Num dia normal eu devoraria esta caganita no prato, como diz o lastimável meu pai, mas hoje não é um dia normal. Bem, não deixa de ser um dia normal… mas é um dia diferente. Sinto o Harry diferente comigo, já me olha, já sorri, já goza comigo.
Deixo cair o garfo no prato quando sinto uma perna roçar na minha, sedutoramente. Os meus olhos caem na figura maternal à minha frente e um raio de raiva me atinge. Ela está a tentar seduzir o Harry? A sua perna move-se rapidamente assim que se apercebe que não atingiu o alvo certo e, muito sinceramente, eu temo o que ela possa estar a fazer agora. Harry parece estar neutro, sem qualquer tipo de emoção, mas a verdade é que os seus olhos contêm um brilho radiante. E por muito que me custe, eu conheço esse olhar. O seu olhar cai em mim por segundos, o mesmo olhar com que me olhava quando estávamos por cima das mantas, na casa da árvore. O seu olhar repleto de desejo, faz o meu coração apertar. Eu acho que ele se partiu. Uma estranha vontade de vomitar absorve-se pelas minhas entranhas.
“Está tudo bem, Karma?” Anna pergunta, claramente, preocupada. Aceno que não com a cabeça, pois se falar sai-me tudo o que comi pela boca. “Estás tão pálida. Queres vomitar?”
Ainda consigo ver Harry a olhar-me preocupado e, o seu olhar, ainda me faz ficar mais indisposta. Levanto-me rapidamente da cadeira e corro para a casa de banho, desta vez feminina. Ouço uns pesados passos atrás de mim. Só tive tempo de me ajoelhar e depositar toda a raiva e angustia cá para fora. As suas mãos extremamente suaves seguram o meu cabelo rosa, impedindo-o de ficar com o desagradável cheiro a vomitado.
“Porque estás aqui?” Pergunto a chorar.
Pareço patética – como sempre. Uma nova fisgada percorre o meu estômago. Volto novamente a expulsar o resto de comida que se encontrava no meu estômago. Fico por minutos cuspir o líquido horrível que se entranha na minha boca.
“Querias que estivesse onde?” Pergunta parecendo óbvio.
Levanto-me e abandono a pequena cabine. Já no lavatório, lavo a boca vezes sem conta para que o horrendo sabor desapareça. Na minha cara estão pequenas lágrimas.
Eu não compreendo, há pouco estava na casa de banho masculina a tentar falar com ele, agora estamos os dois na casa de banho feminina. Eu não sei o que ele tem em mente, eu nem sei se ele me quer da mesma forma que o quero. Ele parece brincar com os meus sentimentos. Numa altura não quer saber de mim, mas no minuto a seguir preocupa-se mais que a minha própria progenitora que nem se deu ao trabalho de ter uma conversa civilizada com a sua filha, nem veio ver como estou. Não preciso dela, não mesmo. Eu preciso dele. Preciso dele longe dela.
“Sempre pensei que fosses ficar a desfrutar do belo jantar.” Respondo enquanto limpo a minha cara.
Harry caminha até onde estou a limpar as mãos e encosta a sua cabeça ao suporte que sustem todos os papéis. Ele parece mirar-me, tão calmamente, tão amavelmente. Às vezes ele parece um anjo.
“Que se passou? A comida não te caiu bem?” tenta perceber o porquê do sucedido.
“O comer caiu-me bem, a merda das atitudes é que não.”
Ele suspira pesadamente e passa as mãos pela sua cara desesperadamente. Estou farta destes jogos, farta destas atitudes, farta de me um boneco nas suas mãos. Já estou farta de tudo e ainda não temos nada. Não creio que isto algum dia vá resultar. Eu estou a ficar desgastada e isso nunca me aconteceu. Talvez eu não tenha sido feita para amar alguém, ou para o amar.
“Não percebi.” Tenta proferir inocentemente.
“Tretas!” berro, literalmente. “ Ela tocou na minha perna por engano, porra. Eu vi! Eu vi o brilho dos teus olhos, eles exprimiam desejo.” Fungo. As lágrimas a formarem-se nos meus olhos fazem-me ter que encarar o teto para que não caiam. “Tu quere-la!” olho novamente para ele.
Agarra levemente o meu pulso e puxa-me para o seu peito. Desta vez não vou ceder, não vou mesmo. Estou demasiado magoada para tal. Eu só quero voltar para Londres o mais rápido possível, tenho de me informar sobre isso.
“Estás a fazer um filme, babe.”
“Não me chames babe.” Peço calmamente. “Não estou a fazer filme nenhum, estou a constatar factos, amor.” Digo friamente, soltando-me do seu toque a seguir.
POV HARRY STYLES
Esta rapariga dá cabo de mim. Como é que ela pode pensar que eu a trocaria pela sua mãe? A verdade é que Ci é bastante sensual. Mas nada que chegue a Karma. Custa-me saber que ela pensa assim sobre mim, eu sempre pensei que ela me conhecesse melhor. Eu disse-lhe, eu disse-lhe que estava caídinho por ela, eu pedi-lhe para ela ficar comigo no casamento e eu estava a morrer de ciúmes. Como ela pode pensar que eu não a quero? Ou que «o brilho dos meus olhos» não seja por desejá-la tanto?
Ciara dança feita louca contra a minha intimidade, ela consegue ser bem sexy. Karma não me sai da cabeça, mas também não sou de ferro. Ciara encara-me e sobre as suas mãos sedutoramente pelo meu peito, parando no meu pescoço onde as descansa. Ela aproxima-se cada vez mais e o seu rosto está perigosamente perto do meu.
Karma aparece como um tornado. Vira a sua bebida por cima da sua mãe e empurra-a para longe de mim. Nunca pensei ver isto na minha vida, mas a rapariga do cabelo rosa está passada. Ela puxa os cabelos à sua mãe enquanto berra “cabra”. Uma multidão começa a juntar-se enquanto ela quase arranca os cabelos da sua progenitora. Corro para as separar, mas não adianta de nada.
Não reli portanto sorry pelos errozitos possíveis.
eu demorei imenso tempo a publicar e não está nada do que pretendia, mas hoje já é o segundo ataque de ansiedade que tenho, mas queria mesmo publicar portanto aqui está
ATUALIZEIEIEIEIEIEI
e houve PORRADA! A TÃO MERECIDA PORRADA!!!
isto está realmente uma POR-CA-RIA. desculpem por isso
ando desanimada como a porra
MASSSSSSSSSS ADORO-VOS
happy catraia
VOCÊ ESTÁ LENDO
KARMA »h.s.
FanfictionA descoberta do amor pode mudar as pessoas. E foi isso que aconteceu com Karma, após ter conhecido Harry. Uma típica rapariga fria que descobre sentimentos ocultos na escuridão do seu pequeno e congelado coração, que vive momentos inesquecíveis num...