Era véspera de Natal e toda a minha família estava aqui em casa. Meus primos corriam para lá e para cá, minhas tias faziam perguntas embaraçosas e a vovó, bom, ela sumiu faz um tempo.
— Vamos dar uma volta. - disse Bash se levantando do sofá.
Eu me levantei também.
— Onde? - eu perguntei.
Ele deu de ombros.
— Pelas ruas, vamos ver o que está acontecendo por aí. - ele disse saindo da casa.
— É véspera de Natal, todos estão com as suas famílias. - eu disse o seguindo.
— E os que não têm família? - ele perguntou- Vamos ver o que estão fazendo.
— Minha mãe vai ficar preocupada. - eu disse enquanto ele acendia um cigarro.
— Ela nem vai notar que saímos. - ele disse- Só precisamos voltar antes da meia noite.
Eu suspirei o seguindo pelas ruas frias de L.A.
— Onde vamos? - eu perguntei depois de andarmos até a via principal do bairro.
Ele deu de ombros.
— Que tal aquele bar? - ele perguntou apontando com o queixo.
Eu fiz uma careta.
— Ele é mal frequentado. - eu disse.
Ele sorriu.
— Perfeito. - ele disse indo até lá - Está com a sua carteira aí?
Eu a peguei no bolso e ele a pegou da minha mão.
— Trezentos dólares, ganhou a mesada querido? - ele perguntou entrando no bar.
— Ainda não acho que essa seja uma boa idéia, Bash. - eu disse olhando para os homens grandes de jaqueta de couro - Esse bar é da gangue dos Dolfins.
Ele riu.
— O mascote deles é um golfinho? - ele perguntou em tom debochado.
— Lembre-se, além dos seres humanos o golfinho é o única animal que sente prazer ao matar. - eu disse.
— Polo? O que faz aqui? - perguntou Leila, irmã mais nova de um garoto que estudou comigo no ano anterior.
— Ãh, só estou acompanhando um amigo. - eu disse - Onde está Zurik?
Ela suspirou.
— Foi para uma competição entre ganges de motocross. - ela disse - Esse ano vai ser na casa dos Lions, em Indiana.
Bash colocou o dinheiro na mesa.
— O que tem de mais forte. - ele disse.
Ela olhou do dinheiro para mim e então suspirou o pegando.
— O que um colégio interno faz com uma alma boa. - ela disse.
Bash bufou.
— Estamos comprando bebidas, não armas. - ele disse - Segura um pouco o julgamento, baixinha.
Ela revirou os olhos pegando dois copo e enchendo com um líquido verde. Ela colocou a nossa frente e acendeu um isqueiro, colocando fogo na bebida.
— Oh, irado. - disse Bash vendo as chamas verdes dançarem.
— Isso é realmente muito forte. - ela disse - Se não morrerem eu vou aplaudir de pé.
Eu me virei para ela.
— Qual é a porcentagem de álcool? - eu perguntei enquanto Bash assoprava apagando as chamas e virava.
Ele tossiu.
— 75%. - ela disse.
Ele riu.
— Isso aqui da pra lavar um hospital. - ele disse - Acho que vai matar todas as bactérias que me mantém vivo.
Leila deu de ombros.
— Eu disse. - ela disse.
Eu assoprei a minha bebida, e pensei que aquela noite ainda ia piorar bastante.
O álcool desceu queimando o meu esôfago e tirando o meu ar. Acho que fui no inferno e voltei tossindo.
— Isso é morte líquida! - eu disse.
Bash riu.
— Pensei a mesma coisa quando tomei, Polly. - ele disse.
Já sentia a minha cabeça leve com os efeitos do álcool. A coisa era rápida.
— Que bebida é essa? - perguntou Bash.
— É uma criação do Zurik, se chama Fogo Vivo. - ela disse.
Ele concordou.
— Diga a esse tal de Zurik que ele é um gênio. - ele disse.
Então mãos pesada tocaram os nossos ombros.
— Estão nos nossos bancos. - disse o homem barbudo.
Eu ia me levantar mas Bash me empurrou de volta, me deixando tonto.
— Não vejo nenhum nome aqui. - ele disse.
Eu olhei para ele.
— O que está fazendo? - eu perguntei.
— Posso escrever com o seu sangue. - disse o homem.
Bash sorriu debochadamente.
— Você pode tentar. - ele disse.
E então ele levou o primeiro soco.
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Shit
Teen FictionO último ano do ensino médio é muito importante, é onde nós começamos a nos preparar para a faculdade, pelo menos alguns de nós. Polo entrou em um colégio interno no seu segundo ano. Ele é doce e sensível e com certeza não estava preparado para conh...