Um Último Gemido - Livro 1

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  Aconchego-me ao seu lado sentindo ela chegar perto de mim. Sua cabeça deita sobre meu peito enquanto minhas mãos fazem carinho nas suas costas.
  — Minha intensão nunca foi magoa-te — digo baixo tendo certeza que não ouviu por estar a dormir. Meus dedos entram em seus cabelos ouvindo sua respiração baixa. Observo seu rosto enquanto dorme, o leve rosado no nariz avisando está gripada e os lábios pálidos, sem nenhuma dúvida amo essa menina como se não estivesse junto a ela há um mês. Mesmo a conhecendo desde pequena, nunca convivi com ela, como convivi aqui e Emma de certo modo, mesmo não sabendo tem um efeito tão grande sobre minha mente. Débora nunca acreditou no amor. Amor para ela é o que destruirá o negócio, mas nunca destruirá o meu. O negócio da família à suas regras participo dele, mas não sou dele. Meu negócio nunca foi interrompido por amor, sei bem dividir os dois.
  — Eu sei — ouço sua voz baixa e a olho — está a dormir? — seus olhos se encontram com os meus, por mais que eu esteja enfadado não estou com sono, o perdi totalmente.
  — Porque você não está a dormir? — sorri de lado e me aperta em um abraço.
  — Não consigo — diz olhando um ponto específico no quarto — permita-me fazer perguntas? — mais é claro que eu sabia que queria saber mais.
  — Sim — brinco com suas madeixas negras.
  — Por mais pessoais que sejam? — suas pupilas se encontram com as minhas e eu penso. Perguntaria sobre minha vida passada estaria preparada para ouvir?
  — Sim? — soa como pergunta por que não sei se confio em dizer. Vejo-a ainda me encarar e suspiro. — Meu pai e minha mãe sempre foram da máfia, tiveram Cristal e depois eu. Ao contrário de Cristal, sempre fui ativo em ver os negócios dos dois. Minha mãe sempre me ensinava boas técnicas desde pequeno se sou isso que sou hoje, é graças a ela. Mas minha personalidade nunca foi igual a da mesma. — Não olho em seus olhos me concentro no teto — Túlio sempre me levou as negociações e observei o seu jeito em saber de tudo antes que acontecesse. Aos dez quando você chegou, ele me ensinou a atirar "um Van Vitsky nunca erra um tiro" — sorri ao lembra-se do que ele havia me dito — aos doze também já participava dos negócios, me agradava ver meu pai e meus tios sempre ir a esse tipo de negociação de família. Otto também estava no meio, era uma gangue que eu admirava.

Anna

  É radiante o ver falando, parece que fala de alguma coisa tão grandiosa, sorri e percebo a sua felicidade. Lembrava-se de bons momentos com o pai e isso me fazia sorrir junto a ele. Pelo menos ele tinha bons momentos para recordar e dar forças.
  — Sempre quis ser como ele. Quando eu tinha dezesseis meu pai foi morto. Por Débora — meu sorriso foi embora junto ao dele, mas diferente dele meu cenho está em confusão. — Débora é amante de Otto e queria tomar tudo que um dia meu pai construiu, então quando os dois mantinha uma briga, eu via tudo. Eles nem perceberam minha presença e quando o gatilho foi puxado senti que tudo não seria o mesmo. — Harry parece pensar no momento, com seus olhos fechados eu pude ver os músculos da sua bochecha se mexer, está revivendo tudo em um silêncio prolongado. — Não seria se eu não assumisse o lugar dele. Então eu assumi seu lugar nos negócios, minha mãe não gostou muito, mas eu peguei tudo que aprendi com ambos e quando os negociantes me viam davam risadas saiam chorando depois. Sou como meu pai nos negócios não havia diferença de como negociava, só em quem estava negociando, a única era que tinha um menino de dezesseis anos andando na estrada que o pai não terminou. Era para está na faculdade, não aqui, não reclamo a escolha foi minha em continuar. Indo para o ano de 2012 foi quando eu participei do tráfico de mulheres — O encarei.
  — Não me disse sobre isso — O encaro.
  — Não me deixou falar, gritou comigo — sua voz saiu calma — escondemos mulheres em uma casa perto de uma mina e naquela mina tinha o que hoje de tornou Imperius.
  — Diamantes?
  — Perolas, Esmeraldas, ouro — diz — meu pai também não era esse cara tão fascinante que falei. Muito antes de ser essa pessoa amável, batia muito em Débora e nunca gostei de ver isso. Mas depois que percebeu quem se tornou, tentou se redimir e conseguiu. Eu e Cristal o amávamos muito, mas Débora não percebeu isso. Tornou-se alguém ambiciosa. Hoje sou tudo que quis me tornar, vivo uma adrenalina pura, cuido de uma empresa que nunca pensei cuidar, participo dos negócios da família e dos meus, transporto armas para os Estados Unidos, prostitutas e roubo coisas de outros. Harry Van Vitsky nunca esteve por baixo. Mas agora. Nunca estive tão focado em cuidar de uma coisa, você — vejo seu sorriso de lado. — Anna disse que iria te proteger e vou.