A filha de Dean Winchester(Em REVISÃO)

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Na noite passada minha mãe chorou por algum tempo enquanto me abraçava.

Eu sabia que minha mãe tinha a esperança de meu pai voltar para ela, mas eu não sabia que isso a destruía tanto por dentro. Eu devia ter notado. Na verdade deveria me parecer óbvio, é claro que ela deveria estar sofrendo esperando por meu pai. Eu sou uma idiota por não ter notado.

Depois de chorar por algum tempo eu levei minha mãe até o seu quarto e ela foi logo dormir. Não teve filme para vermos no final das contas. Nenhuma de nós estávamos com ânimo para ver qualquer filme depois de tudo aquilo.

Depois de ter botado minha mãe no quarto eu fui direto para o meu. Não consegui dormir no momento. Fiquei algum tempo pensando em toda a revelação que tive a alguns momentos.

Durante toda minha vida eu perguntei para minha mãe sobre meu pai. Ela raramente falava a verdade. Agora as informações estavam deixando minha cabeça cheia. Quando sua mente está acostumada com pouca informação, e de repente ela é bombardeada com informações isso obviamente deixaria a mente cheia e a todo vapor.

Fico revisando todas as informações com cuidado. O nome do meu pai era Dean, e do meu avô era John Winchester. Queria saber se eu tinha avô, será que meu pai era filho único? Essas perguntas eu nem sei se minha mãe sabe. Pelo que ela falou eles não passaram tanto tempo juntos. Mas foi o suficiente para minha mãe ficar completamente apaixonada.

Penso em toda a história. Então quer dizer que meu pai e meu avô caçam essas criaturas sobrenaturais? Talvez deva ser por isso que aquele vampiro queria tanto me matar.

Ele disse que iria ficar famoso por matar um Winchester. E se ele poderia ficar famoso por isso, quer dizer que os Winchesters são famosos pelo seu trabalho. Pode ser que eles sejam os únicos a matarem essas criaturas. Ou os melhores. Acho que provavelmente os melhores, não deve ser somente duas pessoas que conhecem os segredos dessas coisas e tentam mata-las. Deve ter muitos loucos nesses trabalhos.

Mesmo eu sabendo agora os detalhes do abandono que meu pai fez comigo e com minha mãe. Eu estou com mais vontade de conhecê-lo do que tive em toda minha vida.

Meu pai tem os mesmos gostos de comida que eu e também os mesmo gosto musical. E sem falar que apesar de tudo o que ele fez, ele era um herói. Ele e meu avô salvaram minha mãe e a amiga dela de ser morta. Sem falar nas outras vidas que ele e meu avô podem ter salvo e eu e minha mãe nem temos ideia.

Por um certo momento eu me odiei por não ser mais como meu pai e meu avô. Se eu fosse como eles, talvez aquele garoto que gostava das aventuras de Percy Jackson estaria vivo neste momento, talvez ele teria terminado o livro e ele saberia o final das aventuras do meio-sangue. Talvez se eu fosse mais como eles, ninguém teria se ferido e eu teria acabado com aquele maldito vampiro bem naquele beco. Mas eu não sou como eles, eu cheguei tarde demais e ainda deixei o vampiro escapar. Nunca quiz tanto ser mais parecida com meu pai.

                             ***

Na manhã seguinte minha mãe já estava melhor. Ela acordou com aquele típico sorriso de quem tinha esperança de rever seu velho amor.

Enquanto ela botava as torradas nos pratos não pude deixar de notar seu largo sorriso de esperança. Ele parecia até mesmo mais largo que os anteriores. Me doía só de imaginar esse sorriso se desfazendo ao longo do dia. Até chegar em casa e está completamente desfeito.

Depois de começar a comer a torrada minha mãe serve um grande copo de suco de laranja enquanto cantarolava uma música. Ela estava mais animada e esperançosa do que o costume.

Ela senta de frente para mim e começa a comer seu café da manhã. Seu uniforme rosa parecia ressaltar ainda mais sua animação.

Eu não estava mais aguentando. Eu nunca a vi tão animada ao começo do dia. E ela estava chorando por longos minutos na noite anterior. Isso não fazia o menor sentido.

--- Mãe,por que está tão animada hoje? --- tendo falar sem muito interesse.

--- Eu tenho a sensação que hoje é o dia. Ontem a noite eu me senti como se um grande peso saísse de minhas costas. Eu nunca falei a minha história e a do seu pai para ninguém, eu sabia que ninguém acreditaria em mim. Mas você acreditou minha filha. E eu acho que isso era necessário. Agora eu tenho certeza que seu pai vai aparecer. Pode não ser hoje, mas pode ser logo. Por isso estou tão animada. Tenho certeza que não vai demorar para ele aparecer. --- ela fala com um largo sorriso.

Eu queria falar para ela que ela está criando esperanças demais. Queria falar para ela esquecer meu pai e pensar mais nela. Mas tinha medo de desmanchar o seu largo sorriso esperançoso.

Ela termina de comer e se levanta.

--- Bom,eu tenho que ir logo para o trabalho. O quanto mais cedo melhor. Te vejo a noite filha --- ela dá um beijo na minha testa e sai pela porta com aquele sorriso largo.

Logo depois que ela sai eu termino de comer rapidamente e vou me arrumar. Eu sei que prometi pra minha mãe não trabalhar enquanto não pegassem o assassino. Mas eu não aguento mais ficar aqui em casa. Eu quero sair e ir para meu emprego. Eu sou a chefe praticamente, não posso deixar a loja muito tempo nas mãos de Thomas.

Vou tomar um banho rápido e coloco minhas roupas. Pego um tênis preto, uma calça jeans preta, uma blusa branca com a estampa de uma banda de rock clássico e por fim, uma das minhas jaquetas de couro preto preferida.

Deixo meus cabelos soltos pego minhas  chaves da moto e coloco em volta do pescoço. Pego as chaves de casa que estavam juntas com a da loja e abro a porta da frente.

Quando abro a porta quase levo um susto com os três homens de terno preto na minha frente. Eram os agentes de ontem. Os três pareciam que levaram susto junto comigo quando abri a porta. Percebi que o moreno alto estava com a mão direita levantada em um punho, provavelmente pretendia bater na porta.

Porém todos os meus pensamentos ficaram em branco assim que vi o anjinho de olhos azuis olhando diretamente para mim com aquele leve sorriso de alegria. Meu coração palpitava no peito só de pensar que esse sorriso poderia ser para mim.

Com o seu rosto angelical e o seu sorriso inocente, parecia que os dois outros agentes tinham ficado invisíveis de um segundo para outro ou saído de fininho. Por que parecia que só havia nós dois naquele momento.

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