Capitulo 26

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Depois de me carregar pela suas costas da festa até a rua, Aaron finalmente me largou no chão quando chegamos perto de uma moto no estacionamento.

Assim que ele me solta, começo a depositar socos em seu abdômen. Ele provavelmente não estava sentindo nada, mas isso não me impede.

— Já acabou? — pergunta com sua voz arrogante.

Semicerro meus olhos pra ele.

— Você só pode estar brincando comigo. — digo desistindo de o machucar, jogo meus braços pra cima em sinal de irritação.— Você some por duas semanas, e depois me encontra em uma festa achando que tem o direito de me tirar de lá feito um animal? — cruzo meus braços mostrando o quão irritada eu estava com ele.

— Não que interesse a você, mas caso queira saber, eu estava na Rússia a trabalho. Inclua voltei hoje. — ele agora estava me observando, seus olhos cravaram em meu vestido por um tempo e depois subiram para o meu rosto no me encarando profundamente. — A propósito, você está linda.

Ele me lança um sorriso malicioso que me faz corar.

— Não, não não. Não me vem com esse sorriso porque isso não justifica. — bufo. — Quando eu me livro de um para poder sair, aparece outro querendo mandar em mim. Você parece o meu irmão!

Aaron revira os olhos e me puxa em um movimento único fazendo com que eu fique em seus braços.

Nossos olhos se encontram.

— Não posso ser seu irmão porque isso significaria que eu não poderia mais beijar você.

Suas mãos vão lentamente até minha cintura e ele a aperta.

A vontade que eu estava de me jogar nele naquele momento era muito grande.

— Você sentiu saudades de mim, princesa? — ele pega uma de minhas mãos e leva até sua boca depositando um beijo molhado.

A cada palavra e a cada toque que ele me dava, eu me arrepiava. Eu estava queimando, e só ele poderia apagar.

— Porque eu senti demais de você. — diz beijando a minha outra mão.

Solto uma risada baixa.

— Não minta para mim Aaron. — digo com uma expressão séria sem desviar meu olhar do seu. — Já disse para parar de brincar comigo.

Ele balança a cabeça repetidamente.

— Acho engraçado que você duvida de mim, pensa que eu estou em um jogo doentio de domínio com você. Sendo que quem está fazendo esse jogo é você, Kelsey. — diz rossando seu nariz no meu. — Eu sinto o seu arrepio, eu sinto você apertando suas coxas, sinto seu coração acelerar a cada passo que eu dou. E mesmo assim, você sempre se afasta.

— Eu não jogo com você, nunca neguei que você mexia comigo. — digo a ele sentindo cada parte do meu corpo arder em completa ansiedade esperando o que viria. — Por que eu não consigo simplesmente virar as costas e deixar você pra trás? Por que eu não te entreguei para o meu irmão quando eu pude?

Aperto meus lábios, eu me irritava que aquelas malditas perguntas não tinham uma resposta.

Ele morde seu lábio inferior e se aperta mais contra mim.

— Você acha que eu não gostaria de entrar nessa merda de boate e pegar qualquer mulher para me satisfazer? Ou simplesmente ter saído da prisão sem olhar para trás? Me pôr em risco para ficar perto de você para que seu irmão me pegue? — suas palavra doeram em mim, me fez pensar em um mundo onde essas coisas realmente acontecessem. — Mas eu não consigo fazer isso, não consigo pensar em mais ninguém quando eu vejo você.

Ardente TentaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora