E de repente o encontro de desconhecidos é o começo de uma louca aventura, um romance proibido. Dois seres descarados e sem juízo vivendo na contramão do pseudo-amor, se amando sem nenhum pudor, amantes incendiados por uma paixão ardente, avassalado...
Parei no setor com alguns dos meus segurança próximo e fiquei na atividade, só observando o movimento. Puxei o aparelho celular da cintura e olhei a conversa da Hellen, nem me mandou mais nada também...coloquei uma música e viajei... Taquei o fogo no balão e subiu. Filha da puta, está curtindo pra caralho lá mas está tranquilo ela merece mesmo um momento lazer, só sabe trabalhar e cuidar dos filhos, isso eu nem vou encher o saco dela. Fui até lá hoje mas nem fui pra falar nada com ela, eu estava curtindo o baile de lá e só palmeando ela mas na hora da correria já tinha me adiantado e antes de atravessar eu passei pra saber como ela estava. Chegou 07h da manhã em casa, quis nem saber aonde ela estava pra eu não sair da lógica.
Eu sei que ela está bolada por eu ter chegado na festa nos quarenta e cinco do segundo tempo. Eu vacilei, eu tô ligado. Mas não tinha a necessidade dela dar rl na nossa história assim, eu dei um mole do caralho foi por um descuido mas eu não deixei de ir, eu estava lá. Se eu fosse um assalariado eu num ia chegar tarde, numa noite de sexta-feira? Vê se ela me entende... Nunca tenta me entender, é como ela quer e ponto. Eu respeito porque são pra mais de três anos junto tirando os anos afastado, é uma vida juntos e nada haver a atitude dela. Mais está suave, eu sei que ela não vai me trair, eu conheço bem ela e daqui a pouco ela estará de volta.
A vida me sobrecarrega demais, minhas escolhas também eu acabo ficando saturado, uma hora a gente cansa, surta e bota pra foder, pelo menos uma vez na vida precisando chutar o balde. As vezes eu só preciso de me desestressar pra não descontar em quem não tem nada a ver com meus problemas; eu sou humano parceiro, todo mundo peca mas eu não abuso do pecado. Pequei em não ter sido presente na festa dos meus filho como a mãe deles gostaria, virado pra mais de três dias, só fumando direto e descendo red quando eu caí na cama filhão eu apaguei e esqueci legal de que o bagulho era naquele dia mas quando eu lembrei eu fiquei tristão pô, jamais que seria a minha intenção fazer uma parada dessa com meus filhos. São meu tudo pô, tá maluco?! Eu posso ser o que for mas na vida deles eu quero ser sempre presente assim como eu SEMPRE fui, quero deixar gravado na mente deles só lembrança boa da gente, comigo presente. Se é o que ela quer eu dou, vou dar o tempo necessário pra ela poder respirar mas eu não vou perde-la. Se tem uma coisa que eu detesto na vida é perder... Fracassar Arregar... Comigo é tudo no teti a teti, e eu sou de verdade pô. Vou deixar ela voar bastante e no tempo certo ela volta pro ninho.
Ela me conhece, eu sou todo errado e posso não ser o cara perfeito e à altura dela mas eu amo aquela mulher, só que do meu jeito desleixado, bipolar, desprezível como dizem por aí, ineloquente, mas eu amo parceiro ela é o meu alicerce! Meu sentimento é purão. A vida infelizmente me tornou nesse cara que eu sou hoje, escaldado com tudo não foi escolha minha... Por circunstâncias da vida me arrancaram na unha tudo o que eu tinha e daí eu cresci com esse sentimento de indiferença mas todo carrancudo carrega dentro de si sentimentos bons e um amor pela dona e pelos filhos. E comigo não é diferente... Eles são tudo que eu tenho pô. Dentre todas as escolhas erradas que eu já fiz, a única certa foi essa ter me juntado a Hellen. Tem nada não, por ela eu estou disposto a mudar, não prometo uma mudança radical mas uma melhorada que faça ela ver que fez uma escolha totalmente precipitada. Podem falar o que quiser de mim, vagabundo gosta muito de meter a língua no dos outros mas ninguém sabe o que tu passa no dia a dia; eu só tenho duas mulheres na minha vida, uma se chama Antonella e a outra Hellen. . . Se eu não reconquistar essa mulher eu mudo meu nome pra cuzão.
Eu vou fazer de tudo pra você ficar mas é que eu vivo no meu mundo e tô sempre perdido. . .
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