Eu esqueci minha jaqueta

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Jughead

Eu queria que a Betty ficasse aqui. Ela é tão linda, tão sexy, tão divertida e inteligente... Mas isso não daria certo. Ela continua sendo uma patricinha mimada que me irrita com suas futilidades. Se ela soubesse que eu estava preso e que posso ser condenado, com certeza me julgaria e não acreditaria em minha inocência. Por tanto, é melhor parar com isso por aqui, enquanto é só desejo, antes que o coração entre nessa guerra. Vou ficar longe dela, ao menos tentar.

Naquela noite não quis fazer nada com a Alison. Apenas dormimos abraçados. Eu não sou um canalha, eu não transaria com ela enquanto na verdade era outra pessoa que estava em minha mente.

No dia seguinte, Sweet e Reggie foram novamente a casa de Verônica e Betty e eu fui junto. Ignorei, rápido demais, a minha tentativa de ficar longe dela.

Quando Josie abriu a porta, deu um selinho em Sweet e abriu passagem para mim e Reggie.

Betty e Verônica estavam jogadas no sofá com um pote de sorvete. Betty pareceu surpresa em me ver lá. Nossos olhos cruzaram-se mas ela logo desviou.

-Eai, Ronnie! —cumprimentei. —Oi, Elizabeth.

Ela me encarou. Parece estar... furiosa? Decepcionada? Não sei.

-Oi.—respondeu seca e levantou-se.

-Onde vai, Betty?—Ronnie perguntou enquanto ela subia as escadas.

-Sair.—respondeu enquanto sumia no corredor do andar de cima.

Minutos depois ela desceu com um vestido e sandálias. Está fofa.

-Tchau. —Ela disse sem nos dar tempo de resposta e bateu a porta.

Ficar sem ela aqui era totalmente chato. Eu fico segurando vela.

Depois de torturante horas, a porta da frente se abre e a animação brota em mim novamente, mas logo desaparece quando atrás dela entra o engomadinho.

-Ezra! Oi! —Josie o cumprimentou.

-Olá! Bom ver vocês de novo.

-A gente vai ficar lá em cima. —Betty disse segurando a mão dele, o levando.

Me arrependi amargamente de ter vindo até aqui. Alguns minutos depois, meu celular começou a tocar:

-Cheryl?

- Jughead, a Penny pegou a Toni —a ruiva disse soluçando.

-Como assim?

-A gente viu umas coisas suspeitas e a Toni entrou quando achou que não tinha ninguém lá, pra tirar umas fotos, mas era uma armadilha.

-Calma. Estamos indo.

Desliguei.

-O que houve, Jughead? —Reggie perguntou.

-Penny. Temos que ir. Agora. Tchau, meninas.

Sai da casa sendo seguido por Reggie e Sweet.

Chegamos ao galpão de Penny e entrei, sem nem me importar se ela estava ali ou não.

-Ora, ora, ora... Nosso convidado de honra chegou. Jughead Jones, que prazer reve-lo. —Penny disse.

-Cala a boca, vagabunda. Cadê a Toni?

-Calminha aí! Eu não vou fazer nada com ela não. Ela era só uma isca pra você ver que não estou de brincadeira, Jones. Eu sei que você e seus Serpents de merda andam me espionando. Então, parem. Ou serei obrigada a machucar algum dos seus de verdade.—Ela disse enquanto girava uma faca na mão. —Chic, solta a garota.

-Você ainda vai pagar por tudo isso, escuta o que estou te falando.

-Nossa, você pretende fazer isso da cadeia?

Quando avancei na direção dela, Reggie e Sweet me seguraram.

-É isso que ela quer, Jughead. Um vacilo e você volta pra cadeira. —Sweet disse.

-Vamos embora daqui antes que eu me descontrole.

Merda! Esqueci minha jaqueta na casa da Verônica.

-Podem ir, vou passar na casa da Verônica pra pegar minha jaqueta.

Minutos depois já estava eu, novamente, na frente dessa casa. Bati na porta e Verônica abriu.

-Jughead?

-Eu esqueci minha jaqueta.

-Ah é! Entra, tá lá no balcão da cozinha.

Entrei e fiz o trajeto já conhecido até a cozinha. Quando voltava, já com a jaqueta, vejo Betty e Ezra descendo as escadas aos risos. Ela com um roupão e ele apenas de bermuda. Qualquer um que olhasse aquela cena sabia o que havia acontecido. Uma surpreendente raiva surgiu em mim ao ver aquela cena. Betty realmente não me suporta e aqueles beijos não significaram nada pra ela. Ela prefere o mauricinho. Óbvio.

Ao me ver ali, Betty travou. Ficou paralisada no último degrau, me encarando.

Quando Ezra tocou seu ombro, ela despertou. Pediu licença e foi até a cozinha, seguida por ele.

Eu agradeci a Verônica e fui embora.

Sentença [bughead]Onde histórias criam vida. Descubra agora