Sentença [bughead]

O julgamento - I

Olha quem voltou! Gente, perdão o desaparecimento. Final de ano sabe como é. Mas agora que estou de férias, estarei mais presente. Li todos os comentários deixados no capítulo anterior, e este capítulo é a confirmação, vocês estavam certas. Continuem comentando e votando. Beijão 💖

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Jughead

Betty havia ido embora durante a madrugada alegando que hoje seria um grande dia no trabalho. E foi até melhor assim, visto que também seria um grande dia para mim. Não que isso significasse que seria um dia bom.
Levantei-me, fiz minha higiene matinal e tomei um banho. O julgamento seria logo cedo, tomei um café reforçado(mesmo sem fome alguma) pois não sabia quantas horas duraria. Optei por não ir de moto e combinei com meu advogado de passar aqui e irmos juntos enquanto discutíamos tudo.

Na hora marcada ele chegou e fomos repassando todas as coisas necessárias, como o que dizer, o que não dizer, ele me explicou como havia orientado as testemunhas de defesa e que soube que o juíz que estava no caso havia adoecido e por isso uma juíza havia assumido. Pelo o que ele disse, esse seria o primeiro caso dela e  que isso poderia ser tão bom quanto ruim. Bom, descobriríamos na hora.

Chegando ao tribunal, vi meus amigos de longe mas logo tive que entrar em uma sala e não vi mais ninguém.
Enquanto esperava, só Betty me passava na cabeça. Se eu fosse condenado, será que ela viria me visitar? Ela acreditaria em mim? São tantas perguntas... Me sinto um idiota por não ter explicado a ela antes, talvez assim ela acreditaria em mim. Mas sim, sou um covarde.
Minha força será pensar em todos os poucos momentos que passei com ela até aqui, vou me agarrar a ideia de que ela me perdoará, me esperará e que viveremos nosso amor quando eu sair. E se eu for inocentado, contarei tudo a ela, explicarei que não contei antes por medo de prejudicar sua carreira e ficaremos juntos até que a gente envelheça.

-Jughead,—o advogado chamou-me, despertando-me de meus pensamentos — está na hora.

Então, é isso. Alisei o terno e caminhei para dentro da sala onde seria o julgamento. Avistei alguns amigos Serpents sentados. Outros seriam testemunhas. Sentei-me no lugar reservado a mim ao lado do meu advogado, lamentando por não ter conseguido nenhuma prova que acusasse Penny e me inocentasse.

Uma porta lateral se abriu e um segurança avisou da presença da meritíssima.
Quando voltei meu olhar para a mulher que subia, não pude acreditar. Era Betty. No instante em que seu olhar encontrou o meu, tudo parou. O olhar de Betty era puro espanto, e entendo perfeitamente, o meu não devia estar tão diferente. Ficamos nos encarando por longos minutos, até que ela começou a ficar muito pálida.
Susurrei seu nome tão baixo que nem mesmo eu ouvi. E então os olhos dela se fecharam e ela caiu.

-BETTY! — tentei correr até ela. — BETTY!
Meu advogado, segurou-me, impedindo que eu passasse.

-Eu preciso falar com ela.

-Você não pode, Forsythe. Ela é a juíza, você até segunda ordem é um criminoso. Não pode ter envolvimento com ela —ele disse.

Observei enquanto Betty era carregada para fora da sala e me senti impotente por não poder fazer nada.

-Por favor, Forsythe. Sente-se. Vamos aguardar. Não queremos complicar as coisas para você, nem para ela.

Assenti.

-Como conhece a Meritíssima?

-Ela é minha namorada.

-Perdão?

-Ela é minha namorada. Estamos juntos há uma semana. Eu não sabia que ela iria julgar meu caso e ela não sabia do meu processo. Tinha esperança de resolver tudo isso antes de contar pra ela.

-E ela não descobriu nem quando viu seu nome?

-Ela me conhece como Jughead. Todo mundo me chama assim.

Antes que ele pudesse responder, vieram nos avisar que o julgamento foi adiado e para aguardarmos novas informações.

Praticamente saí correndo da sala e fui em direção ao corredor, onde encontrei Cheryl, Archie e Toni.

-Cadê ela? —perguntei.

-Foi levada para o hospital. Ligamos para a Veronica também—Cheryl respondeu.

-Que hospital?

-Jughead, não acho que seja uma boa ide...

-QUE HOSPITAL?

-Vamos, eu levo você—Archie respondeu.