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  Uma vez dentro do ambiente era muito mais agradável por dentro, uma iluminação amarelada deixa o ambiente bonito combina com a cor marrom e branco que predomina o lugar, o chão da sala coberto por um lindo tapete preto e os sofás no tom marrom escuro, a mesa de centro de vidro preto com algum objeto de louça em cima. Nossas malas são encaminhadas para o andar de cima e Harry anda até o sofá novamente com o maldito celular. Sento na sua frente muito desconfortável, sem Mary aqui é horrível.
   — Vá tomar um banho e se arrumar. Coloque algo apresentável e não muito chamativo não muito curto nem muito vulgar. Você tem quarenta minutos. Quarenta e ponto contando de agora — olho para o homem que não tira os olhos do celular suspiro e me levanto — ah! Só uma coisa Annastácia — viro novamente para o olhar — há só um quarto nessa casa porque ela é só minha. Então vai ter que dividir comigo ou dorme no sofá — sem mais nada a dizer viro-me de costas prontas para subir as escadas que minutos antes desceu o motorista. — Annastácia — o olho — me responda. — Seus olhos me repreende por si só, nem precisa dizer que fui mal educada.
   — Sim. — Olho em seus olhos esperando mais alguma coisa que possa dizer.
   — Sim o que? — sua voz tem uma leve irritação e suas sobrancelhas só mostra como sua paciência tem limites e bem pouco.
   — Irei dormir no sofá — subo as escadas. No curto corredor deixo que o ar zombeteiro me tome por completo, ele deve está a gozar da minha cara, tem que haver outro quarto. O ambiente de cima tem a mesma decoração do de baixo o que me surpreende é que além de ser uma casa média com uma visão impecável e o dono é rico até o último fio de cabelo. Ela é simples, simples, mas bonita.

  Eu sabia que ele estava a brincar! Tem três portas no corredor então uma delas é o banheiro e as outras os quartos, certo? Abro uma e era o banheiro decorado com a cor marrom e não branco, abro outra e havia um quarto e então falta uma, abro a mesma com um grande sorriso e a decepção toma conta do meu semblante logo em seguida, é um closet. Suspiro em derrota deixando meus ombros relaxar. Quando me dou conta dos minutos a serem contatos corro para o closet e pego um vestido preto correndo para o banheiro, tomo um banho e saio rápido vestindo o vestido e passando a maquiagem leve, pois não tinha tempo para algo elaborado, logo quando acabo vejo Harry entrar no quarto. Ele está sério e me encara.
   — cinquenta e sete minutos Annastácia — o jeito que parece irritado me causa medo.
   — Desculpe — vejo botas no meu campo de visão e meu rosto é levantado com brutalidade, meus olhos encaram os seus, pontos negros se espalham nos seus olhos e os mesmos percorrem meu corpo, Harry fechou os olhos com força e respirou fundo logo abrindo os olhos, sua pupila está dilatada.
   — Não trabalho com desculpas e você sabe disso. Venha cá — me puxa até à cama e num passe rápido o mesmo me joga no seu colo de bruços o olho e ele levanta meu vestido.
  — O QU...
  — Vou bater seis vezes, é sua punição. Quero que conte comigo Annastácia. Entendeu? — assinto e recebo um tapa me fazendo pular no seu colo — palavras.
   — Sim.
   — Por que esta sendo punida Annastácia? — recebo um tapa — responda.
   — Porque não cumpri com os minutos — me fazer dizer aquilo me fez ver o nível de humilhação e vergonha que passo, sei que não sou adulta, mas também não sou mais uma criança.
   — Conte — não sabia descrever se o que tinha nos seus olhos era medo misturado com irritação, mas ambos me assustam, ele tem medo de quê? E está irritado por qual motivo exatamente?
   — Um — contei junto a ele todos os tapas que distribuiu nas minhas nádegas, não ouso derramar uma lágrima se quer, apenas conto e deixo que minha nádega formigue, aprendi que os meus superiores tem o dever de me ensinar o que é certo, mesmo que isso me custe um momento de dor, tapas não são nem o começo do que vivi nas mãos de Patrick. Quando acabou deixou um bom aperto no lugar dolorido e abaixou o vestido acariciando minha pele por cima do tecido. Harry me levanta em seu colo e me deixa sentada lá, distribui beijos no meu pescoço enquanto acaricia a pele das minhas coxas, sua respiração está na minha pele sensível me causando algum tipo de prazer. Levanto do seu colo quando o mesmo também se levanta indo em direção para o banheiro, minhas nádegas estão formigando pelos tapas que recebi. O barulho da água está adentrando o quarto e sinto meu estômago roncar. Será que a algo para comer aqui? Procuro na minha bolsa algum dos meus perfumes e batons, decido prender meus longos cabelos num coque e passo o batom rosado sobre minha boca. Paro muitos minutos olhando a noite, não sei exatamente se penso ou se foi uma transe, mas a água é desligada avisando que Harry já acabou seu banho, a porta é aberta e o mesmo sai do banheiro apenas com uma toalha no seu quadril e a outra secando seus cabelos, tiro meus olhos do seu corpo e passo o perfume me direcionando a porta saindo pela mesma e descendo as escadas.

   Vou à cozinha e não a nada, tento ver se a algo nos armários maiores, mas nada é visto. Droga, meu estômago reclama novamente e eu me apoio sobre o balcão da cozinha. Ouço passos de botas e direcionado meu olhar vai para o homem a minha frente a olhar-me. Está de terno preto e branco.
   — Estou com fome — digo baixo mais para mim do que para ele, entretanto, ele parece ouvir pelo simples fato de suspirar.
   — Passaremos no mercado depois.
   — Aonde iremos?
   — Vem você só deve estar do meu lado todo o momento. — Pega na minha mão me direcionando para fora — eu te deixaria, mas aqui é perigoso e lá também é. Mas eu estarei com você — engulo em seco.

Um Último Gemido - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora