Amy esperava educadamente à porta. Bem mandada, como um cão. Pego nuns calções e desapareço do quarto, não querendo incomodar mais.
Eu não sei lidar com pessoas, nem quero aprender porque, de facto, só fazem merda. Não sei ao certo o porquê de sentir o meu estômago às voltas. Sinto-me mal comigo mesma. E – como sempre – eu quero bater no Harry e na Amy. Eu quero mesmo. Eu quero que eles sofram por me estarem a deixar assim… sei lá como.
Caminhei até o único sítio onde me sinto bem, por incrível que pareça esta praia acalma-me. É como se fizesse magia, tal como o Harry faz para abrir a porta ou até mesmo a gaveta da cozinha que contém preservativos!
Deixei-me cair fortemente com as costas na areia e soltei um grande suspiro, não sei o que pensar, nem sei se consigo pensar. O meu cérebro está cansado, eu estou cansada e, se pudesse, eu ia-me já embora. Deixava isto tudo sem pensar duas vezes. A minha vida era muito mais fácil quando o bebé era o único no meu coração, eu deitava-me nele, eu tratava bem dele – vocês não compreendem! – mas agora eu tenho mais pessoas no coração, eu tenho a Anna, eu tenho o Peter… eu tenho o Harry na cabeça, eu não consigo deixar de pensar o quão idiota ele é.
Quero fazer uma lavagem ao cérebro, pago quanto for preciso a quem me fizer.
Acabei por adormecer ali mesmo, deitada na areia sujeita a ser levada para outro mundo – é o que quero neste preciso momento, admito.
Algo com o cheiro a bacon bate na minha cara com força.
“Bacon!” A minha voz sai em gemido. Ouço uma gargalhada um tanto familiar que me faz abrir os olhos para verificar se realmente não estava a sonhar.
O moreno de olhos verdes está sentado ao meu lado a gargalhar. Como é que ele se atreve a vir-me chatear? Ele sabe que não vai sair daqui vivo.
“O que é que estás aqui a fazer?” Perguntei claramente arreliada.
“Pensei que estivesses com fome.” Deu-me um copo com coca-cola. “E bem, podemos almoçar os dois, aqui.”
Ele está a subornar-me? Ele trouxe-me coca-cola, ele merecia um grande abraço se eu fosse uma pessoa normal, mas bem… eu quero que ele se foda. Quero devorar o meu hambúrguer com bacon e beber a minha coca-cola até deitar gás pelos olhos.
“Não te quero por perto, Harry.” Digo encarando o mar.
“Mas porquê?” Sinto os olhos dele a queimar-me, mas não o vou olhar e cair na tentação de lhe partir o focinho. “Eu não te compreendo!” Acrescenta.
“Porque tu sabes que eu não gosto desta proximidade, tu sabes que eu tenho problemas com isto!” Encaro o moreno. “E, para além disso, tu fazes-me mal…” acabo o meu desabafo.
Mas eu já estou outra vez a falar com ele como se nada fosse? O que é que se passa comigo?
“Estou a entender…” dá uma trinca no seu hambúrguer.
Decidi não continuar com a conversa porque iria acabar a fugir, eu sou assim. Se pudesse escondia-me do mundo. Devorei o almoço que o rapaz me trouxe e senti-me um balão de ar quente. Senti-me no meu mundo, é estranho como este rapaz me faz sentir bem.
“Vem comigo ao mar!” Harry olha-me de soslaio.
“Estás parvo? Não vou contigo a lado nenhum. Eu odeio-te.”
“Karma…”
“Harry…”
Saudades deste joguinho dos nomes?
O rapaz suspirou e arrastou-me pela areia.
“Okay Harry, para! Ganhaste!” o moreno larga-me e num movimento rápido pega-me ao colo.
Corre pela areia e só para quando está já dentro de água, deixando-me cair.
Senti-me um peixe dentro de água, mergulhei como uma tartaruga e nadei como uma baleia. Mais uma vez eu estou feliz e, ao mesmo tempo, chateada com o Harry.
“Ficas tão sexy de t-shirt molhada, cabelo rosa.” Harry diz.
“Não te dei permissão para esse tipo de confiança!” encaro-o e ele bate-me levemente na testa, para me defender bati-lhe no peito.
A minha mão bateu nos seus abdominais e – de alguma forma divina – ficou lá, senti o calor do corpo de Harry a embater no meu, deixando-me arrepiada. O moreno aproximou-se mais de mim e a minha mão explorou os seus abdominais como se eu estivesse a mexer num dinossauro super surpreendida – sim o meu sonho é mexer num dinossauro. A sua mão acaricia a minha bochecha e eu sinto uma dose de adrenalina a correr pelas minhas veias, algo me faz querer beijá-lo. Passo novamente a mão pelo seu esbelto corpo.
“Karma, o que queres?” Fala devagar com a sua voz mais rouca do que a do costume e com os seus dedos levanta a minha cara para o encarar.
Eu sei lá o que quero caralho! Tu és o único rapaz que beijei e que me aproximei, não percebes que eu não sei o que quero?!
De alguma maneira ele faz-me sentir uma adrenalina estranha, faz os meus lábios desejarem os seus quando estou mais vulnerável, isto é tão péssimo.
“Eu… bem… eu não sei…” encaro novamente o chão. “ Talvez eu queira…” paro para ganhar coragem, mas em vez disso as minhas bochechas tornam-se num vermelho profundo.
“Tu queres?” Ele incentiva carinhosamente.
“Eu acho que te quero… bem… beijar…” sorrio nervosamente.
Ele sorri de soslaio e faz o meu coração aumentar o ritmo. EU QUERO ENTERRAR-ME VIVA!
“Não Karma, isso não vai acontecer…” passa os dedos levemente pelos meus lábios.
OK A KARMA FOI REJEITADA! AI O QUÊ! QUE PUTA DE HARRY!!!
sei que não devem estar a perceber nada e também sei que este capítulo está uma merda! DESCULPEM...
alguma vez pensaram que o Harry iria rejeitar a Karma? estou revoltada com o mundo!
pronto é isto, a Karma vai voltar a ser fria, tadinha.
VOTEM E COMENTEM É MUITO IMPORTANTE PARA MIM GENTE, MESMO MUITO!
odeio este capítulo mas ok, espero que gostem! LOVE YOUUUU
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KARMA »h.s.
FanfictionA descoberta do amor pode mudar as pessoas. E foi isso que aconteceu com Karma, após ter conhecido Harry. Uma típica rapariga fria que descobre sentimentos ocultos na escuridão do seu pequeno e congelado coração, que vive momentos inesquecíveis num...