Ei? Ei? E a oração?
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De uma coisa é muito certa: eu não podia parar de caminhar. Todos os dias me cobrava isso. Escrevi na tábua do meu coração que ir avante é a melhor opção para esquecer o momento sofredor. Eu iria me acostumar. Acredito nisso.
— O que tanto pensa? — mamãe surge na porta.
— Em nada. — sorrio. Sempre tentava disfarçar com um sorriso a mentira, mas... Sou muito transparente. Não consigo.
— Quero que seja muito sincera comigo. Acho que tenho uma intimidade com Cristo muito profunda para minha filha não desabafar com a própria mãe. Ainda bem que tenho um amigo que me revela. — senta-se ao meu lado.
— Por que quer que eu seja sincera? Não sou transparente o suficiente?
— É por isso mesmo que estou pedindo para que seja, pois sua fisionomia não condiz com o que sai de seus lábios. — segura meu queixo. Seu olhar era solidário e sempre me fazia chorar. Talvez o tempo tenha passado. Não tenho mais fôlego para isso. — Cadê aquele rapaz?
— Me fez um bem danado, mas me destruiu na mesma intensidade.
— Ele é o jovem que o pastor sempre diz estar com saudades?
— É.
Contei todos os sonhos para ela porque precisava de uma resposta! Eu precisava que alguém se compadecesse de mim.
— Maressa... — levanta e começa a caminha de um lado para o outro. Nervosa fiquei com aquela expressão assustada que ela aplicou. — Filha... — senta-se ao meu lado. — Meu bem, o que vou dizer é muito sério. Não sei se vai querer prosseguir, se vai achar que vai valer a pena...
— Mãe, nem sei se vale a pena continuar com esse sentimento dentro de mim, mas entenda uma coisa: não sou eu quem obrigou ele a continuar aqui. — coloco a mão sobre meu coração.
— Acredita no poder das trevas? Isso não é uma história de conto de fadas ou de lendas. Estou falando sério.
— Sim.
— Quando você me disse que ele viu aquele animal vestido de noiva e no chão que vocês corriam existia... — ela suspira. — Compare esses dois elementos com uma determinada religião.
Foi nesse momento que a ficha caiu. Assustada fiquei porque desde o início da nossa amizade ele me contava planos que o inimigo queria realizar. Sempre achei que ter uma amizade com Diego seria uma batalha espiritual devido a tamanha obra que Deus tem a realizar através da palavra na vida dele e o inimigo com uma certa fúria ou a vontade de o ver servindo.
— Como não pensei nisso antes? — franzi o cenho.
— Acho engraçado de você não estar assustada.
— Eu não tenho medo dessas coisas. Já sabia que a nossa amizade estava sendo observada e sendo vítima de certas porcarias. O diabo trabalha na vida de Diego pelo pensamento. É tipo assim: uma hora ele fala que está te amando. De repente, depois de um certo tempo, ele muda e se sente incapaz de levar aquele sentimento adiante. Me entende? — pergunto frustrada.
— Te entendo. Satanás conhece os pontos fracos das pessoas. E sofre por isso?
— Faz pouco tempo que descobri que não sofro por ele e sim por um propósito ao qual tem dias que desconheço e nem sei se ainda existe ou se já existiu. É meio confuso para os terceiros, mas Quem me colocou nessa prova bem sabe.
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MARESSA em Prova de Fogo. (Concluído)
SpiritualObra concluída ✔️ Obs: para entendê-lo, é necessário ler o livro "LO-RUAMA". Caso não queira, vai ficar complicado assimilar algumas partes da história. Obrigada. ❤ BOA LEITURA 💕