ao passar por ele.

Minha pele se arrepiou com as lembranças do que aqueles lábios podiam fazer. Eu respirei fundo e comecei a descer lentamente para o lago.

A água não estava gelada como Bash havia dito. Hardin segurou as minhas coxas me ajudando a descer.

— Não está tão ruim. - eu disse e então o frio veio quando meu corpo estava todo submerso - Ah, está ruim sim.

Bash riu.

— Fresca. - disse ele.

Eu joguei água nele e ele jogou em mim e então estávamos todos jogando água uns nos outros. Bash empurrou Polo para baixo d'água e eu ri.

— Vai acabar matando o garoto. - disse Hardin rindo.

Bash o soltou e ele voltou a superfície arfando.

— Continua vivo, Polly? - perguntou Bash.

Polo o olhou com raiva e então o empurrou para debaixo da água também. Hardin abraçou a minha cintura, seu corpo quente contra o meu na água fria, e eu não me afastei.

— É bom não é? - disse Polo com raiva e então deixou ele voltar.

Bash tossiu e riu.

— O garoto é vingativo. - disse ele.

Bash nadou até o píer e subiu.

— Vem, Polo. - chamou ele - Roubei alguns pacotes de salgadinhos do quarto de uma das garotas com quem eu transo.

Ele olhou para mim e para Hardin, próximos um do outro, e nadou até o píer.

— Vai dormi comigo de novo? - perguntou Hardin me virando para ele - Diga sim, por favor.

Eu ri.

— Talvez, é o mais próximo de um sim que vai ganhar. - eu disse.

Ele subiu uma de suas mãos que estava em minha cintura até o meu rosto.

— Quer permanecer com o mistério? - ele perguntou tocando de leve o meu rosto.

Seus dedos desceram levemente pelo meu pescoço.

— É mais excitante assim. - eu disse.

Ele sorriu.

— Tudo que envolva você é excitante para mim. - ele disse e colou os nosso lábios.

Eu passei meus braços pelo seu pescoço o trazendo mais para perto de mim. Enlacei sua cintura com as minhas pernas e me senti intoxicada pelo seu beijo. Conseguia sentir o desejo correndo por minhas veias.

— Vocês estão ao ar livre e com plateia! - gritou Bash - Se contenham!

Eu me afastei de Hardin arfando e o encarei. Seus olhos azuis, escuros de desejo.

— Vamos comer alguma coisa, hum. - eu disse e então nadei até o píer.

Eu subi no píer e torci o cabelo. Hardin subiu também e beijou o meu rosto antes de ir em direção aos garotos.

Sabia que Polo estava confuso, conseguia ler isso em seus olhos, mas o que eu podia fazer? Eu também estava!

Eu caminhei até eles, me sentei na toalha estendida no chão e peguei um dos pacotes de salgadinho e abri.

— Vou sentir falta daqui quando me formar. - eu disse quando notei que ninguém iria dizer nada.

— Vai voltar para a Inglaterra? - perguntou Polo.

Eu ri.

— Você fala como se eu tivesse escolha. - eu disse - Todos vamos para Oxford, convenci os dois a me seguirem ano passado.

— Como tem certeza de que eles vão passar? - ele perguntou - Não que eu esteja duvidando de nenhum dos dois.

Bash riu.

— Eu não tinha levado pro lado pessoal, Polly, mas pensando melhor...

Eu ri.

— Tenho amigos influentes no sistema da faculdade. - eu disse dando de ombros - Influência pode fazer mágicas às vezes.

Ele concordou.

— Você poderia ir também. - eu acrescentei.

Hardin se virou para mim confuso mas eu o ignorei.

— Não sei se meus pais deixariam eu ir para tão longe. - ele disse rindo - E eles sempre sonharam com Yale.

Eu suspirei.

— Uma pena, seria legal ter todo mundo lá. - eu disse.

Bash concordou.

— Com quem eu vou jogar cartas enquanto os dois fodem agora? - ele disse.

Eu joguei um salgadinho nele e ele abriu a boca tentando pegar.

— Você é péssimo. - eu disse e me virei para Polo.

Eu joguei o salgadinho e ele abriu a boca, mas não conseguiu pegar também.

— Horrível. - eu disse.

Eu me virei para Hardin.

— Você é a minha última esperança, Hardin. - eu disse em tom dramático - Pegue esse salgadinho.

Ele riu e abriu a boca e eu joguei o salgadinho.

E ele pegou. Eu gritei de entusiasmo e ele riu enquanto eu batia palmas. Todos rimos enquanto eu jogava salgadinhos para o Hardin pegar e Bash e Polo errarem.

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