Eu tinha tomado um banho e ido para o meu quarto ler um pouco, mas não conseguia me concentrar em nada, já tinha lido o mesmo parágrafo quatro vezes antes de largar o livro.
— Que droga. - eu disse ao lançar o livro no lado oposto da cama.
Só conseguia pensar na conversa que tive com Hardin na delegacia. Não sabia o que pensar. Não confiava nele, nem um pouco,as queria confiar.
Ah, como queria.
Queria acreditar que suas palavras eram verdadeiras e seus sentimentos, reais.
Alguém bate na porta me puxando de volta a realidade.
— Tá aberta. - eu disse.
A porta se abre e Hardin entra.
— Oi. - ele disse.
Eu suspirei.
— Olá, Hardin. - eu disse.
Ele me encarou.
— Margot, por favor...
Eu balancei a cabeça.
— Hardin, por favor. - eu disse - Não faça isso, não consigo mais lidar com você! Não assim.
Eu me levantei.
— Estou cansada de seus joguinhos, porque eles podem machucar e muito. - eu disse.
Ele segurou as minhas mãos.
— Mas eu não quero mais jogar com você, Margot! É isso que estou tentando te dizer! - ele disse.
— E como posso confiar em você, Hardin!? - eu perguntei - Você é, sem dúvidas, a pessoas menos confiável nesse requisito.
Ele balançou a cabeça.
— Eu posso ser confiável, Maggie. - ele disse - Posso ser o que você precisar que eu seja. Eu só quero que seja minha.
Eu senti uma lágrima descer pela minha bochecha e me senti uma idiota. O que eu estava fazendo? Lutar contra ele era tão exaustivo, e nem tinha chances reais de ganhar.
Ele conhece todas as minha fraquezas. Ele só precisa sorrir e eu quebro todas as minhas regras.
— Hardin... - eu disse com a voz fraca.
Ele ergueu o meu queixo para olha-lo.
— Eu te amo, Margot. - ele disse - Não faça isso conosco.
Ele se aproximou e eu sabia que ele ia me beijar, e sabia que isso acontecesse, eu seria dele. Teria perdido as rédeas do meu coração, e eu gosto de como isso soa.
Eu me afastei e corri porta a fora. Não sabia onde estava indo, eu só corri para longe dos dormitórios e meus pés fizeram o próprio caminho.
Para a cachoeira.
Quando cheguei lá vi Bash sentado enquanto fumava na beira.
— Parece tensa. - ele disse quando me aproximei.
Eu me sentei ao seu lado.
— Me sinto perdida. - eu disse.
Ele sorriu.
— Todos nós sentimos perdidos na adolescência, Margot. - ele disse.
Eu ri mas o riso logo morreu.
— Acha que Hardin me ama? - eu perguntei.
Ele se virou para mim.
— Ele finalmente admitiu? - ele perguntou e riu- Como eu não estava lá pra filmar?
— Não respondeu....
— Claro! Claro que aquele filho da puta te ama! Ele é só um idiota por ter esperado tanto pra dizer.
Eu me virei para o céu.
— Acha que deveríamos ficar juntos? - eu perguntei.
Ele se calou e olhou para o céu também.
— Margot, você tem que decidir isso. - ele disse - Mas vocês dois são pessoas complicadas.
Eu me virei para ele.
— O que isso significa? - eu perguntei.
— Que vocês, isso, poderia dar super certo. - ele disse - Ou tragicamente errado.
Eu suspirei.
— Acha que eu deveria ficar com Polo?
Ele bufou.
— Definitivamente não! - ele disse - Tenha um pouco de compaixão pelos sentimentos do garoto!
— O que?
— Você me ouviu! - ele disse - Está segurando ele perto de você enquanto não decide se vai largar o Hardin ou se amarrar a ele. O garoto é só um peão sendo usado pela rainha enquanto o rei está fora de jogada.
Eu suspirei.
— Ele é um bom garoto. - eu disse - É doce, carinhoso, cuidadoso.
— Tudo que você precisa. - ele disse - Uma solução. Mas Hardin é o erro que você não se importa em cometer de novo.
Eu me deitei.
— Está me deixando ainda mais confusa. - eu disse.
Ele riu.
— Então estou fazendo meu trabalho direito. - ele disse e se levantou.
Eu o encarei e ele estendeu a mais para me ajudar a levantar.
— Sabe o que eu acho? - ele disse.
Eu balancei a cabeça.
— Deveria sair com os dois. - ele disse - Com os dois cientes, é claro. Sabe? Encontros, sexo, esse tipo de coisa. E então você vai saber se decidir.
Eu o encarei.
— Isso... é...brilhante! - eu exclamei e lhe dei um beijo no rosto.
Ele sorriu.
— Tá, agora vá resolver a sua vida. - ele disse me empurrando.
Eu corri em direção ao círculo de dormitórios, pensando em como colocar a ideia de Bash em prática.
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Shit
Teen FictionO último ano do ensino médio é muito importante, é onde nós começamos a nos preparar para a faculdade, pelo menos alguns de nós. Polo entrou em um colégio interno no seu segundo ano. Ele é doce e sensível e com certeza não estava preparado para conh...