Margot

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Eu estava na banheira, pensando na discussão que tive com Hardin e sobre o telefone breve com a minha mãe a poucos instantes.

Casamento.

Tudo tão ultrapassado! Não queria discutir isso por telefone então simplesmente me despedi e desliguei. A festa de Natal será um inferno.

A única alegria que posso esperar é que Tiffin vá. Tiffin é filho de uma atriz importante e amiga da minha mãe, e ele é incrível quando não está irritadiço. Foi com ele que eu perdi a virgindade, eu tinha quatorze e ele dezessete.

Eu peguei a esponja e a porta se abriu.

— Maggie? - ele chamou de maneira hesitante.

Eu ergui o olhar e ergui a sobrancelha.

— O que houve? - eu perguntei.

Ele entrou no banheiro fechando a porta atrás de si.

— Me desculpe, eu fui um filho da puta com você, não pensei no que estava dizendo. - ele disse.

Você é só uma vadiazinha egoísta e mimada igual a sua mãe!

A voz dele ecoou em minha mente e eu respirei fundo.

— Claro. - eu disse simplesmente me voltando para a esponja.

Ele suspirou.

— Por favor, Margot. - ele disse - Não faça isso.

— Isso o que? - eu disse passando a esponja pela minha pele.

Ele bufou.

— Isso, está sendo fria, distante. - ele disse.

Eu dei de ombros e ele sentou na beirada da banheira.

— Não estou sendo fria. - eu disse.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Então eu posso me juntar a você? - ele perguntou.

Eu hesitei, não queria que ele se juntasse a mim porque ainda estava puta com ele, mas acabei dando de ombros e fingindo não ligar.

Ele começou a desabotuar a calça e o meu celular vibrou, e eu vi uma mensagem da mãe do Tiffin, o que foi no mínimo estranho.

Hardin entrando na banheira puxou a minha atenção novamente.

— Parece tensa. - ele disse.

Eu suspirei.

— Tenho muitos problemas. - eu disse - Muitos deles tem nome e sobrenome.

Ele suspirou.

— Maggie... - ele disse.

Eu balancei a cabeça.

— Não, Hardin. - eu disse - Eu só quero relaxar agora, não quero discutir de novo.

Eu fechei os olhos tentando manter a cabeça limpa. Senti os seus dedos em meu tornozelo e abri um dos olhos.

Ele me encarava enquanto os seus dedos subiam pela minha perna, em direção a minha intimidade.

— O que está fazendo? - eu perguntei.

Senti seus dedos deslizarem pela parte interior da minha coxa fazendo o meu corpo se arrepiar.

— Disse que queria relaxar. - ele disse subindo mais a sua mão e se aproximando de mim na banheira, derramando um pouco de água no chão.

— Vai molhar o banheiro. - eu disse me erguendo, me mantendo ereta na banheira.

E seus chegaram em meu clitóris, me fazendo arfar.

— Relaxe. - ele disse - Eu limpo depois.

Então o meu celular tocou e eu me ergui sobressaltada.

— Pode continuar na banheira mas eu tenho que sair. - eu disse me levantando.

Ele suspirou.

— Mas nós... - ele começou.

Eu já tinha pegado o meu celular e a toalha e saía do banheiro. Era o Tiffin.

— Tiffin? - eu perguntei ao atender, confusa.

— Algo está acontecendo, Margot. - ele disse - Recebi um e-mail da diaba.

Eu suspirei, minha mãe tinha uma fama lamentável.

— O que dizia? - eu perguntei.

Ele suspirou.

— Nada concreto, só dizia que haveria uma reunião fechada durante o Baile de Natal, é que eu tinha sido convocado. - ele disse.

Eu me sentei na cama.

— Reunião fechada é só para membros da família Melbourne, isso quer dizer, eu, mamãe, vovó, papai, tio Landon e tia Cecil. - eu disse - Por que ela o quer lá?

— Eu não sei, e não gosto disso. - ele disse.

Eu suspirei.

— Eu cuido disso, te ligo se descobrir alguma coisa. - eu disse.

Eu desliguei e olhei para o teto. Ela está armando alguma coisa.

— Margot? - chamou Polo batendo na porta - Minha mãe está servindo a comida.

Eu me levantei de um pulo.

— Eu já vou. - eu disse.

Eu me vesti rapidamente e bati na porta do banheiro.

— Estão nos chamando para comer. - eu disse.

Eu desci e senti o leve aroma de frango, e fez o meu estômago se embrulhar.

— Onde está o Hardin? - perguntou Polo.

— Descendo. - eu disse sentindo a ânsia aumetar.

Bash analisou o meu rosto.

— Está tudo bem? - ele perguntou.

Eu ia dizer que sim mas o cheiro de frango inundou o ambiente e eu corri para o jardim. Eu vomitei tudo o que poderia haver dentro do meu estômago e tossi no final.

— Parece que alguém bebeu demais noite passada. - disse Polo.

Bash veio até mim, e me fez olhar em seus olhos.

— Camisinha todas? - ele perguntou.

Eu sabia o que ele estava perguntando. Camisinha todas as vezes? Sempre respondia sim, mas na primeira noite no colégio esse ano foi um não.

— Vamos na farmácia. - eu disse a Polo - Comprar remédio.

Ele concordou.

— Vou avisar a minha mãe. - ele disse entrando.

— Puta que pariu, Margot. - disse Bash me acompanhando.

Eu respirei fundo.

— Vamos lá só por precaução. - eu disse - Pode não ser nada.

Eu sabia que as probabilidades de não ser nada eram poucas, minha menstruação não veio em outubro.

— Espero que esteja certa. - ele disse.

Nós entramos em uma farmácia e eu fui até a área de saúde feminina. Peguei o teste e fui até o caixa.

— Aqui tem banheiro? - eu perguntei enquanto pegava.

A mulher do caixa me olhava com pena.

— Só dos funcionários, mas pode usar, é nos fundos. - ela disse.

Eu concordei indo até lá.

— Não se preocupe, não sou o pai. - disse Bash a atendente.

Eu entrei no banheiro e segui as instruções.

Se der positivo sabe que só há uma opção, lembre-se que a sua família é construída através de sacrifícios.

Eu respirei fundo e olhei o teste.

— Merda! - eu disse tacando ele no chão do banheiro.

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