I - so empty

893 84 9
                                    

TW - Depress*o / Menção a su*cid*o.

Antes de iniciar a leitura, gostaria de deixar claro que na época em que escrevi essa história, preocupei-me em não usar palavras explícitas para não gatilhar demasiado, mas nem todas as partes foram filtradas então, por favor, se você se sentir desconfortável não prossiga. Se mesmo assim prosseguir, não pare a história antes de vê-la melhorar, senão você irá guardar em sua mente somente os pontos "negativos" e isso seria incômodo para mim como autora, pois meu desejo é que todos vocês leiam a moral final e algumas coisas que eu queria esclarecer depois.

Por agora é isso, aproveitem a história, certo? Eu espero do fundo do coração que gostem! Qualquer dúvida, pedido, reclamação ou elogio vocês podem deixar no quadro de mensagens ou na mensagem privada, eu iria adorar ler!

Boa leitura a todos! ♡

☆ — 。 • *゚◠ • —☆

As nuvens parecem se mexer com mais rapidez se focarmos nelas.

Deitado em sua cama, era o que ele fazia.
Através do vidro levemente negro, embaçado por poeira, nuvens brancas e fofinhas pareciam representar a paz.
Esticou o braço tentando encostar a ponta dos dedos na vidraça, mas sentiu uma leve dor na extensão do mesmo e desistiu. Estava claro o que aquilo representava.

A paz é clara e admirável do lado de fora. Porém em nosso estado de sofrimento, há uma barreira negra que nos impede de alcançar a nossa felicidade.
Nós esticamos o braço tentando pegá-la... Porém nos machucamos no percurso. Isso nos faz desistir.
A dor do machucado se aprofunda mais e mais. Logo você perde a força.
E a felicidade... Bem, ela passa a ser algo que admiramos só de longe mesmo.

Porque era isso que ele sentia.

Que aquilo estava longe de acabar.

Que as noites mal dormidas iriam durar para sempre. Que o enjôo de si mesmo e do que é, iria sempre ser comum.

Virou a cabeça para o outro lado, a parede cor de noite refletia como que a sua emoção naquele momento. A pior de todas. O vazio.
Apertou os lábios um contra o outro percebendo que a dor do vazio era a pior coisa a se sentir.

Uma das mãos foi para o peito, querendo alcançar seu coração enquanto sussurrava para ele parar de doer. Lágrimas já escorregavam de seus olhos e molhavam o lençol branco.

Então ele abriu os olhos, permitindo que mais lágrimas descessem e sentou-se na cama com certa dificuldade.

Era hora de enfrentar o dia, mais uma vez.
Resolveu ir tomar banho e agir como se nada tivesse acontecido, assim como fazia todos os dias.

be my sun • johnilOnde histórias criam vida. Descubra agora