Margot

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Eu caminhava ao lado de Serena, Q e Bash em direção ao quarto de Hardin. Eu acendi um cigarro e Inanna fez uma careta.

- Isso vai acabar te matando. - ela disse.

Eu dei de ombros.

- Quanto mais cedo, melhor. - eu disse.

Bash puxou a etiqueta da minha blusa.

- Sabe que isso está do avesso, não sabe? - ele disse.

Eu toquei a blusa.

- Não tinha notado, obrigado pela observação. - eu disse sarcástica.

Eu abri a porta do quarto e Hardin estava sentado no chão ao lado de Josh. Ele estava sem camisa e seus cabelos estavam molhados do banho.

- Eu vou ganhar, PANACÃO! - gritou Josh.

Hardin riu.

- Talvez nos seus melhores sonhos, pirralho. - ele disse.

Eu sorri ao ver a cena.

- Bom ver que os meus meninos estão se divertindo. - eu disse me jogando na cama do Hardin.

Ele ergueu os olhos em minha direção e me encarou.

- Ganhei! - gritou Josh.

Eu ri.

- Não valeu, eu me distrai com a bela mulher deitada na minha cama.- disse Hardin.

Eu toquei no ombro de Josh.

- Diga, isso não é problema meu.- eu disse.

Josh sorriu.

- Isso não é problema meu! - ele disse e lhe mostrou a língua.

Eu ri.

- E aí, pirralho. - disse Q chamando sua atenção.

Ele sorriu se levantando e abraçando o irmão.

- Quentin! - ele disse - Serena!

Ela o abraçou também. Eu ri da cena e peguei a garrafa de vodka ao lado da cama e dei um gole.

- Que tal darmos uma volta, hum? - disse Serena ao Josh e Q - Você nos atualiza da vida aqui dentro, e a gente te atualiza da vida lá fora.

Ele sorriu.

- Claro! Vamos. - ele disse puxando os dois.

- Se divirtam! - eu disse enquanto eles saiam.

A porta se fechou e o Bash olhou de mim para Hardin.

- Eu deveria sair ou vocês vão ficar na moral? - ele perguntou.

Eu olhei para Hardin e ele me lançou o seu sorriso de lado que fazia o meu tesão ir no teto.

- Eu acho que isso é um: Saia por favor. - ele disse saindo do quarto.

Hardin veio até mim.

- Se eu fosse você não me beijaria. - eu disse dando um gole na garrafa - Estava deixando as coisas justas com o Polo.

Hardin revirou os olhos.

- Por que ainda está tentando ter algo com aquele muleque?- ele perguntou.

Eu dei de ombros.

- Aquele moleque sabe o que quer de mim. - eu disse.

Ele revirou os olhos.

- Eu também sei! - ele disse - Eu quero você, Maggie. Só você.

- E eu quero algo sólido ao que me agarrar, Hardin! - eu disse - E você parece apenas uma linda ilusão.

Ele tocou o meu rosto.

- Eu sou seu, Maggie. - ele disse pegando minha mão e colocando sobre o seu peito - E eu sou sólido, eu sempre vou estar aqui por você.

Eu encarei ele.

- Eu quero dormir aqui hoje. - eu disse - Apenas dormir, no sentido mais inocente da palavra.

Ele sorriu e se deitou ao meu lado. Ele me puxou para os seus braços e eu abracei o seu tronco.

- Eu te amo, Margot. - ele disse fazendo carinho em meus cabelos.

Nunca pensei que ouviria Hardin dizer isso, enquanto me abraçava e fazia carinho em meus cabelos. E nunca pensei que gostaria tanto disso.

- Eu tenho medo de ser sua, Hardin. - eu disse quase como um sussurro.

Ele me encarou confuso.

- Por que? - ele perguntou.

Eu suspirei.

- Porque eu tenho medo de te perder. - eu disse - E eu sinto que se você for meu, por apenas alguns minutos, se eu te perder vai doer tanto que eu não vou suportar.

Ele beijou a minha testa.

- Você nunca vai me perder, Margot. - ele disse - Nunca.

Eu tracei levemente as suas tatuagens com meus dedos e ele fechou os olhos.

- Por que nunca fala da Inglaterra? - ele perguntou.

Eu suspirei.

- Por que nunca fala de Seattle? - eu retruquei.

Ele abriu apenas um olho e eu lhe lancei um sorriso debochado. Ele riu.

- Eu conto e você conta? - ele perguntou.

Eu concordei e ele respirou fundo.

- Sempre fomos só eu e a minha mãe. - ele disse - Meu pai nos abandonou quando eu tinha seis anos, deixando a minha mãe sozinha com várias contas de jogo para pagar.

Eu escutava atentamente enquanto continuava a traçar suas tatuagens.

- Minha mãe incrivelmente forte, trabalhou em dois empregos para nós sustentar, e me proibiu de trabalhar, dizia que eu devia estudar apenas. - ele disse - Mas eu consegui um emprego como aprendiz quando fiz doze, comecei a ajudar com as contas e ainda sobrava dinheiro para mim. Foi aí que eu comecei a me tatuar.

Ele riu.

- Ela odiava, dizia que eu estava destruindo a beleza que ela tinha feito, mas nunca me proibiu de fazer nada. - ele disse - Então eu consegui a bolsa aqui e ela não podia ficar mais feliz, e eu também não. Ver o orgulho no rosto dela, foi incrível.

Ele se virou para mim.

- Qual é o nome da sua mãe? - eu perguntei.

- Celine. - ele disse - E quanto a Inglaterra?

Eu suspirei.

- Meus pais são pessoas importantes, sabe. - eu disse - Muito importantes, então as aparências importam, e a minha mãe tem esse jeito controlador que testa qualquer uma.

Eu olhei para ele.

- Ela quer que eu seja a melhor em tudo, principalmente em coisas superficiais e idiotas, e eu odeio isso! - eu disse - Eu sou uma Lady, Hardin, da família real britânica e italiana. Preciso ser perfeita, mas eu não queria ser perfeita. Eu quero ser apenas...eu.

Ele tocou o meu rosto.

- Você é perfeita, Margot. - ele disse.

Ele beijou a minha testa e me abraçou forte.

- Somos tão fodidos. - eu disse.

Ele riu.

- É por isso que nós entendemos tão bem, e nos desentendemos tão rápido também.

Eu ri e beijei o seu peito.

- Podemos trabalhar nisso, em nós entendermos. - eu disse.

Ele sorriu esperançoso.

- Sei que podemos.

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