Sentença [bughead]

Mi casa es tu casa

Jughead

Betty saiu cedo para trabalhar, mas não depois de uma rapidinha. Nem nos meus melhores sonhos imaginei que seria tão bom estar com ela de novo. Claro que sempre tive esperança de voltarmos, mas achei que ela ficaria retraída no início e que levaria muito tempo para que conseguíssemos voltar a ser o que éramos. Mas não. Um dia junto e é como se os cinco anos separados não tivessem acontecido.
Antes de Betty sair, combinamos de nos encontrar no bar dos Serpents com nossos amigos para tentar achar um meio de lidar com Penny.

-A gente tem que fechar o cerco de uma vez por todas —disse Toni.

-Mas como? —perguntou Verônica.

-E se alguém for infiltrado? — Cheryl sugeriu.

-Nem pensar, ninguém vai se arriscar por mim —eu disse.

-Jug, essa é a única maneira de descobrir tudo—Betty falou.— Você mesmo disse que ela é esperta. Não vamos achar uma brecha se não estivermos com ela.

-Não, Betty. Nem adianta insistir —repreendi.

-Ok. Eu tenho uns contatos na polícia, vou puxar a ficha dela, tentar descobrir se tem algum imóvel no nome dela, pra gente procurar lá —Archie falou.

- Acho difícil ter algum imóvel no nome dela, mas podemos tentar —eu disse.

-Marca um encontro com ela, Jughead. Assim a gente pode seguir ela —Fangs falou.

-Boa. Vou entrar em contato com ela amanhã. —eu disse e me virei para Betty:—Você vem para casa comigo hoje?

-Awwww eu nem consigo dizer o quanto estou feliz por vocês estarem juntos de novo. Eu sabia que isso ia acontecer —disse Ronnie, fazendo Betty revirar os olhos.

-Vou sim, Jug. Mas tenho que passar em casa antes para pegar algumas coisas.

-Tudo bem —eu disse.— Vamos, então.

Betty se levantou e fui até ela, passei os braços em sua cintura e disse para Archie antes de sair:

-Qualquer coisa me avisa.

Fui com minha moto e Betty no carro dela até sua casa onde ela pegou roupa pra dormir, para o trabalho amanhã e alguns dos seus infinitos cremes e maquiagens. Dessa vez ela deixou o carro e fomos para minha casa de moto.

-Vou direto tomar banho, não aguento mais essa roupa —ela disse já subindo as escadas enquanto eu ia na cozinha pegar uma água.

-Fica a vontade, mi casa es tu casa.

- Que breguice! —ela gritou lá de cima e eu ri.

Esquentei umas sobras de comida que pedi no almoço e deixei na mesa.
Betty desceu alguns minutos depois de camisola vermelha, cabelo amarrado e descalça. A coisa mais sexy do mundo.

-Sobra de almoço? Você é um péssimo anfitrião.

- Você é de casa, não preciso fazer cerimônia.

-Já foi melhor, hein, Jones —ela disse eu ri.—Amanhã vamos fazer umas compras.

-A senhora que manda.

-Eu sei—ela sorriu e me deu um selinho antes de sentar ao meu lado na mesa da cozinha. —Jug, acho que você deveria mesmo reconsiderar que alguém vá como infiltrado, eu poderia fazer isso.

-Não, de jeito nenhum. Ainda mais você. Eu não posso lidar nem com ideia de algo acontecendo com você por minha causa.

-Jug...

-Não, assunto encerrado —levantei da cadeira. —Vou tomar banho.

Quando sai do banho só de cueca, Betty estava na cama olhando para as mãos.

-Desculpa pela maneira que falei, Betts. Não queria ser grosseiro. Mas eu não quero que nada aconteça com você. Não suportaria.

-Tudo bem.

Posicionei-me sobre ela e dei vários selinhos em seu rosto.

-Me perdoa? Eu te amo.

Ela olhou em meus olhos por alguns segundos antes de responder.

-Claro que sim. Amo você —e me beijou.