Harry
São exatamente oito da manhã quando desço as escadas e não acho ninguém na sala de estar, enquanto caminho em direção à cozinha ouço vozes de homens, mais precisamente daquele que me odeia.
— Não, não aceito isso! — paro na porta olhando todos, que aos poucos percebem minha presença e Gabriel se mantém de costas — lembram o que aconteceu a última vez que esteve aqui? Quase morremos, temos filhos, mulheres para cuidar — para de falar assim que percebeu a atenção de todos.
— Minha presença te incomoda? — se vira a mim e o olho com um semblante de desprezo a minha pessoa — vim em paz Gabriel, não quero brigar — sou interrompido.
— O problema Vitsky, é que onde você pisa destrói tudo ao seu redor — a voz feminina soou e pude ver que se tratava de Selina, uma ex-namorada antes de me envolver nessa droga toda — você acha que eles não sabem do que está tramando? Sinceramente, você pode ser muito inteligente, porém, nem sempre e nem tanto — se senta — pessoas como você merecem estar sozinhas, menos pessoas para destruir e acabar, machucar ou... matar — por que senti uma pontada com suas palavras? E, ao mesmo tempo, a imagem de Anna me surgiu à cabeça, mas enquanto pensava, sabia reagir de um modo que nada do que me disse afetou, limpo minha garganta e caminho até o lado de Shawn.
— É por isso que me saio tão bem, se eu saiba alguns meses tentou algo contra os Griffin's e acabou que se deu mal — a encaro e ao contrário de mim, não disfarça seu ódio perante a minha pessoa — os trabalhos a só são muito bons — levanto minha xícara de chá em sua direção antes de tomar um gole.
— Então por que veio? — Gabriel
— Acontece que não fui eu quem quis vir — olho para Mike. — Parece que vocês estão com problemas, se fosse por mim, só receberiam noticias minhas quando eu estivesse a sete palmos a baixo da terra — sorri para eles deixando meu corpo descansar na cadeira.
— Como assim? — Henest se pronunciou pela primeira vez na minha presença.
— O chamei — Mike se pronunciou, havíamos combinado isso ontem, porque como visto, muitos não me aceitariam novamente — desde que Harry saiu dos negócios em família tudo tem ficado difícil, por mais que era novo demais. Mas hoje, como um homem, iremos levá-lo para o restaurante e iremos consegui-lo para nós — parecia realmente decidido — vocês querem ou não querem? Afinal sempre foi nosso e agora temos um plano.
— Ele? É mais fácil por uma bomba lá. Será nossos dos ambos os jeitos — Gabriel cruza os braços.
— Chega — a mão de Mike vai à mesa e uma leve lembrança das reuniões que via meu pai fazer me faz ver que a maioria das minhas atitudes, é focadas nas do homem que está a minha frente. — Gabriel se não quer ir. Fica, mas não atrapalha o plano — Mike saiu do nosso meio enquanto todos me olham.
— Estou com ele — levanto a mão dando uma risada baixa.À noite quando chegamos do velório de Ritch, arrumo os botões da blusa social enquanto nos preparamos para o plano. A porta é batida e encaro a madeira escura.
— Entre — vejo o rapaz moreno entrar — Dantas — o saúdo vendo o mesmo caminhar até mim apertando minha mão.
— Senhor — me cumprimenta sério — por que estou aqui? — suspiro e caminho até a poltrona que tem no quarto.
— Sente-se, por favor. Lembra-se da reunião que fui com Nick? — confirma — preciso os tirar do meu caminho e tirar os franceses também.
— Como pretende fazer isso? — o encaro nos olhos.
— Preciso que convoque aqueles cem homens que trabalhavam para mim, são franceses e prometi a Nick e Cameron que daria os homens a eles.
— Desculpe — parece confuso — Cameron não morreu?
— O desgraçado sabia que íamos tentar algo e escapou. Mas deixando ele de lado, quero que pegue junto a Arthur as caixas que Nick irá me mandar, coloque veneno nas mesmas e feche de um jeito que não se perceba que foi aberta. Mande os franceses levarem e entregarem no endereço que irei te dar e ordene que voltem para Nick.
— Posso saber seu plano?
— Se a família de quem entregarem as caixas morrer, saberão que Nick os enviou, sabemos que ninguém sabe minha identidade, apenas a de Nick pelas caixas. Então todos que estão no meu pé morrerão. Assim espero — concorda e se levanta.
— Senhor, tem mais alguma coisa — o encaro confuso — não pude impedir, mas senhorita Anna veio junto a mim — a porta foi aberta pelo homem e a garota pálida e pequena apareceu. Parecia acabada, me levanto no mesmo instante e ao mesmo tempo, Dantas nos deu licença.
— O que faz aqui? — Sou atacado pelos seus lábios sem menos esperar e agarro seus cabelos a prendendo no meu corpo.
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Um Último Gemido - Livro 1
RomanceA vida de Anna muda assim que encontra um homem na sua sala de estar, seu pai que trabalha para a máfia inglesa deve muitos zeros para esse homem perigoso, tal que levará sua filha como pagamento. Mas o que Annastacia não sabia era que a partir dess...