Olha só quem temos aqui

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Elizabeth

Jughead subiu quando eu já havia terminado o banho, ele entrou no banheiro logo em seguida. Assim que o chuveiro foi ligado, corri para o andar de baixo, onde ele tinha deixado seu celular. Encontrei-o na mesinha de centro. Desbloqueei e vi que tinha uma mensagem não lida de Archie, a mesma que Verônica tinha me enviado. Apaguei e voltei para o quarto. Depois de alguns minutos, ele saiu com um short. Sua calça, camisa e jaqueta preta estavam jogados na minha poltrona.

-Você invade minha casa e ainda trás roupa para ficar. Muito abusado mesmo —eu disse.

-Fazer o que se não consigo ficar uma noite longe de você.

-Você ainda está longe, pode vir para cama e ficar agarradinho comigo agora.

-Claro, patricinha.

Ele deitou ao meu lado e me abraçou.

-Sabe, sei que a gente não voltou não tem nem uma semana, mas a gente já perdeu tanto tempo, né? —ele disse depois de alguns minutos de silêncio.

-O que você quer dizer com isso, Jughead Jones? —perguntei.

-Quero que a gente vá morar junto. Quando tudo isso se resolver. Estou confiante que vou conseguir algo quando Archie me enviar o endereço dela.

-Você quer morar comigo? Com a patricinha? Ora, ora. —eu disse apoiando o queixo em seu peito para poder olha-lo.

-Eu quero morar com a mulher que eu amo. A mulher que adora uma roupa cara, perfumes caros, que é um tanto histérica e muito fresca. Mas a mulher que é gentil, inteligente, amiga e faz de tudo pelas pessoas que ama. Então, topa?

-Claro que sim. Topo muito. —digo sorrindo e o beijo.

Na manhã seguinte, aluguei um carro, pois não queria correr o risco da Penny rastrear a placa quando eu fosse embora. Depois de horas na estrada, cheguei ao pet shop, numa área bem barra pesada. Óbvio que era só de fachada. Respirei fundo para criar coragem e entrei.

-Em que posso ajudar? —disse um garoto atrás do balcão.

-Vim falar com a Penny. Sei que ela está nos fundos.

-Hum, eu... eu preciso ver se ela quer receber você. Qual seu nome? —ele perguntou nervoso.

-Elizabeth Cooper. Diz que sou ex-namorada do Jughead Jones.

Ele assentiu e usou o telefone que estava no balcão para falar que eu estava aqui.

-Você pode entrar. Só ir até o final do correr e descer as escadas. Ela está esperando —ele disse destrancando a porta.

Antes de eu entrar, virei-me para aquele garoto.

-Quantos anos você tem? —perguntei.

-Quatorze.

Assenti e passei pela porta. Interessante, além de produção e venda de drogas, Penny utilizava trabalho infantil.

O corredor não era longo, mas muito estreito e fedido. O porão abaixo não era muito melhor.

-Olha só quem temos aqui —disse Penny.—Estava mesmo me perguntando quanto tempo alguém da ganguezinha do Jones iria levar para me procurar.

-Não sou da gangue dele. Como eu disse para a criança ali em cima, sou ex namorada dele. Ele mentiu para mim, quase me fez perder o emprego que tanto lutei para ter, perdi um bebê por causa dele. Quero me vingar. Quero me aliar a você —eu disse com firmeza.

-Ah, agora me lembrei de você. A juíza... Me perdoe não lembrar imediatamente, mas como você sabe, Jughead sempre teve muitas namoradas.

Fiquei quieta.

-Não seria nada mal ter alguém que pode nos livrar de ir em cana sempre—ela disse e eu me animei. —Mas sabe, Elizabeth, né? Vocês precisam ser mais inteligentes.

-O que você quer dizer? —perguntei.

-Você conhece meu amigo Talboy? —ela disse e fez sinal para que um homem alto e barbudo entrasse.—Talboy é um Serpent.

-Como? —perguntei sem querer acreditar naquilo.

-Isso mesmo, lindinha. Amarra ela —ela disse para o homem.

Antes que eu pudesse pensar, o homem me segurou e me amarrou em uma cadeira.

-Bom, vou contar uma historinha. Talboy sempre foi contra o FP se tornar o Rei. E foi mais contra ainda que seu filho idiota fosse seu sucessor. E eu... bom, você sabe que eu queria aquele território. Então nos aliamos. Plantamos as drogas para culpar o FP, mas o bastardo assumiu a culpa. Quer saber como eu sei que você está mentindo sobre ser minha aliada? Talboy implantou uma escuta no bar. Ouvimos quando seus amigos idiotas deram a ideia de alguém se infiltrar. Escutamos sua voz lá, Betty. E sabíamos que alguém ia acabar não obedecendo a ordem daquele idiota. Por isso, vamos matar você. A preciosidade do Jones. Talboy, a faca.

-Você não vai sair dessa —eu disse.

-Ah é? —ela disse, fazendo um corte em meu braço. —E quem vai vir te salvar?

-Eu—olhei na direção da escada e vi Jughead.

Sentença [bughead]Onde histórias criam vida. Descubra agora