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Dean

--- Espera um minuto. Me conta o que aconteceu. Como pode ter tanta certeza assim?

--- Eu não sou cego Sammy. Neste momento eu estou dentro do carro olhando a mãe de Diana dentro da loja. Eu iria reconhecer Lúcia em qualquer lugar.

Tudo bem. Isso saiu mais meloso do que eu pensava.

--- Então você lembra dela? Isso me surpreende,você deve se esquecer de 75% das mulheres com que você já ficou.

--- Também não exagera. Só esqueço de algumas. Mais só as de uma noite.

--- Então a mãe de Diana foi mais de uma noite?-- ele pergunta parecendo muito interessado.

Droga. Vou ter que dizer.

--- Sim, foi mais e uma vez e a gente conversava um pouco.

--- Como isso aconteceu?

--- É sério Sam? Você quer que eu fale isso por telefone?

--- Sim --- ele fala sem exitar.

Eu bufo com raiva. Lúcia estava servindo uma prato para uma garota que estava sentada na mesa. O sorrio dela parecia ter diminuído um pouco.

--- Eu e o papai já caçamos aqui. --- Falo

--- O QUE!? Por que você não faltou isso antes?

--- Eu esqueci está bem? E isso aconteceu a muitos anos, faz uns 19 anos --- minha voz morre um pouco no final. Droga. Como eu não me lembrei disso antes.

--- Tudo bem. Continua.

--- Ela trabalhava nessa mesma lanchonete e eu a conheci e ficamos juntos. Eu gostei dela, então aconteceu mais de uma vez enquanto estávamos no caso. Era um metamorfo e ele acabou ficando como a amiga dela para assaltar a loja e quase matar ela. Eu e o papai salvamos ela e contamos o que tinha acontecido e quem nós éramos. Ficamos juntos mais uma vez e eu disse que eu ia voltar, mas...-- minha voz morre e me sinto um lixo humana por jamais ter cumprido a promessa.

--- Mas você nunca voltou e nunca soube que ela ficou grávida.

--- É, foi tantas coisas acontecendo que eu me esqueci dela.

--- Dean eu sei que pode estar sendo difícil para você agora. Mais você tem que ir até lá e falar com ela. Não se esqueça que temos que protege-las daquele vampiro. Dean, agora você é pai, tem que proteger sua filha e a mãe dela.

Eu suspiro. É difícil para minha mente entender. Eu sou pai, sou pai de uma garota já crescida que por mais que eu queira negar, ela se parece comigo. Sam está certo.

--- Droga. Lúcia vai querer me esganar quando me ver.

--- Bom, boa sorte --- Sam fala e desliga.

Eu fico chocado. Não acredito que ele desligou na minha cara e ainda falou como se dissesse"o problema é seu." Suspiro frustado e saio do carro.

Vou entrando na loja Lúcia estava de costas limpando uma mesa. Eu me aproximo.

--- Lúcia?

Mesmo sem me olhar eu pude perceber que ela sabia quem estava falando. Ela sabia que era eu mesmo sem nos vermos por tantos anos.

Ela se vira para mim aos poucos. Quando ela fica frente a frente comigo eu pude notar seus olhos arregalados e sua boca entreaberta demonstrando seu espanto.  Eu esperava que ela fosse me dar um tapa no rosto a qualquer momento e dizer que eu era um cafajeste e um pai desnaturado. Mas a sua reação foi o completo oposto.

Seu sorriso se alargou drasticamente e pude ver seus olhos brilharem. Em um impulso ela estava com os braços ao redor da minha cintura me abraçando. Com toda a certeza essa reação foi bem diferente da que eu imaginava.

Seu abraço era forte e eu podia saber que ela estava sorrindo sem mesmo olhar. Eu a abraço também. Ela parecia ainda ser a mesma Lúcia que eu me separei a anos atrás. Continuava bonita e seu sorriso era o mesmo.

Nós desfazemos o abraço. Ela me olha com os olhos marejados e com um largo sorriso no rosto.

--- Eu sabia. Eu sabia que um dia você ia voltar para nós.

Ela estava me esperando? Será mesmo possível que ela esteja me esperando por todo esse tempo? Tudo bem, agora eu me sinto pior ainda.

--- Me desculpe Lúcia --- falo com arrependimento na voz.

--- Tudo bem Dean. Eu estou tão feliz que você esteja aqui. Temos que ir pra casa. Tenho tantas coisas para te contar. Finalmente você vai ver diana.--- ela fala com um largo sorriso. --- espere só um minuto.

Ela se afasta e vai até o balcão onde está uma garota de cabelo castanho ondulado com o mesmo uniforme que ela. Pode ver que estava escrito Kate no seu uniforme. Lúcia foi até ela e começou a falar com ela aos sussurros. No final da conversa Kate estava com os olhos arregalados e com a boca aberta como se não acreditasse.

Lúcia veio até minha direção e segurou meu braço com delicadeza. A tal de Kate me olhava como se eu fosse um fantasma. Estava claro que ela já tinha falado de mim para a amiga. E está claro que essa amiga nunca acreditou que eu realmente iria voltar.

Saímos da loja. Lúcia abraçava meu braço como se não tivéssemos ficado separados por quase vinte anos. Nossa, eu estou me sentindo velho a cada segundo. Eu tenho uma filha de 18 anos.

--- Está tudo resolvido. Ela vai cuidar da loja enquanto eu estiver fora. --- Ela explica

Eu faço sim com a cabeça. Entramos no carro. Eu o ligo.

--- Faz tanto tempo que eu não vejo esse carro. Diana vai adorar vê-lo. Ela vai finalmente saber o quanto vocês são parecidos.

Uma coisa me incomoda. Além dela estar me tratando tão bem sendo que eu abandonei durante anos. Ela está falando de Diana como se eu soubesse da existência dela. De fato eu sei, mas não teria como ela saber que eu já a vi.

Nesse momento já estamos nos movendo junto com o carro em direção a sua casa.

--- você vai adorar vê-la. Ela está tão crescida. Está uma verdadeira mulher. Ela está mais parecida com você a cada dia.

--- Você não está com raiva?-- eu falo já não aguentando ser tratado tão bem sem merecer.

--- Raiva?Por que? Eu nunca sentiria raiva de você Dean. Eu sempre acreditei que você voltaria. E aqui está, você voltou. Pode ter demorado mais você voltou. Eu sei que você estava muito ocupado fazendo o seu trabalho. Eu não o culpo por isso. Estava salvando vidas, eu não podia ficar com raiva disso.

Eu a olho rapidamente. Ela não mudou nada. Sempre tão boa e calma.

Tenho medo de dizer a verdade para ela. Se não fosse por esse caso talvez eu nunca tenha voltado. Talvez eu nunca saberia que eu tinha uma filha.

Já estávamos mais perto da casa dela.

--- Então, como está John? Gostaria de saber por que ele parou de vir visitar eu e Diana tão de repente.

Freio o carro bruscamente. Lúcia e eu fomos levemente para frente com isso.

Eu olho para ela, ela parece ter levado um susto com a freiada repentina.

Eu olho para ela com certa raiva e medo da resposta da pergunta que irei fazer nesse momento.

--- Lúcia, meu pai sabia sobre Diana?

Ela me olha sem entender como se eu estivesse falando uma loucura.

--- É claro que sabia, Dean. Quando Diana era mais nova ele sempre vinha visitar para vê-la. Foi ele que disse a você que eu estava grávida, não foi?

Eu sinto a raiva me invadir. Aperto o volante com força. Meu pai sabia sobre Diana. Ele não só sabia mais a vinha visitar. Como ele pode não ter me falado nada? Como ele pôde esconder isso de mim? Como pôde meu próprio pai esconder a existência da minha própria filha?





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A filha de Dean Winchester(Em REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora