XIX - walk&laughs

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ㅡ Me deixe saber quem você realmente é.

Taeil sentia-se estático. Nunca imaginou alguém lhe dizendo tudo aquilo. Sua garganta doía como nunca e era como se quisesse desabar em sua frente mas ao mesmo tempo não quisesse por medo.

Achou que jamais teria coragem de contar nada pra ninguém. Sempre tem alguém que quer saber sobre você e sobre seus problemas mas sempre só querem saber. Taeil sempre achou que as pessoas fossem somente curiosas demais, mas... O olhar de Johnny naquele momento não lhe dizia isso. Taeil o olhava profundamente assim como o maior o olhava da mesma forma. Era inevitável da parte de ambos.

Taeil sentiu o polegar de Johnny limpar uma lágrima sua. Taeil queria ser positivo, mas... Seus sentimentos estavam tão atordoados, aquilo não era tão fácil quanto Johnny parecia achar, mas Taeil não era bom em se expressar. Fechou seus olhos enquanto tentava reunir todas as suas forças restantes para finalmente dizer alguma coisa.

ㅡ D-do que adianta...? ㅡ Sua voz quase falhou, porém não abriu os olhos. ㅡ Saber dos meus problemas não os farão sumir, não importa o que você faça, John... P-por favor... ㅡ Tentou respirar novamente, aquilo estava sendo doloroso. ㅡ Por favor, não perca seu tempo.

Taeil abriu seus olhos lentamente e se deparou com a imagem aparentemente insegura do maior. Era a primeira vez que o via assim. Taeil também tinha uma expressão dolorosa, tinha consciência disso, porém não conseguia evitar.

ㅡ Eu não estarei perdendo meu tempo, Taeil. Então não me diga nada agora, só... Sinta.

Taeil viu Johnny se levantar e pegar sua mão para o pôr em pé também. Não conseguia evitar suas lágrimas e o maior tratou de tentar as enxugar.
O olhar de Johnny sobre o menor era profundo e logo Taeil sentiu os braços do maior enlaçarem seu corpo de forma acolhedora. O menor afundou seu rosto ali mesmo e o apertou com toda a sua força.
Taeil inconscientemente necessitava daquilo. Afeto.

ㅡ Confia em mim, Taeil. ㅡ Johnny sussurrou e Taeil apertou os olhos, as lágrimas pareciam não ter fim.

ㅡ Eu confio.

E agradeceu internamente, querendo que aquele abraço não tivesse fim.

[...]

Após toda a situação ficar mais calma, Johnny resolveu tirar Taeil daquele ambiente e o comprou um cafe latte, em seguida saíram andando pela rua. Ambos estavam absolutamente atrasados para seus rumos anteriores, sabiam bem. Mas depois de tudo isso, aparentemente haviam desistido.

ㅡ Eu amo esse café.

Johnny o olhou na mesma hora e sorriu.

ㅡ Eu também, mas não é meu favorito.

ㅡ E qual é? ㅡ Taeil virou o copo logo terminando o café.

ㅡ Americano. ㅡ Avistou uma lixeira próxima. ㅡ Ali. ㅡ Mostrou a Taeil.

ㅡ Posso considerar isso uma piada? ㅡ Perguntou jogando o copo fora.

ㅡ Considere somente uma relação. ㅡ Johnny piscou para ele. Taeil riu baixo balançando a cabeça negativamente.

ㅡ Você é muito anormal.

ㅡ Esse é meu charme. ㅡ Deu de ombros.

Taeil riu novamente.

ㅡ É incrível como você muda de estado de espírito em pouco tempo, ainda há 10 minutos você estava sugando minha alma só me olhando.

Johnny gargalhou com sua fala e Taeil riu com o olhar baixo.

be my sun • johnilOnde histórias criam vida. Descubra agora