be my sun • johnil

XXV - i'm in love with you

Johnny já podia ser considerado o ser humano mais gentil que Taeil já havia conhecido e, de fato, ele não estava exagerando. Até aquele momento, Johnny havia o tentado compreender com atenção, não abandonou Taeil diferente de tantas pessoas que o fizeram de primeira.

Taeil já tinha uma vontade imensa de chorar, mas dessa vez era de gratidão. O carinho que sentia ao encarar aqueles olhos claros era incomparável, nunca havia visto nada assim. O brilho no olhar de ambos era altamente perceptível também. Frente a frente, eles já haviam perdido até a noção dos minutos passando. Quando se deram conta, os dedos de suas mãos sobre a mesa já estavam entrelaçados.

ㅡ Taeil... ㅡ O menor acordou de seus pensamentos, seu olhar então pousou sobre as mãos juntas. Johnny olhou para o mesmo lugar sorrindo, então voltou a encarar Taeil novamente. ㅡ Na verdade, eu queria te perguntar, ahm... Você quer... Assim, dormir aqui?

Johnny sentia-se na obrigação de ter o máximo de cuidado ao falar com ele, independente do que fosse. Percebeu que Taeil poderia ser muito atencioso quanto às palavras então a última coisa que ele queria fazer era dizer algo de errado ou incoveniente. Taeil mordeu o lábio inferior e voltou a olhar Johnny, assentindo rapidamente.

ㅡ Mas... Não vai ter nenhum problema, não é? Ou...-

ㅡ Não! Não, que isso. De jeito nenhum, Taeil. Você pode ficar sim. ㅡ Tentou confortar Taeil com um sorriso, o menor somente agradeceu e desviou o olhar, soltando a mão de Johnny com cuidado para pôr mais chocolate quente na caneca. ㅡ Eu mesmo não queria que você voltasse para lá. Quer dizer, eu somente achei que não poderia ser agradável para você.

Johnny voltou a comer suas panquecas. Taeil tomou um pouco de chocolate e colocou a caneca sobre a mesa com cuidado.

ㅡ Eu sinceramente... ㅡ Taeil pôs um pedaço de panqueca na boca. Terminou de mastigar para voltar a falar. ㅡ Ainda não acredito que ela veio de tão longe somente para... Ahm, o que ela veio fazer mesmo?

ㅡ Bem, eu também não sei direito... As panquecas estão boas? ㅡ Johnny pareceu inseguro ao perguntar, mas Taeil assentiu e comeu mais um pedaço com gosto.

ㅡ Outra coisa... Só para saber, o que você estava fazendo ali com eles? Eu tenho certeza que não foi para discutir com os meus pais sobre a minha vida.

Johnny riu e negou.

ㅡ Na verdade, eu cheguei ali primeiro.

ㅡ Sério?

ㅡ Sim, mas... Eu realmente não imaginava que eles apareceriam assim, do nada. Eu estava batendo em sua porta porque imaginei que você estivesse em casa. Não tinha te visto o dia inteiro e... Eu... ㅡ Johnny limpou a garganta. Taeil conteu um sorrisinho. ㅡ Enfim, eu queria mesmo te ver.

Taeil acabou sorrindo, não conseguiu evitar. Johnny sorriu também, mas parecia mais nervoso. Nem parecia ele.

ㅡ E então... Eles simplesmente apareceram?

ㅡ Sim, isso mesmo. Sua mãe disse que tinha uma cópia da sua chave e pediu licença. Ela destrancou a porta e então eles simplesmente foram entrando. Eu não tive outra escolha então entrei também, afinal, todo mundo ali queria te ver. ㅡ Riu.

ㅡ Meu Deus, eles são loucos. Olha, me desculpa por tudo isso, de verdade. E o pior foi que... Meu Deus, ela deve ter falado tanta idiotice... Que droga! ㅡ Taeil estava morrendo de preocupação, não queria nem imaginar o que mais aquela mulher poderia ter dito a ele.

ㅡ Taeil, você sabe que não precisa me pedir desculpas. ㅡ O encarava, mesmo com o olhar de Taeil estando distante. ㅡ Ela contou sim muita... Nossa, muita coisa desnecessária. Me disse várias coisas sobre a sua irmã também. Mas... A forma como ela falava de você...