Capítulo 29 - Silêncio

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 [Nota de autora importante no final!]

Os braços musculados de Harry apertam-me fortemente contra o seu peito, a sua força não permite que o meu corpo entre em contacto com o chão. Por muito que queira o seu corpo junto ao meu eu estou-lhe com um ódio. Um ódio imenso. Ele ia permitir que ela o beijasse? Que a minha mãe o beijasse? Ele queria? O meu coração parece parar assim que penso na probabilidade de ele o querer. É provável que ambos se desejem e que eu apenas seja uma adolescente iludida. Sinto a minha respiração acalmar e a vontade arrancar os cabelos à minha mãe a aumentar, mas algo me impede de o fazer. Talvez o bom senso, algo que a minha progenitora não tem.

  Sinto os meus pés levemente a tocarem no chão e a força que o moreno exercia em mim a diminuir. Ele beija inúmeras vezes a minha cabeça e murmura uns quantos “calma”. Estou incrivelmente calma, pois o que me paira na mente são as imensas probabilidades de o perder, dele a querer, dele me deixar.

  Encosto a minha cabeça no seu peito e os seus braços rodeiam o meu corpo. Fecho os olhos e ignoro o mundo. Ignoro o facto de Harry mandar a minha mãe ir embora, ignoro também sua resposta com a morada do Hotel à qual Harry respondeu com um simples “Depois vou lá ter.” Eu podia até estar a dramatizar o momento e a questionar-me sobre o sucedido, mas prefiro fechar os olhos, inalar o seu cheiro, agarrar com força o seu corpo e pensar que o vou ter para sempre.

“O que é que foi isto?” Harry pergunta baixo.

“Cala-te.” Peço. “Não estragues o momento.”

  Um sorriso envergonhado solta-se dos seus lábios. Ele aperta-me ainda mais contra si e ali ficamos agarrados. Sem falas, sem pressas, sem interrupções, apenas com um silêncio falador e batimentos cardíacos desleixados.

  Harry afasta-se lentamente, fazendo-me abrir os olhos. Olá de novo, realidade. O meu coração começa a doer com a possibilidade de ter sido a ultima vez que senti o seu cheiro e o seu toque. Ele não pode deixar-me e eu não o posso obrigar a ficar.

“Vou dormir no hotel.” Harry informa, fazendo o meu coração afundar-se. “Vamos tirar a noite para pensar no que queremos e no que vamos fazer com isto.” Termina.

“Espero que a tua estratégia resulte.” Falo sinceramente.

“Falamos amanhã.” Deposita um beijo bem no canto do meu lábio e o meu coração dá sinais de vida.

  Vejo ir-se embora, ele é tão atraente. As suas calças pretas assentam-lhe na perfeição, o seu corpo esbelto faz-me desejá-lo tanto, os seus lábios rosados são água que eu quero beber e, ao vê-lo desaparecer ao longo do areal, eu apercebi-me do quão apaixonada estou.

  Já em casa, a minha cabeça parece não querer pensar. O meu corpo sente saudades dele. Encho pela segunda vez o copo com água na esperança de me fazer ter sono. Caminho até ao telemóvel de Anna que se encontra em cima da bancada e digito o seu número. Volto a sentar-me no frágil banco de madeira e bebo a água de uma vez, uma forte ansiedade cresce dentro de mim e sinto-me a desesperar. A desesperar tanto.

Ligo ou não ligo? É a questão.

  Vou contra as minhas regras e, sem pensar muito, clico no telefonezinho verde. Aqui estou eu a cometer um dos maiores crimes, amar.

 Não me matem pela demora nem pelo tamanho do capítulozinho! 

isto ficou demasiado gay para a Karma, eu não sei. A história está a tornar-se a real bosta e talvez... cliché? ... era algo que não queria nada, peço desculpa por isso. 

estou desiludida comigo oh

não faço ideia de quanto capítulos mais irá ter, mas sei que o fim aproxima-se! eu não pensei sequer numa segunda temporada, mas era uma ideia que deveria por em prática ou assim? tudo depende de vocês. 

Eu tenho o fim mais ou menos planeado e vai ser uma desilusão para todas vocês... e sinto-me mal por isso, mas enfim, eu já tinha a história planeada e coiso, agora não vou mudar o meu esquema mental. 

Era isto que vos queria dizer e também vos queria AGRADECER POR SEREM UMAS QUERIDAS COMIGO E LEREM, VOTAREM E COMENTAREM! OBRIGADÃO 

adoro-vos a sério 

happy catraia

KARMA »h.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora