Polo

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— E então eu estava tipo, garota vai com calma, quero que você se delicie de todas as maneiras possíveis. - disse Bash enquanto estávamos todos na fila do almoço.

— Então você fez um oral nela? - perguntou a Margot.

Na minha antiga escola ouvir os garotos falando de sexo era normal, mas ver uma garota ouvindo e perguntando coisas como a Margot estava fazendo era novo.

— Mas é claro! O que acha que eu sou? - ele perguntou.

— Um idiota. - eu disse junto com a Margot.

Ela riu..

— Ei, eu, você ainda é novo aqui meu chapa. - disse o Bash.

A Margot passou o braço pelos meus ombros, mesmo sendo mais baixa que eu.

— Mas já está no meu coração. - ela disse sorrindo.

Eu desviei o olhar do seu com vergonha.

— Deveríamos ir ao lago hoje. - disse Hardin puxando a atenção da Margot.

— Estava pensando nisso também. - ela disse sem tirar o braço dos meus ombros - E nós podemos apresentar o Polo ao lago.

Bash sorriu enquanto pegava a sua comida. Hardin e ele pegaram várias coisas, eu peguei uma fatia de pizza e Margot uma porção de batata frita.

— Depois da última aula nos encontramos no bosque. - ela disse se sentando em uma mesa na fundo do refeitório. Hardin se sentou ao seu lado, eu a sua frente e Bash ao meu lado.

Todos concordaram.

— Eu não trouxe roupa de banho. - eu disse.

O Bash riu.

— Nenhum de nós trouxe, Polly. - Hardin disse

Margot jogou uma batata nele.

— Não o chame assim! - ela disse.

Ele ergueu as mãos.

— Mas foi o Bash que o apelidou!

— É, mas quando o Bash chama é engraçado, e quando você chama é só escroto. - ela disse.

Ele revirou os olhos.

— Espero não ter que ver vocês fodendo no meio do lago, sabe? - disse Bash - Só pra variar.

Margot bufou.

— Prometo que não vamos foder no lago. - eu disse.

Hardin levanta a mão e faz um sinal de escoteiro no peito.

Bash joga a lata de refrigerante vazia na sua testa.

— Você nunca foi escoteiro, filho da puta! - ele exclama e o Hardin ri.

Margot revira os olhos e se levanta.

— Vem, Polo, nossa próxima aula não dividimos com idiotas. - ela disse

Eu me levantei deixando metade da minha pizza intocada e Bash logo a pegou.

— Amanhã podemos ir zoar com a cara do pessoal do time de futebol... - começou Bash e eu vi Hardin olhando para Margot enquanto saímos.

Nós andamos em direção a sala de inglês e ela parecia alheia ao mundo.

— Temos que passar na biblioteca. - ela disse - O livro desse semestre vai ser O Sol é Para Todos.

Eu concordei e ela riu.

— Você não é muita de falar, né? - ela disse.

Eu dei de ombros.

— Não sei o quê dizer. - eu disse como se fosse óbvio.

Nós entramos na biblioteca.

— De onde você vêm? - ela perguntou.

— Alabama. - eu respondi enquanto olhava as prateleiras.

— Tem irmãos?

— Uma irmã mais velha, Rosalía. - eu respondi meio desconfortável com o interrogatório.

— Qual lado da sua família é espanhola?

— Parte de pai. Qual lado da sua família é italiana?

Ela fez uma careta por eu ter feito uma pergunta.

— Parte de pai. - ela disse contrariada - Quando faz aniversário?

— Primeiro de abril. E você?

Ela riu.

— Sempre soube que era bom de mais para ser verdade. - ela disse rindo.

— Não respondeu. - eu disse.

Ela revirou os olhos.

— 28 de janeiro. Realmente não se dá bem com os seus pais?

Eu me surpreendi por ela se lembrar do que eu tinha falado ontem.

— Mais ou menos. Às vezes sim, as vezes não. - eu respondi.

— Então por que veio para cá? - ela perguntou antes que eu tivesse a chance de perguntar sobre sua família.

— Estava entediado. - eu disse pegando um exemplar de O Sol é Para Todos.

Ela sorriu e a senti bem próxima das minhas costas. Ela pegou um exemplar por cima do meu ombro.

— Prometo não lhe deixar entediado. - ela sussurrou no meu ouvido e eu abaixei o livro quando senti meu volume crescer.

— Hã, tá. - eu disse enquanto tentava raciocinar.

Ela riu.

— É virgem? - ela perguntou.

Eu engasguei com a minha respiração. Está tão na cara!?

— Hum, ah, não. - eu disse.

Ela sorriu.

— Não se preocupe, não vou contar aos meninos. - ela disse.

Eu suspirei. Não queria que ela soubesse da minha falta de experiência.

— Tudo bem, sou. - eu disse e ela me puxou para o início da biblioteca.

— Viu? Não doeu. - ela disse - Mas, você quer perder a virgindade?

— Claro, essa é a única coisa que todos os virgens querem.

Ela riu.

— Precisamos de uma reunião de emergência no lago. - ela disse - Uma reunião que você não participará, ainda.

Eu engoli em seco. Ela estava realmente tramando para tirar a minha virgindade? Eu queria isso, certo? Mas com certeza queria com ela.

— Tudo bem. - eu disse ao anotarmos nossos nomes no caderno de retirada e sairmos da biblioteca.

Ela segurou a minha mão e me puxou correndo até a sala de inglês.

— Por que estamos correndo? - eu gritei.

Ela riu.

— Porque é divertido!

Nós paramos na frente da sala. Ela respirou fundo e olhou para mim.

— Confia em mim? - ela pergunta se aproximando.

Eu hesitei.

— Claro, durmo no mesmo quarto que você. - eu disse.

Ela sorriu e me puxou para perto e ergueu a sua câmera.

— Sorria! - ela disse.

Eu ri e ela tirou a foto. A Polaroids saiu e ela balançou um pouco.

— Essa vai para a minha parede. - ela disse.

Ainda estávamos próximos e ela beijou a ponta do meu nariz.

— Vamos antes que a Sr. Collins não nos deixe entrar. - ela falou e entrou na sala.

Eu respirei fundo e entrei logo em seguida.

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