Após um caminho totalmente silencioso, os três homens apreensivos finalmente deram entrada na clínica. Aquele lugar era totalmente branco e parecia muito mais com um hospital. Haviam crianças correndo, pessoas na sala de espera e alguns idosos falando sozinho, mas Taeil tentava não achar estranho, afinal, estava em nada menos do que uma clínica psiquiátrica.Seu pai finalmente voltou do balcão e pediu para que ele e Johnny o acompanhassem. Taeil assentiu e o nervosismo gritava dentro de si. Iria conhecer sua verdadeira mãe, aquilo ainda era totalmente inacreditável. Estava curioso em saber sobre sua aparência, seu tom de voz... E por falar em voz:
ㅡ Oh I'm a man of many wishes... I hope my premonition misses... But what I really feel, my eyes won't let me hide.
ㅡ Ah, essa música... Ela me traz uma nostalgia incomparável. ㅡ Johnny comentou sorrindo, fazendo Taeil sorrir também.
ㅡ Sério? Por quê?
ㅡ Me faz lembrar de quanto te conheci... Sabe, você canta bem.
Taeil sentiu-se em um dejavu ao ouvir a frase. De fato, Johnny já havia dito aquilo para si e ele se lembrava muito bem. Suas bochechas ficaram quentes e Johnny sorriu ao perceber sua vergonha.
ㅡ Não fique assim, vai... ㅡ Johnny riu divertido agradecendo aos céus por conseguir distrair Taeil em um momento conflituoso como aquele. Ver Taeil sorrir era como uma benção para si.
O homem os conduziu a uma porta que dava acesso a uma área aberta. Assim que a porta foi aberta, Taeil pôde ver crianças correndo pela grama e vários adultos passeando, aproveitando a tarde bonita que fazia. Ao andar um pouco mais pelo local, viu homens e mulheres que pintavam sobre telas, recebendo orientações dos técnicos psiquiatras. Taeil estava fascinado. Andando mais a frente, viu outro grupo de homens e mulheres que tocavam instrumentos. Uma mulher de cabelos curtos levemente ondulados e de coloração loira escura foi a única a notar a aproximação dos três. Ela tocava um violino e trajava um vestido amarelo até os pés.
Taeil sentiu uma vibração estranha em seu estômago e sentiu a mão de seu pai tocar seu ombro. Taeil viu a mulher deixar o violino de lado e se levantar vindo na direção de onde eles estavam.
ㅡ Taeil ㅡ Seu pai o chamou, fazendo-o o olhar confuso. Em seguida, abaixou o tom de voz: ㅡ Esta aqui é sua verdadeira mãe, Kim Taeyeon.
Taeil cobriu a boca com as duas mãos, vendo a mulher bonita parar em sua frente. Ela sorria olhando cada detalhe de Taeil e depois voltou seu olhar ao seu ex noivo.
ㅡ Quem... Quem é ele?
Taeil ouviu sua voz doce e seu coração bateu mais forte. Johnny o abraçou por trás e beijou sua bochecha, encoranjando Taeil a falar com ela.
Ela ainda estava confusa, mas não podia negar que seu coração batia disparado no peito. Ela já sentia quem poderia ser, bem no fundo do seu interior.
Taeil deu um passo a frente reunindo todas as forças que lhe restavam. Taeyeon não conseguia parar de observar cada parte do rosto de Taeil, seus olhos já brilhavam de maneira intensa.
ㅡ Olá... ㅡ Taeil começou, mas não sabia ao certo como continuar. ㅡ V-você... Eu não acredito que é você... Meu Deus.
ㅡ Sim, acho que sou eu, mas... Por favor, me diz que você é-
ㅡ Eu, eu sou... Eu sou seu filho.
Taeyeon perdeu as palavras, seus olhos encheram-se de lágrimas assim como os do Taeil. Ele ainda estava com medo de reação da mulher, mas toda a sua insegurança desapareceu assim que a viu abrir um sorriso enorme ao mesmo tempo em que abriu os braços para o acolher. Taeil não pensou nem duas vezes antes de a abraçar e se entregar de coração e alma. Ambos partilhavam do mesmo sentimento naquele momento, o sentimento do amor profundo e da saudade infinita que existia no subconsciente de Taeil e no coração de sua verdadeira mãe. Era uma sensação libertadora para ambos.
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be my sun • johnil
Fanfiction[CONCLUÍDA] "Durante anos andei sofrendo, vítima de mim mesmo. Houve um dia em que acordei e senti que havia perdido a mim mesmo. Tudo o que eu precisava era de algo que pudesse me iluminar, que me resgatasse da minha escuridão interna. Eu estava tã...