Elizabeth
2 semanas depois
Escolher um vestido para o dia mais importante da sua vida é a missão mais complicada do mundo. Nas últimas semanas, eu, Verônica, Cheryl e Toni rodamos diversas lojas da cidade e de cidades próximas atrás do meu vestido de noiva. Olhei e experimentei centenas de vestidos mas nenhum deles fez meu olho brilhar. Estamos indo a última loja hoje e não saio dela sem um vestido. Dane-se o brilho no olho.
Eu e Jughead optamos por um casamento na praia, porque durante muitos anos ficamos presos e não existe nada que dê mais sensação de liberdade que o mar e o céu. Jughead ficou anos preso em uma acusação injusta, tanto física quanto mentalmente. Eu por outro lado, era presa a esteriótipos, a julgamentos pela aparência e situação financeira. Mas o fato do casamento ser ao ar livre —principalmente na praia— vem dificultando a procura pelo vestido perfeito.
Na loja, decidimos que cada uma de nós escolheria dois vestidos para que eu experimentasse. Uma vendedora nos auxilia.
-Como o casamento é na praia, vocês vão encontrar vestidos mais para o dia nas araras a esquerda. Fiquem à vontade — disse a vendedora.
-Certo, meninas—Verônica disse em seguida.—Dois vestidos cada. Branco, longo, sem mangas e que não precisem de anágua. Mais alguma observação, noivinha?
-Não, senhora Andrews—eu disse.— Você está repetindo a mesma frase há semanas.
-Vamos nessa —Toni falou como se estivéssemos prestes a entrar numa luta.
De fato era.
Após uns trinta minutos revirando todas as araras, tanto as da esquerda como as da direita, entrei no provador com a atendente e oito vestidos. O primeiro era longo, justo e transparente em partes demais. Certeza que foi a Toni que escolheu. As meninas me esperavam na sala reservada para acompanhantes. Saí quando terminei de fechar os diversos botões.
-Vestido número 1 —falei.—Então?
-Próximo! — Verônica gritou imediatamente.
-Eu amei — disse Toni.
-Gostei, mas não combina com você — opinou Cheryl.
-Concordo. Número 2 então.
Voltei para o provador e coloquei o segundo vestido. Este era rendado no busto e liso no restante. Parecia de princesa. Muito mais a ver comigo.
-Vestido número 2 — falei quando saí do provador novamente.
-Bom — disse Verônica.
-A princesinha que você é —disse Cheryl e eu ri.
-Gostei também —disse Toni.
-Ok, vestido número 2 ganhando. Próximo.
O terceiro vestido foi o que fez meu olho brilhar. Ficou perfeito e não havia a possibilidade de eu não vesti-lo no dia do meu casamento. Ele era colado e rendado até o meio das coxas e depois de se abria em um tule. Uma lágrima caiu de meus olhos enquanto eu me olhava no espelho. Conseguia visualizar todo meu casamento e agora a ficha começava a cair.
-Então... acho que é esse—a vendedora me disse.
-Sim, acho que sim —respondi com a voz embargada.
Quando fui para a sala onde as meninas me esperavam, tive a confirmação ao olhar para a cara delas quando me viram.
-É esse —disseram juntas.
Depois que me troquei, fomos escolher o vestido da madrinha, que seria Verônica e das damas de honra, que seriam Cheryl e Toni. Infelizmente(ou felizmente), Josie estará viajando fazendo shows pela Europa e não poderá vir ao casamento. Mas confirmou presença na despedida de solteira.
Depois de escolher todos os vestidos, estávamos mortas e voltamos para casa após um lanche em uma cafeteria. Quando entrei em casa, Jughead estava deitado no meu sofá com o notebook no colo. Ele ficava aqui em casa como se fosse a casa dele e eu ficava na casa dele como se fosse a minha. Ainda não decidimos onde vamos morar depois de casar.
-Ei —eu disse inclinando-me para dar um selinho nele.
-Oi —ele respondeu sorrindo. — Já temos um vestido?
-Temos! — eu disse dando pulinhos. — É tão lindo, quero ficar usando ele todos os dias para sempre.
-Uau, quero ver. Me mostra a foto.
-Claro que não. Dá azar.
-Acho que a gente já esgotou toda cota de azar que tínhamos— ele disse e eu ri.
-Tem razão, mas mesmo assim não — falei e sentei no sofá colocando a cabeça dele em meu colo.— Que email é esse?
Ele pigarreou mas não disse nada.
-O que foi, Jughead?
-É a editora. Querem fechar um contrato.
-AI MEU DEUS! — gritei. — E você diz isso nessa calma? Como que você não está surtando? —peguei o notebook dele para ler o email.
-Eu acho que minha ficha não caiu ainda —ele disse e sentou olhando para mim.
-Trate de fazer ela cair. Isso é incrível. Parabéns —eu disse e lhe dei um beijo.
-Obrigado.
Jughead segurou meu cabelo e puxou para trás, para ter acesso ao meu pescoço. Ele começou a dar beijos e me derreti.
-Sabe o que eu acho? — ele perguntou ainda dando beijos em meu pescoço.
-Hum... —resmunguei.
-Deveríamos comemorar — falou.
-Acho uma ótima ideia.
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Sentença [bughead]
Hayran KurguElizabeth é a garota perfeita. Estudou na melhor universidade, é advogada, só usa roupa de marca e só sai com homens como ela. Jughead é líder de uma gangue, só usa roupas escuras e de couro, só sai com mulheres como ele, que não ligam para dinhei...