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O ataque no beco do vampiro já faz dois dias. Eu não fui ao trabalho desde então.

Minha mãe disse que era muito perigoso e que tinha risco do assassino aparecer novamente.

Thomas ficou cuidando da loja enquanto estou fora. E isso me assusta um pouco. Mas ele disse que não tinha problema e que ele iria conseguir cuidar de tudo sem dificuldade. Assim eu espero.

Aqueles polícias me deixaram louca. Eles perguntaram tanta coisa que levou horas o interrogatório. Eu estava exausta, tinha acabado de ver um corpo morte e tive uma luta com um vampiro de dentes de tubarão.

Eles poderiam simplesmente fazer o interrogatório no dia seguinte. Mas não foi isso que eles fizeram. Assim que eu comecei a respirar e pensar em tudo o que aconteceu eles foram até a mim, com os blocos e canetas nas mãos. Nem deram tempo para me recuperar do ocorrido.

Sem falar na cara deles quando disse que o homem que me atacou tinha dentes pontudos como facas que queria morder a minha carne assim como fez com o pobre garoto de óculos que gostava de Percy Jackson.

E o que aqueles babacas daqueles polícias fizeram quando eu falei isso? Eles só faltaram gargalhar na minha cara.

Eles disseram que os livros de fantasia e o medo me levaram a imaginar coisas. Eles pensaram que eu que eu fiquei com tanto medo que comecei a ver o assassino como um mostro. Dava vontade de fazer eles engolirem os blocos junto com as canetas.

Eles não viram o corpo do garoto? Tinha marca de dentes afiados no pescoço dele. E dava para ver que ele estava com pouco sangue no corpo. Todos eles eram muito idiotas.

E para piorar. Hoje de manhã minha mãe botou o jornal na mesa antes de sair para o trabalho.

Sim, ela foi trabalhar depois de tudo. Mas eu não a culpo por isso. Lembro que ontem eu perguntei a minha mãe por que ela trabalhava tanto. E principalmente, por que continuava a trabalhar como garçonete. Ela trabalhava nisso desde que me intendo por gente. Tem empregos melhores pela cidade.

O que ela me respondeu apertou meu coração.

--- Conheci seu pai lá. Ele não deve saber onde eu moro. Talvez ele volte a essa cidade alguma vez, e talvez ele me procure por lar. Se eu não estiver lá ele não vai conseguir me achar. --- Ela falou

Meu coração doeu com isso. Minha mãe já mentiu muito sobre meu pai, tanto que já conseguia ver claramente quando era uma verdade. Quando ela fala de verdade sobre ele, seu olhar fica distante, como se estivesse vendo ele de longe. E ela estava falando a verdade naquele momento.

Mas eu ficava com medo por ela. Meu pai nunca voltou, depois de mais de 18 anos ele nunca voltou. E acho que isso nunca vai acontecer. Talvez minha mãe o espere para sempre, sem nunca o ver novamente.

Mudando de assunto. O jornal que ela botou na mesa falava sobre o acontecimento no beco. Lá tinha uma foto minha sentada na parte de trás da ambulância com o pescoço sendo cuidado por uma enfermeira. E o pior de tudo. Estava escrito o que eu vi no homem, os dentes. E para piorar estava escrito que eu devia estar assustada e com muito medo e acabei imaginando coisas.

Esses filhos de uma mãe. Quem deu autorização para tirarem fotos de mim?

Eu estava furiosa. Agora todos da cidade vão pensar que eu sou maluca e medrosa. Que raiva daqueles polícias! Se eu os ver de novo eles estão mortos!

Eu estava sozinha em casa. Eu ia fazer um almoço para mim. Mas já estava farta de ficar em casa. Eu estava com um pouco de dinheiro na carteira. Ótimo, dava para comprar algo bom para comer em uma lanchonete. Graças a Deus que tem mais de uma lanchonete nesse lugar. Minha mãe não pode saber que eu saí de casa.

A filha de Dean Winchester(Em REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora