As coisas que a patricinha sabe fazer

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Jughead

A pior coisa em ser preso é a solidão. Mesmo que haja outras pessoas na cela com você, você está sozinho. Por ter passado por isso, estou nesse momento na casa de Verônica Lodge, segurando vela para ela e Reggie, Josie e Sweet. Infelizmente, Alison teve que trabalhar. 

Quando eles começaram a se beijar, decidi ir até a cozinha fazer uma pipoca. Graças ao anjos a Elizabeth não veio. Essa mulher me irrita de todas as maneiras possíveis. Não sei como pessoas tão legais como Verônica e Josie são amigas de uma pessoa tão chata e mesquinha. 

O microondas apitou no mesmo momento em que a porta se abriu. As meninas devem ter chamado alguém para me fazer companhia... Elas são muito gentis.

-Aqui está a pipoca.

- O que esse homem está fazendo aqui? / O que essa mulher está fazendo aqui? — eu e ela falamos ao mesmo tempo.

-Essa é minha casa, imbecil.

-Achei que fosse sua, Verônica. — estou revoltado, como eu vim parar na casa dessa infeliz?

-E é. É minha e da Betty. E vocês são muito bem vindos, não é, Betty? 

-Ah, claro! — Betty respondeu cheia de sarcasmo. 

Se essa mulher fosse um homem, já teria levado umas porradas.

Ela subiu e eu me sentei com as pernas apoiadas na mesinha de centro e peguei meu celular para trocar mensagens com Alison. 

Depois de um tempo, Betty desceu com um conjuntinho de dormir, pés no chão e cabelos presos no alto da cabeça. Até que assim ela é bem sexy. 

Que isso, Jughead, tá louco?  Sai de retro, satanás!

Voltei minha atenção ao me celular quando ela desapareceu na cozinha. Após um apito do microondas, ela voltou e sentou-se de costas pra mim, com a bunda bem na minha direção e começou a comer enquanto mexia no celular.

Por que eu não consigo parar de olhar? Eu repugno essa mulher. 

Sei lá o que me deu, fui até ela.

-Sabe, você não deveria andar com essa roupa quando tem visitas.

-A casa é minha, eu ando do jeito que eu quiser. Os incomodados que se mudem. Aliás, não sei nem porque está aqui, está na cara que por mim você não é bem vindo. Eu não te suporto e se você tivesse um pouco de senso nem pisaria aqui —ela disse visivelmente irritada.

-Aí que está, docinho. Eu sei que minha presença aqui te incomoda. E o quanto eu não te suporto não é maior que minha vontade de te irritar. 

-Você é um filho da puta.

-Olha só, a patricinha sabe xingar? Os papais riquinhos sabem que está dizendo essas palavras, Bettyzinha?

-Você se surpreenderia com as coisas que a patricinha aqui sabe fazer.

O QUE?

-O que você quer dizer com isso?

Ela se levantou, botou o prato na pia e quando chegou perto de mim novamente, disse:

-Você nunca saberá, nunca.

Me lançou um olhar desafiador e subiu as escadas. 

Eu fiquei ali, parado tentando entender se ela quis dizer o que eu acho que ela quis dizer. Era só o que me faltava ficar imaginando as coisas que essa mulher faz. 

Ah, eu não suporto essa mulher!

Sentença [bughead]Onde histórias criam vida. Descubra agora