19 = Jantar (do Faro Oeste)

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Pessoal, nos desculpem pela demora em postar esse novo capítulo, essas últimas semanas foram muito corridas/difíceis tanto para mim como para Karlly. Mas prometemos que isso não irá mais acontecer.

Fiquem agora com o capítulo. E no final, tem mais outro recadinho para vocês. Beijos!

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Noah passou a semana toda falando sobre o tal jantar, jogando várias piadas em direção à Cobalskin para lembrá-lo sobre a promessa.

Já havia se passado uma semana, então, acordei mais cedo no Domingo só para decidir a roupa que usaria. Diferente de um dia casual aquilo seria um jantar de família. Eu não era bom com combinações e minha mãe estava ocupada, então, não me daria conselhos. Para meu azar, meu pai estava, e, muito livre por sinal.

Eu tinha — tentado — fazer um bolo no dia anterior; quase trancado ele com chave para garantir que ninguém comeria nenhum pedaço. Agradeci por ele ainda estar inteiro, e pelo resultado parecer ter dado certo. Não era a primeira vez que fazia. A primeira tinha ficado tão mole quanto gema de ovo, e me lembro de Ema ter cuspido ele fora enquanto alegava à nossa avó que eu tinha tentado matá-la.

Era engraçado. Eu por alguma razão estava apreensivo.

— Aonde vai? — Meu pai perguntou, enquanto me via tirar o bolo da geladeira. — Aonde vai levar o bolo? Eu ia comer ele depois do almoço.

— Não. Eu escrevi que não era para comer — procurei o papel, mas era óbvio que ele tinha jogado fora. Pelo menos o conteúdo ainda estava intacto. — Depois eu tento fazer outra coisa. Eu preciso levar.

— Você parece uma garota — resmungou ele, irritado por ter perdido a sobremesa. — Não se esqueça de depois ir buscar a roupa na lavanderia.

Concordei. Não queria me atrasar.

— Ainda não me respondeu aonde vai! — Agora ele tinha falado mais alto, vendo que eu não iria responder. — Sua mãe sabe?

Não foi preciso minha reposta. Ele tirou os pés do sofá e, subiu alguns degraus da escada, gritando minha mãe para saber aonde eu iria. Ela sabia.

— Noah... — ele cruzou os braços, parecendo matutar algo. — Eu vi ele entrar no mercado outro dia. Estava acompanhado de... Alguns amigos diferentes.

— Provavelmente de alguma letra do LGBTQ+ — Forcei um sorriso. — E isso não tem a ver com o assunto.

— Tem razão. Mas isso me lembrou daquele seu amigo — soltou o veneno quando me viu descer as escadas do quarto.

Subi de volta, com ele olhando em minha direção.

— Acabou — eu disse. — Eu não faço mais parte dos VLV, e eu não vou ficar e discutir sobre isso hoje. Não quero me atrasar.

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Resolvi seguir o conselho de minha mãe e levei Finley comigo. Ele agia como um turista, e se eu o deixasse solto ele sumiria em 2 minutos.

Eu gostaria de dizer que Noah morava em uma casa normal, mas ela na verdade era tão excêntrica quando um dos donos. Não era enorme na frente, se parecia com uma casa normal, mas assim que entramos passámos pelo corredor que levava aos fundos, que era grande. Muito grande.

Todos pareciam estar ali — com excessão de Emília e Igor — e estavam em volta da mesa que tinha 12 cadeiras. A parte de cima era completamente coberta por telhas.

Vi que na parte de trás também tinha um fogão à lenha.

— Fico feliz por finalmente podermos provar do que Will Belmarques faz! — Noah exclamou pegando o bolo da minha mão, e agora se voltando para meu primo Finley, disse: — Noah Kannenberg.

Não (Me) GanheOnde histórias criam vida. Descubra agora