Capítulo 39 -

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Hoje pensando nisso, vejo o quanto fui infantil. Contudo, eu era um garoto introvertido, vivia calado , pois havia perdido meus pais num acidente automobilístico. Isso afetou muito a mim e a Carol.
Porém, quando a vi foi amor à primeira vista.
Entretanto, tive medo de me aproximar. Por isso, a acompanhava até perto de sua casa, nos dias em que não tinha aulas de taekwondo.
Me lembro que minha avó ficava calculando o tempo que eu deveria demorar para chegar em casa.E eu sempre arranjava uma desculpa.
Infelizmente, naquele dia me atrasei um pouco por causa de uns assuntos relativos ao trabalho em grupo.
Corri tanto para alcançá-la, sabia mais ou menos o horário de cada ponto que ela passava.
Quando vi que não havia ninguém pelo caminho achei estranho.
Foi quando resolvi dar uma olhada naquele local, onde havia uma casa  não habitada.Era uma casa bem antiga. Ouvi vozes vindo dos fundos da casa. Ao chegar lá vi ele a agarrando a força! Não pensei duas vezes! Fui para cima dele.
Só usei a força para derrubá-lo, já que fazendo aulas de taekwondo, não poderia atacar as pessoas na rua .
A polícia chega e acaba levando nós dois para a delegacia.Queria ter ido até ela lhe dado meu ombro para chorar e confortá-la.
Depois desse dia não a vi mais...
E hoje mesmo tendo passado 13 anos, ainda me lembro daquele dia.
Queria vê-la saber como está. Ela foi meu primeiro amor, coisa de adolescência, mas que marcou...
As vezes caminho pelas ruas perto da casa dela na esperança de encontrá-la. Usando a velha roupa preta que ainda tenho guardada, aliás várias, rsrs. Porque no fundo eu sinto que ela deva ter me notado , principalmente, pela frase.Se me visse com essa mesma frase, será que não se recordará?
A casa dela não sabia qual era. Seria muito mais fácil encontrá-la se soubesse. Mas como eu sempre a seguia até a esquina, porque dali ia em direção ao ponto de ônibus. Eu andava de ônibus mesmo minha família sendo de posses.
Minha avó  dizia que nós tínhamos que aprender a se virar sozinhos ou seja sermos independentes.Ela dizia isso para mim e para Carol.

Eu Preciso de VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora