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  Anna

  Harry me olhou, decidindo se faria mesmo o que estava pensando, se me puniria, respirei fundo olhando as cordas em suas mãos, então eu sorri o olhando.
  — Vamos lá! Me puna — alinho meus pulsos na frente do meu corpo para que passe a corda ali, suspira e olha para suas mãos, levemente me empurra para deitar no colchão, segura em minhas coxas jogando o resto das coisas ao meu lado, observo alguns brinquedos que não sei para que serve, me desconcentro da missão de tentar saber do que se trata as coisas que irá usar em mim, quando prende minhas coxas com a corda para um lado da cama.
  — Não tente puxar, irá machucar — sua voz sai em um sussurro rouco, deslizando com dificuldade na sua garganta, eu me sinto o dominando, estou dizendo o que deve fazer, mesmo quando não quer, me sinto uma pessoa horrível, eu trouxe para ele algo que não queria, e estou o fazendo ficar novamente viciado no que ele tratava, e eu posso estar me viciando nesse jogo, posso estar gostando, posso estar fazendo de propósito para que jogue comigo, que tipo de pessoa sou? Sei da resposta, mas eu mesmo me engano sobre ela.

  Estou totalmente exposta para ele e está parado analisando todo o seu trabalho em me prender. Caminha até mim, deitando minha cabeça no travesseiro, olho para o teto e espero o que é que ele vai fazer. Sinto penas deslizar pelas minhas coxas e o ato involuntário me faz querer fechar as pernas e as cordas me beliscam. Respiro fundo e ele não para, me faz cócegas e dou risada, o que vem em seguida me faz parar de rir, Harry prende um dos meus mamilos nos dentes e meus olhos saem do teto para olhá-lo, o brinquedo indecifrável na sua mão esquerda é posto no mesmo lugar que sua boca estava e o que o brinquedo faz é sugar a carne o tanto que Harry queira, tento focar no brinquedo e não sentir dor, mas, na verdade, não sinto é apenas pequenos beliscões. Novamente sinto as penas vaguearem pelo meu corpo o que tira o foco no que eu sentia pelo brinquedo.
  — Para, faz cócegas — dou mais risada ainda até sentir todas as penas entre minhas pernas. Um arrepio passa por todo meu corpo e sinto uma sensação boa. Harry me olha nos olhos e um pequeno sorriso sapeca desenha seus lábios. O espanador foi trocado por um chicote e eu engoli em seco.
   — Está com medo? — Isso é um teste?
  — Não. — Fecho os olhos com o choque do golpe na minha coxa.
  — Agora? Está com medo? — olho em seus olhos com meus lábios presos entre dentes.
  — Não — Harry sorri para mim, outra e mais outra.
   — Isso dói? — prendo meus lábios entre dentes e aceno.
  — Não. — Brinco com ele, mesmo sentindo que formiga o lugar afetado.
  — Não o que? — tento decifrar o que quer eu diga, no intervalo desses pensamentos recebo três golpes.
  — Não dói papai — o chicote é jogado e Harry engatinha até mim. Sinto beijos molhados por meu pescoço, sua mão desliza pelo meu corpo e sinto que está ereto na minha coxa, a sua respiração está desregulada e seus beijos descem cada vez mais para baixo. Suas mãos agora vagam por minha virilha e sua boca está nas minhas coxas. Ao sentir sua língua quente contra meu clitóris meu corpo se arrepia e pela surpresa puxo a corda que prende meus pulsos, meu corpo relaxa e sinto seus dedos na minha entrada, o olho e tem seus olhos fechados, quero o impedir de continuar, mas a sensação é muito boa, minha cabeça cai no travesseiro, Harry sai de perto de mim, demorando em aparecer na minha visão. Sinto que já está posicionado na minha entrada e minhas unhas gravam na carne da palma da das minhas mãos. Me sinto cansada pela posição, mal encosto no colchão e meu pescoço dói, sinto suas coxas embaixo das minhas, se posiciona ali entrando devagar em mim, então jogo meu peso para suas pernas, suas mãos vagam pelo meu corpo mesmo ainda parado, a sensação que se espalha pelo meu corpo é misturada em arrepios e borboletas no estômago, quanto toca meus seios eu lembro que estão presos aos brinquedos e ao retirá-los dali suspiro em alívio, os movimentos começam junto a massagem em meus mamilos, minha cabeça sobre o travesseiro, suas mãos a vagarem e as minhas a puxar a corda a cada nova onda de sensações. Parando me deixa novamente suspendida e tenho a visão do seu rosto, me beija, um toque suave, mas com intensão de abafar o grito do choque do chicote, olho para ele que sorri para mim, então conheço realmente o lado mais insano dele, de repente sumiu toda sua preocupação.

Um Último Gemido - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora