Os tatuados da roupa de couro

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Elizabeth

Essa última semana foi dureza. Do trabalho para casa para estudar para a prova de magistrado que fiz hoje. Agora que a prova passou, quero sair com as minhas meninas. Não lembro a última vez que fiz algo divertido.

Estou na minha enorme casa me arrumando para ir para a inauguração de uma boate. Coloquei meu vestido novo da Gucci com um salto e deixei meu cabelo bem esticado, maquiagem destacando meus olhos azuis, perfeita...

-Vamos, Betty! Estou pronta e a Josie já chegou. —minha amiga Verônica gritou.

-Estou indo!

Peguei minha bolsa Chanel e saímos de casa em direção à Lamborghini de Verônica que nos esperava em frente ao portão. 

-Smiters, boate 021 —a morena disse ao motorista que assentiu e arrancou com o carro.

-Então, Betts, como foi a prova? —Josie iniciou uma conversa.

-Acho que fui bem.

-E quando sai o resultado?

-Não sei, V, acho que leva um mês mais ou menos

-Bastante tempo... Até lá vai continuar como assistente do juíz?

-Vou, gosto de lá. E é um aprendizado e tanto. Mas não vamos ficar falando sobre isso, essa noite é para se divertir

-Isso aí, liga o som, Smiters! —Verônica pediu e o motorista atendeu. Começou a tocar Marshmello e fomos cantando:

-"Lately, I've been, I've been thinking, I want you to be happier, I want you to be happier "...

Mais duas músicas e chegamos à boate. Descemos do carro e Verônica disse que ligaria para Smiters quando fosse para vir nos buscar.

Entramos e ela estava lotada. Fomos para a área vip e ficamos lá por um tempo, mas logo descemos porque queríamos dançar. 

Após quatro músicas, estávamos morrendo de sede e então fomos para o bar pegar umas bebidas.

-Olha aqueles caras que acabaram de chegar, que sexys —Verônica se referia a um grupo de homens que entravam na boate. Todos com roupas pretas, rasgadas, jaquetas de couro e tatuagens. 

-Ai meu Deus, quero!  —disse Josie.

Verônica e Josie são minhas amigas há anos, eu as amo, mas caramba! Elas têm um péssimo gosto para homens. Só saem com caras do tipo bad boy, marginais e drogados. Igual a esses aí, não duvido nada que sejam todos bandidos.

-Ai gente, fala sério!  —eu digo.

-Eu adoro um boy problema. Você devia experimentar, Betty, eles são os melhores na cama. Vem, Josie, vamos ser notadas por esses corpos musculosos —Verônica diz puxando Josie pelo braço. 

-Eu ficarei bem aqui, não sumam! —eu digo antes delas sumirem de vista.  —Me vê uma dose de whisky com gelo, por favor  —peço ao bartender.

-Eu posso pagar a próxima para você?  —um homem diz enquanto se senta ao lugar que antes pertencia a Verônica. 

Olhei bem para ele. Esse sim é um bom partido, totalmente o meu tipo. Suéter, calça social, cabelo penteado... Não aquele ninho que parecia nunca ter conhecido um pente, como era o daqueles caras tatuados.

-Eu adoraria.  —disse com meu melhor sorriso.

-Ezra Fitz.  —ele estendeu a mão.

-Elizabeth Cooper, mas pode me chamar de Betty.  —apertei sua mão.

-E então está gostando da boate?

-Sim, é bem divertida. E você, gostou?

-Agora que estou conversando com você, ela ficou melhor ainda.  —ele diz e eu sorrio.

Ficamos um tempo conversando e trocamos o número de celular.

-Eu vou procurar minhas amigas antes que elas façam alguma besteira. Me manda uma mensagem.  —eu disse me levantando e depositando um beijo em sua bochecha. 

-Com certeza irei, Betty.

Rodei a boate inteira e encontrei Verônica se pegando com um dos tatuados da roupa de couro. Josie estava do lado dela pegando outro tatuado da roupa de couro. Um terceiro tatuado estava agarrado com uma menina de cabelo curto e loiro. 

-Verônica e Josie!  —eu disse gritando por conta da música alta.

Elas pararam o beijo e o terceiro cara tatuado também.

-Vamos embora

-Mas, Be...

-Va-mos em-bo-ra  —repeti.

-Ai tá bom, sua chata. Me liga, Reggie  —Verônica disse ao tatuado que ela beijava.

-Tchau, Sweet Pea  —Josie disse ao homem alto que ainda a abraçava.

Saímos da boate e Verônica ligou para Smiters. Em 5 minutos ele chegou. Entramos no carro e voltamos para casa com as duas reclamando que eu só sei empatar.

Sentença [bughead]Onde histórias criam vida. Descubra agora