Retiro os braços do seu pescoço e encaro o chão, pronta para ir embora. Arrependimento, eu sabia que ias chegar, mesmo que eu não preciso de ti. Sê bem-vindo. Movo os pés lentamente e apronto-me para abandonar o moreno. Eu quero fugir mais uma vez, não quero ter de explicar o porquê de lhe ter dito que tenho saudades dele porque, tal como ele, eu não sei. Não quero ter que levar com a responsabilidade das minhas palavras.
“Onde pensas que vais?” A sua voz congela-me. Mesmo estando de costas para ele eu sei perfeitamente que a sua expressão está confusa, consigo sentir isso na sua voz e, ao fim deste longo mês e duas semanas, posso dizer que o conheço minimamente?
“V-Vou…” tento arranjar uma desculpa enquanto me viro para encarar o rapaz alto. “Bem, eu vou…” os meus olhos caem no bar. “Eu vou ao bar!”
“Estás bem?” Examina-me detalhadamente com a sua sobrancelha franzida. “Pareces estranhamente envergonhada!” Ele deixa escapar um leve riso.
Cruzo os braços no peito e bufo. Porra, vais parar de te rir de mim? Eu não acho graça, idiota.
“Harry…” bufo lentamente. “Disse para não te rires mais, pelo menos de mim.” Estou extremamente arreliada pela figura de estúpida que estou a fazer.
“Ficas tão adorável quando me falas assim…” Harry aproxima-se de mim e deposita um beijo na minha bochecha.
Primeiro goza comigo, depois pensa que pode dar-me beijos nas minhas queridas e adoráveis bochechas.
“Vai-te foder!” O meu dedo do meio ergue-se sozinho – é um hábito que ele tem.
Deixo Harry com um irritante sorriso no rosto – ele hoje não para de rir e eu não sou muito boa a conter a minha raiva, se continuar assim sei que vou acabar a arrancar-lhe a cabeça! – e ando pausadamente até ao bar. Odeio saltos altos, é como se andasse numas andolas e me precisasse de equilibrar.
Um bonito rapaz loiro e simpático sorria-me do outro lado do balcão.
“Boa tarde, o que deseja?” sorri simpaticamente.
“Hmm, o que me aconselhas?”
“Vou ser sincero, eu olho para si-“
“Tu!” interrompo-o.
“Olho para… ti! E acho que te identificas exatamente com um sumo de laranja natural!”
“Acertaste em cheio, mas hoje preferia antes uma bebida alcoólica!” rio um pouco com a sua cara de surpresa.
Ele é realmente bonito e parece já me conhecer há anos. Não sei ao certo o porquê de querer continuar a falar com ele, mas quero. Quero beber até esquecer o que acabara de dizer ao moreno de caracóis. O meu peito dói ao recordar o seu amável sorriso a encarar os meus olhos. Não quero que isto avance ou eu vou acabar por ficar doida. Quero esquecer tudo.
“Wow! Acho que talvez gostes de vodka preta?” Morde o seu lábio devagar, num ato extremamente sexy, deixando as minhas bochechas num tom rosa.
Um perfume familiar – demais até - invade as minhas narinas. Harry. Olho-o tentando perceber o porquê de ele estar aqui. Se é para se rir de mim pode ir embora. Coloca o seu braço em volta da minha cintura, tento encontrar resposta para este ato nos seus olhos, mas ele simplesmente desvia o olhar para o balcão, onde já estava o meu copo com vodka lá dentro.
“Precisamos de falar.” Harry diz secamente.
“Agora estou ocupada, Harry. Não pode ficar para depois?” Levo a palheta preta à boca e sugo o líquido que se encontra dentro do copo. Doce e refrescante, o que eu precisava mesmo.
“Eu disse que precisamos de falar e se o disse talvez, mas só talvez, é porque necessito que seja agora!” ironia está presente na sua voz. Mas quem é que pensa que ele é para primeiro: ESTAR-ME A AGARRAR; segundo: PENSAR QUE MANDA EM MIM?
“Tudo bem, mas de certeza que podemos falar sobre isso mais tarde.” Bebo outro gole e as suas mãos largam a minha cintura, choramingo com a falta do seu toque.
“Eu não quero arranjar problemas, é melhor ires.” O barman tenta acalmar os ânimos.
“Okay, tudo bem… eu vou! Espero ver-te por aí…” mudo a minha expressão facial para que perceba o que lhe quero perguntar.
“Richard.” Sorri.
“Karma.” Correspondo. “Vemo-nos por aí.” Volto-me para Harry. “Vamos?”
Sigo Harry para dentro da mansão dos Angel. Wow! Porque é que eu simplesmente não posso viver aqui? A minha vida seria tão melhor, mas claro o bebé tinha de vir também!
Assim que os meus olhos caem na televisão, preparo para dar às minhas perninhas e ir liga-la mas o idiota do Harry prende-me o pulso não me deixando alcançar os meus sonhos. Destruidor de sonhos.
“Ah, pois… vínhamos falar.” Sorrio nervosamente assim que encaro a sua floresta verde. “Desembucha!” Harry larga o meu pulso e vira-me as costas. Foi para isto que ele me chamou? “Diz lá o que queres!”
“Não quero nada.” Fala sereno e com as mãos nos seus bolsos, ainda de costas para mim.
Deve estar a tentar levar-me ao limite. Só pode.
“Foi para isto que me chamaste?” Questiono impaciente.
“Fiz-te um favor, ele estava-te a comer com os olhos!”
“Só podes estar a brincar comigo…”
Mas que caralho de pancada lhe está a dar?
“Oh.” Limita-se a responder.
Wow, ele está mesmo a gozar comigo. Isto não dá para mim, simplesmente não dá. Se ele quer brincar que brinque com a pilinha.
“Não percebo qual é o teu problema, a sério! Deves ter distúrbios mentais!” Cuspo. “Foda-se ao menos quando estás a falar comigo, vira-te para mim.” Acrescento.
Volta-se para mim ainda com as mãos nos bolsos. Ele está todo pandeleirinho do cérebro.
“Karma, não vás lá para fora.”
“Porquê?” pergunto enquanto tento decifrar o que os seus olhos me querem dizer.
EIA CARAPAU, ESTE CASAMENTO TEM MUITO QUE SE LHE DIGA!
A karma conseguiu falar com um rapaz novo, aíiii!!!!
O QUE ACHAM QUE VAI ACONTECER? ACHAM QUE O HARRY ESTÁ COM CIUMES? EU TENHO A CERTEZA. ok não devia ter dito isto
(eu ando desanimada com esta fic porque não tenho comentários, não sei se estão a gostar, o que deva melhorar... eu simplesmente não sei de nada... oh isto é desgastante!)
beijos, love yaaa.
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KARMA »h.s.
ФанфикA descoberta do amor pode mudar as pessoas. E foi isso que aconteceu com Karma, após ter conhecido Harry. Uma típica rapariga fria que descobre sentimentos ocultos na escuridão do seu pequeno e congelado coração, que vive momentos inesquecíveis num...